"RELACIONAMENTO COM O CRIADOR"
Em nossos dias, falar em DEUS exige um cuidado muito especial, em face da realidade de um mundo secularizado, que busca avidamente a realização do presente, estimulando as criaturas a se firmarem por si mesmas no cotidiano, fazendo a própria história, empenhando-se no trabalho e vivendo de tal modo concentradas em seus afazeres, com os olhos voltados para a Terra, que quase não sobra espaço para olhar o Céu e refletirem sobre o mistério mais importante da vida, que justamente é DEUS.
A par desse comportamento, observa-se uma certa desorientação em muitas famílias, que não se empenham ou não encontram o caminho para empreenderem efetivamente uma busca de soluções para a educação de seus jovens. Considerando que a juventude é o tempo de preparação e portanto, o mais importante na vida das pessoas, quando deveriam dedicar-se aos estudos, o desenvolvimento e aprimoramento técnico e científico, adquirindo os conhecimentos necessários à profissionalidade e a formação do caráter e também, quando os jóvens devem ser despertados para DEUS e para as coisas sagradas, instruídos através de uma catequese bem orientada, que realce a necessidade do cultivo e do desenvolvimento do espírito, da mesma maneira que deve ser propiciada ao jóvem a prática de um esporte, para o seu aprimoramento físico, objetivando tornar as criaturas equilibradas física e espiritualmente, perfeitamente sadias e normais de Corpo e Alma, ao invés de lhes permitirem viver uma existência ilusória, fundamentada no falso e irreal exemplo, que não orienta e nem constrói e que conduz a um preocupante exercício da luxúria e da sensualidade.
Esta realidade rouba em muitas pessoas, a disposição para o trabalho e a perseverança aos compromissos, esfriando consequentemente seus sentimentos mais puros, afastando-os da razão primordial da existência, tornando-os empedernidos e indiferentes, sem estimulo para abrir o coração às coisas espirituais e oferecer condições à oração e participar de eventos religiosos, porque querem viver o presente, onde sempre há um "programa melhor", relacionado com o namoro avançado em libertinagem e a um vigoroso estimulo sexual através de "conquistas audaciosas" . No rol dos divertimentos também não podem faltar as "esnobações" realizadas a pé ou motorizadas, para exibir destreza e habilidade, colocando em risco a própria vida e a dos outros, porque na maioria das vezes o "atrevimento irresponsável" é acompanhado de abusos, transformando-se em violencia e tragédia.
A falta de preocupação com as necessidades do espírito e da busca imprescindível do auxílio Divino, modifica as pessoas, tornando-as imediatistas, vivendo em função daquilo que conseguem no cotidiano, fundamentando a existência na conquista material: na posse de patrimônios, na procura de bens, na ansiosa e luxuriante busca de prazeres. As vezes, no cotidiano, algumas pessoas até citam o nome de DEUS... Mas sem qualquer finalidade responsável, apenas para dar força a um "juramento" ou para exprimir surpresa diante de um fato inusitado ou de uma catástrofe. Isto porque, eles consideram o SENHOR como algo inatingível, um Ser que vive isolado em seu Divino Reino, completamente distante de nós! Estas pessoas não conhecem o Amor de DEUS e não acreditam que o SENHOR vive em nosso meio! Desconhecendo estas realidades, elas não possuem o menor alicerce espiritual para edificar a fé, e não acreditando, não gozam da felicidade de entrar em comunhão de amor com este DEUS maravilhoso, que ajuda e protege todos os seus filhos como um verdadeiro PAI, porque está vivo e presente em nossa vida.
Consequentemente, não cultivando os dons espirituais as criaturas perdem a característica essencial de serem à imagem e semelhança do CRIADOR. A existência se vulgariza porque vivem em função dos anseios e objetivos materiais, tonando presa fácil para Satanás e seus asseclas.
Como consequência do procedimento anômalo, em nosso tempo é comum as pessoas colocarem em dúvida o imenso Amor do PAI ETERNO pela humanidade, através de questionamentos, como por exemplo: "se o CRIADOR olha por suas obras e se ELE é tão bom, como justificar as catástrofes que causam tanta infelicidade e acontecem em todas as partes do mundo: como as enchentes, as secas, os terremotos, acidentes terríveis, doenças incuráveis, etc."?
No entanto, antes de questionar, é importante conhecer a causa dos acontecimentos e observar, que a grande maioria das ocorrências trágicas, tem sua origem nas obras e intervenções direta da humanidade. As criaturas dão expansão as suas ambições desenfreadas, concentrando a atenção somente em atingir os seus objetivos, mesmo que tenham que utilizar recursos condenáveis, desrespeitando o direito alheio, colocando em risco sua vida e de outras pessoas, ultrapassando as barreiras da lei, rompendo o equilíbrio ecológico, produzindo em consequência o embotamento de seu bom senso, abrindo um tenebroso campo à insensatez. Os resultados logo aparecem, trazendo prejuízos, sofrimentos, angústias, desespero e aflições.
