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“NASCEU O FILHO DE DEUS”

 

APRESENTAÇÃO

A CASA onde viveu a Sagrada Família em Nazaré, é uma preciosa relíquia que era conservada pelos católicos da Terra Santa em Israel, e que atualmente está bem guardada pelas autoridades religiosas de Lorena, na Itália. É uma casinha pequena, feita de pedras, tijolos e madeira, da mesma maneira como os nazarenos tinham o hábito de construir. Todavia, sob aquele teto viveu a Sagrada Família: de JESUS, da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, e de SÃO JOSÉ, com muita alegria, dedicado amor e com imensa felicidade, amparados pelo ETERNO PAI.

 

INÍCIO DA HISTÓRIA

São Lucas no Evangelho anuncia “... o Anjo Gabriel foi enviado por DEUS a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada (comprometida) com um varão chamado José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria”. (Lc 1, 26-27)

Maria vivia numa casa em companhia de seus pais: São Joaquim e Santa Ana; tinha uma irmã, mas que já havia se casado há poucos meses e vivia com o marido.

Certo dia, no intervalo dos serviços domésticos que realizava diariamente com prazer e muito carinho, entrou em seu pequeno quarto para rezar as suas orações, quando de súbito lhe apareceu um Anjo, que gentilmente a cumprimentou dizendo: “Alegra-te cheia de graça, o SENHOR está contigo!” (Lc 1, 30) Surpreendida com aquela presença, ficou pensando naquelas palavras que ouviu. O Anjo acrescentou: “Não tenhas medo Maria! Encontraste graça junto de DEUS. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de JESUS. ELE será grande, será chamado FILHO DO ALTÍSSIMO, e o SENHOR DEUS lhe dará o trono de Davi, seu pai; ELE reinará na Casa de Jacó para sempre, e o seu reinado não terá fim”. (Lc 1, 30-33)

Maria sendo uma mulher virgem ficou assustada com a afirmação angélica. O Anjo então explicou: “O ESPÍRITO SANTO virá sobre ti, e o poder do Altíssimo vai te cobrir com a sua sombra; por isso o Santo que nascer será chamado FILHO DE DEUS. Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que era chamada de estéril. Para DEUS, com efeito, nada é impossível”. (Lc 1, 35-37)

Entre a surpresa do acontecimento e a grandeza do significado das palavras do Anjo, Maria foi envolvida por uma imensa felicidade, e ouvindo que sua prima Isabel estava no sexto mês de gestação para ter um filho, fato que exaustivamente ela havia buscado alcançar em toda a sua vida, sua alegria cresceu muito mais pela magnânima bondade de DEUS, que também tão carinhosamente a escolheu para anunciar essas verdades. Emocionada e com lágrimas nos olhos, disse ao Anjo:“Sou a serva do SENHOR, faça-se em mim segundo a TUA Palavra!”. (Lc 1,38). E o Anjo retirou-se.

 

CONVERSA COM OS PAIS

À noite, após o jantar, Maria conversou com seus pais Joaquim e Ana, e comentou sobre a gravidez de Isabel, que já estava no sexto mês. Sendo a sua prima uma pessoa idosa, Maria decidiu pedir autorização aos seus pais, para ir ajudá-la nos últimos três meses da gravidez. Seus pais logo compreenderam o problema e concordaram que Maria fosse ajudá-la. Como ao longo da estrada que ligava Nazaré da Galiléia a Jerusalém, havia sempre bandidos e ladrões, seu pai Joaquim falou: “Eu tenho necessidade de ir a Jerusalém fazer compras. Então, na próxima carruagem que passar aqui em Nazaré, nós iremos juntos”.E assim ficou decidido em família.