A poluição generalizada, unida a falta de higiene e assepsia, faz nascer germens mais resistentes e desconhecidos, que dão origem a muitas doenças, causando traumas e inquietude nas populações, porque inclusive, não encontra nos medicamentos a mesma eficiência para a cura e em alguns casos, nem existe o remédio adequado para combater o mal.
A irresponsabilidade das pessoas, manifestada pela auto-suficiência, pelo descaso e indiferença, por imperícia ou ignorância, pelo abuso ou excesso de confiança, ou pela ambição desenfreada e volúpia de poder, faz acontecer dramas, escanda-los, acidentes e desastres que são tragédias irreparáveis, que causam tristeza e luto.
O desmatamento irresponsável e não orientado, para a retirada de madeiras e fazer pasto, traz consequências funestas porque produz um desequilíbrio ecológico, com alterações climatéricas, cujos efeitos terríveis atingem muitas partes, provocando danos, destruições e mortes. Isto porque, a ausência de árvores, não viabiliza a retenção das águas das chuvas no solo, a nível do lençol freático. A grande parte escoa para os rios e córregos, produzindo enchentes e inundações, deixando imensas superfícies alagadas expostas a ação dos raios solares, que produzem a evaporação formando mais nuvens de chuva, que fechando o círculo hídrico, descem à terra sob a forma de novas tempestades torrenciais, ciclones e furacões, cada vez mais fortes e violentos.
Os prejuízos atingem todas as classes e principalmente os pobres. Eles não possuindo recursos financeiros para adquirirem um lote urbanizado, acomodam-se nas áreas que encontram, geralmente em terrenos esquecidos nas encostas íngremes de morros, em situações precárias, com um mínimo de conforto e um máximo de periculosidade, onde edificam a residência. Na época das "águas" , as chuvas descem torrenciais e caudalosas pelas encostas, fazendo profundas erosões, produzindo quedas de barreiras, destruindo casas e prédios, causando danos materiais e matando muita gente.
Isto não poderia ser evitado se a administração municipal ou estadual, ajudada pelo governo federal e a iniciativa particular, se preocupassem com o problema e logo de início, não permitissem a edificação em lugares inadequados, reduzindo o volume das construções de risco e providenciando a constituição de um fundo de auxílio aos menos favorecidos, dando-lhes lotes urbanizados em terrenos preparados e ajudando-lhes na construção do lar ?
Da mesma forma, aqueles que produzem desmatamento, não deveriam também serem obrigados a reflorestar outras regiões, objetivando manter o equilíbrio ecológico ?
Claro que sim.
Então, a culpa não é de DEUS, pelo contrário, em face das muitas preces e súplicas que nestas ocasiões são dirigidas ao CRIADOR, misericordiosamente ELE providencia para que os males sejam atenuados e a gravidade dos acontecimentos seja menos danosa.
Ao longo da história da civilização, facilmente constatamos a existência de uma quantidade incontável de ocorrências lamentáveis nas quais, sempre desponta como causador direto ou indireto, assim como o principal responsável por uma somatória de procedimentos condenáveis, o ser humano.
Ao contrário, como DEUS fica triste e pesaroso diante destas ocorrências que produzem prejuízo, tristeza e morte! É fácil verificar nas páginas do Novo Testamento como JESUS se comovia diante do sofrimento e da dor! Tanta compaixão ELE sentia, que se apressava em atender a todos que O procurava, curando cegos, coxos, epilépticos, leprosos, exorcizando possessos e ressuscitando mortos. E como sabemos, JESUS não veio aqui para revelar a SI próprio. Tudo o que fez, os seus prodígios e impressionantes milagres, foi em nome e por amor a seu PAI e nosso PAI, ao seu DEUS e nosso DEUS.(Jo 20,17)
Esta realidade nos faz compreender, que do CRIADOR só provém misericórdia, bondade e amor. O PAI é um DEUS DE AMOR, repleto de compaixão por todos os seus filhos, para os pobres e necessitados, para aqueles abandonados e os desajustados que nunca tiveram orientações na vida, assim como por todos aqueles que são fieis, carinhosos e que buscam a sua inefável e tão querida proteção.
Assim sendo, deveria constituir uma honesta e sincera preocupação das famílias, a "busca de DEUS", não somente nas "horas difíceis", mas como providência normal e cotidiana, para o próprio bem e proteção de todos os seus membros. É necessário acreditar e cultivar uma fé sólida na misericordiosa e infinita compaixão do SENHOR, que nos criou e nos deu a vida! ELE conhecendo as nossas limitações e fraquezas, com bondade e paciência socorre todos os seus filhos, inspirando decisões, orientando negócios, firmando convicções, sempre concedendo um auxílio concreto em todas ocasiões, nos momentos de angústia, de aflição, de desespero, ou diante de uma catástrofe irreparável, realizando em muitos casos milagres admiráveis, porque ELE é o PAI e CRIADOR, e nós somos a sua semente, as suas criaturas, os filhos que nasceram do Seu Amor torrencial que brota da Bondade de Seu Divino e incomensurável Coração.