 

A PRESENÇA DE JOSÉ

Ele já mantinha um respeitoso namoro com Maria. Todavia trabalhando muito durante o dia, cada um na sua profissão e ocupação, o tempo para conversarem era bem escasso. José era um excelente carpinteiro, trabalhava exaustivamente em várias frentes de serviços. Nos últimos meses, algumas oportunidades surgiram, e então combinou com Maria, um horário a partir do anoitecer a fim dele poder lhe visitar em casa. E assim, surgiram as oportunidades de conversarem e carinhosamente trocar sorrisos de amizade.

Na véspera da viagem para Jerusalém com seu pai, Maria contou-lhe os fatos sobre Isabel, e avisou mais ou menos sobre o provável tempo de sua ausência. José lamentou não poder acompanhá-los, mas desejou-lhe bastante felicidade na viagem e no auxilio que iria prestar a sua prima.

VIAGEM A JERUSALÉM

Poucos dias depois daquela conversa, chegou uma carruagem. Como já estavam preparados Joaquim e sua filha Maria, embarcaram para Jerusalém. Foi uma viagem tranquila sem qualquer interferência maligna. Joaquim ficou em Jerusalém e Maria despediu-se de seu pai e seguiu para Ein Karem, um pequeno lugarejo montanhoso distante apenas seis (6) quilômetros de Jerusalém, onde morava a sua prima Isabel. Ein Karem hoje é subúrbio de Jerusalém . Foi com imensa alegria que Isabel recebeu a sua prima, e com o maior carinho acomodou-a num quarto isolado. Verdadeiramente Maria foi muito útil e soube ajudá-la com eficiência em todos os momentos, durante a gravidez e no momento do parto. E assim, na companhia de Isabel permaneceu até o nascimento de João Batista, e depois, acompanhada por parentes, voltou para Nazaré.

 

RETORNO A NAZARÉ

Regressando a casa de seus pais em Nazaré, a alegria foi imensa para Joaquim e Ana, e de todos os demais parentes que gostavam dela e tinham amizade. Isto porque, também nessa época, a gravidez de Maria já de fazia notar! Seus pais brincavam com ela dizendo: “que seriam avôs bem carinhosos com a criança”. Ela sorria agradecida, mas ficava em silêncio, nada comentava a respeito do assunto. Mas José quando se encontrou com Maria, até levou um susto, observando que ela estava grávida de uma criança. E ficava pensando (“Mas,como isso é possível? Ela uma mulher tão correta!...”) E passou a dormir muito mal à noite, sempre demorando a pegar no sono. Só ficava pensando na gravidez da mulher que ele amava. E assim, imaginou em fugir para outro lugar e sumir de Nazaré. Na verdade, foi um tempo muito difícil para José. Não sabendo o que fazer no momento, pensou repudiá-la em segredo. Todavia, num instante de cochilo, um Anjo do SENHOR manifestou-se a ele em sonho dizendo: “José, filho de Davi, não temas receber Maria, tua mulher (a mulher de seus sonhos)pois o que nela foi gerado vem do ESPÍRITO SANTO. Ela dará à luz um filho e tu o chamarás com o nome de JESUS, pois ELE salvará o seu povo dos seus pecados”. (Mt 1,20-21)

José ao despertar do sono, agiu conforme o Anjo do SENHOR lhe ordenara e lhe explicou sobre a gravidez de Maria. Ainda pela manhã foi à procura Dela e conversaram durante um bom e necessário tempo, realçando as verdades no viver dos dois. Então, decidiram se casar, mantendo o estado de castidade. Todavia, antes de marcarem a data do casamento, foram conversar com os pais de Maria. Joaquim e Ana ficaram felizes com a notícia e inclusive cedeu a casa em que moravam para o casal. Para Joaquim, aquela casa onde moravam era muito pequena, e por isso mesmo, ele já estava arranjando uma casa maior, em local bem próximo. Assim, quando Maria e José marcaram a data do casamento, Joaquim e Ana logo mudaram para o novo endereço.

 

FESTA DE CASAMENTO

Constituiu-se num grande encontro de fraternização e de amizade, entre os membros da família e os amigos que estavam sempre presentes. Sobretudo, a Festa que também teve musica alegre, começou com uma bonita e sentimental oração rezada por Joaquim pai de Maria, que revelou a pureza e a grandeza do coração da sua filha, sempre presente no amor, no carinho, buscando sempre ajudar para solucionar todas as necessidades da família. Emocionados, todos rezaram juntos uma oração a DEUS, suplicando muitas alegrias e felicidades para o casal.

 

A ORDEM DO IMPERADOR ROMANO

Estando Maria aproximadamente com pouco mais de seis meses de gravidez, circulou um édito de César Augusto, Imperador Romano, que abrangia todas as regiões do Império, inclusive Nazaré, ordenando o recenseamento de todas as pessoas que viviam nas áreas do Grande Império Romano. As pessoas eram obrigadas a se alistar na cidade em que nasceram. Como José estava em Nazaré da Galiléia, mas era da descendência da Casa de Davi, teve que se deslocar com sua esposa para a Judéia, e mais especificamente para a cidade de Belém, a cidade de Davi, a fim de se inscrever na junta militar, daquela região, que estava sob o controle de Públio Suplício Quirino, Governador da Síria (Lc 2,1-5). E Maria a sua esposa já estava com um pouco mais de seis meses de gravidez, e por certo iam encontrar Belém com grande movimentação de pessoas, com hotéis, pensões e abrigos de animais com lotação acima do normal. Mas não desanimaram, porque sabiam que tudo aquilo estava de acordo com a Vontade de DEUS...

 

VIAGEM PARA BELÉM

Assim para cumprir com o dever cívico, imediatamente prepararam as roupas, barraca, depósitos de água e alimentos para viagem, com animais mansos e bem adestrados. Seguiram longe da estrada principal, por causa do grande movimento e dos bandidos. Foi uma viagem calma com dezenas de paradas, colocando o bem-estar de MARIA acima de todos os interesses. A viagem demorou quase duas semanas. Chegando a Belém depararam com a realidade que eles mesmos haviam imaginado. Maria já estava com mais de sete meses de gravidez, e encontraram Belém com grande movimentação de pessoas, hotéis, pensões e abrigos de animais com lotação acima do normal. Nem nas casas dos amigos e parentes não havia vaga para José e Maria. Com a viagem em cima de um animal manso, bem vagaroso e com o tempo perdido na procura de local para pernoitar em alguma casa da cidade, completou-se oito meses, mas ainda estavam no prazo de segurança para a gestação. E então, indicado por amigos, José levou Maria para uma pequena gruta, na entrada da cidade, onde às vezes funcionava como estrebaria, nas épocas em que havia falta de acomodações na estrebaria da cidade. A verdade é que no seu silêncio e abandono, aquela pequena gruta usada por animais, ainda representava um lugar mais digno e respeitoso para nascer o “DIVINO MENINO JESUS, FILHO DO DEUS ALTÍSSIMO”. Assim que chegaram à pequena gruta, José munido de suas ferramentas tratou de proteger a sua morada. Maria, depois que descansou, ajudou na limpeza do local.

 

NASCEU JESUS

“Enquanto lá estavam, completaram-se os dias para o parto e ela deu à luz o seu filho primogênito, envolveu-o com faixas e reclinou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem”.(Lc 2,6-7)

Sim, porque na estalagem, no denominado “Cão Palestinense”,sempre havia lugar para mais um. Lá todos viviam juntos em barracas num grande pátio, no meio dos animais; toda a área era cercada com muros altos e havia vigias. Era um lugar por demais público, para nascer o “FILHO DE DEUS”.

 

Na simplicidade e silêncio da pequena gruta, o Amor de DEUS se manifestou forte e belo: vieram os pastores e os Anjos no Céu, e depois, numa pequena casa que conseguiram, vieram os três Reis Magos, cheios de alegria e com imensa fé, fervorosamente adoraram o "MENINO DEUS" e lhe ofertaram os seus presentes.

 

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