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FINAL DA

EXISTÊNCIA

 

ARDIA DE AMOR POR DEUS

Pelas muitas atividades de Filipe, as pessoas podem até imaginar que ele tivesse muita saúde, uma verdadeira saúde de ferro para suportar diariamente muitas Confissões, a construção da “Chiesa Nuova” (Nova Igreja), as novas fundações do Oratório em outras cidades italianas, os encargos pontifícios e as atividades que normalmente executava no quotidiano! Mas, na realidade, nos seus 60 anos de idade a vida estava ficando difícil para ele! Filipe já estava muito desgastado pelo trabalho, a sua condição física, verdadeiramente, o tinha transformado num velho.

Numa manhã de 1586, foi encontrado inconsciente no seu quarto, e os médicos tiveram que fazer um enorme esforço para reanimá-lo. Chegou a receber a Extrema Unção, por que se temia o pior. No entanto, o seu organismo reagiu e no dia seguinte estava plenamente restabelecido.

Filipe em todos os momentos da sua existência, jamais abandonou a oração. Rezava diariamente com fervor e plena disponibilidade: o Terço, o Breviário, diversas dezenas de Jaculatórias e outras dezenas de Pai Novo, Ave Maria e outras Orações. Em face da sua frágil saúde, mesmo sendo dispensado pelo Papa Clemente VIII, de rezar diariamente o Breviário, ele continuava rezando. Quando o seu estado de saúde piorou e os médicos o proibiram a reza do Breviário, ele chamou alguns dos seus oratorianos para ler em voz alta, e assim ele podia acompanhá-los.

Foi nesta época que Padre Pietro Consolini, passou a acompanhá-lo nas últimas caminhadas por Roma, amparando-o pelo braço e ouvindo o relato que ele fazia das suas confidências mais íntimas.

Em 1594 a febre e a tosse aumentaram e Filipe teve que permanecer na cama por longo tempo. O Papa estava sempre informado do seu estado de saúde, e muitos Bispos, Cardeais, Sacerdotes e outras personalidades, não cessavam de visitá-lo na “Chiesa Nuova”.

Certo dia, as pessoas que o visitavam e o acompanhavam, presenciou uma cena muito singular. O Santo deitado na cama estava admirado, soltou uma exclamação: “SENHORA, minha Mãe SANTÍSSIMA! Minha Mãe Bendita”! Depois, entre lágrimas, iniciou um colóquio com a MÃE DE DEUS: “Não, não sou digno”... Ele se esqueceu que no quarto havia diversas pessoas. Ergueu-se da cama e abriu os braços como se quisesse abraçar alguém. Neste momento os médicos lhe dirigiram a palavra e ele meio assustado voltou a si. E imediatamente perguntou: “Vocês viram a Madonna (NOSSA SENHORA)”? E logo a seguir, sem esperar resposta, disse aos médicos: “Não necessito mais de vocês. NOSSA SENHORA veio me curar”.

E realmente, pareceu que ele estivesse curado, pois passou um bom tempo trabalhando firme como antes. Mas os meses foram passando e por fim a febre voltou. No dia 12 de Maio de 1595, ele teve uma forte hemorragia, ficou muito pálido e o pulso desapareceu, estava como um morto. Césare Baronio administrou-lhe a Extrema Unção e o Cardeal Borromeu levou-lhe a Sagrada Comunhão. Filipe melhorou, e até voltou a ouvir Confissões, e assim seguiu o ritmo da sua existência. No dia 25 de Maio, festa de “Corpus Christi”, ele celebrou a Santa Missa e atendeu prazerosamente, todos os amigos que vieram visitá-lo. Foi para o quarto às 22 horas para se deitar. Todavia, à uma hora da madrugada começou a andar pelo quarto. O Padre Antonio Gallonio que dormia no quarto inferior ouviu os passos e foi ver o que estava acontecendo. Filipe tinha deitado novamente e tossia levemente. Gallonio lhe perguntou como ele se sentia. Ele respondeu: “Antonio, estou partindo”.

 

SUA MORTE

Imediatamente Antonio acionou o alarme e juntaram todos os filhos espirituais que foram chamados as pressas. Os médicos também vieram e tentaram fazer alguma coisa. Ele disse: “Não vos canseis com esses remédios, estou morrendo”. Foi o comentário lacônico que ele fez. Com todos os oratorianos reunidos na “Chiesa Nuova”, ajoelhados em torno do seu leito, Padre Césare Baronio, que o substituiu como Superior da Ordem recitou a oração dos moribundos e ainda teve tempo de pedir: “Padre, o senhor está indo sem nos dizer uma palavra? Dê-nos pelo menos a sua bênção”. A essas palavras, Filipe abriu os olhos e olhou para o alto por um bom tempo, depois dirigiu o olhar para os seus filhos espirituais, num gesto de quem pediu a bênção de DEUS para cada um de deles. E sem outro movimento, adormeceu serenamente no SENHOR. Eram duas horas da manhã do dia 26 de Maio de 1595. Nesse mesmo dia, o Cardeal Federico Borromeu anotou no seu diário: “O Santo ardia de amor”.

Foi BEATIFICADO pelo Papa Paulo V em 1614 e oito anos depois, na majestosa Basílica de São Pedro, em Roma, celebraram-se uma grandiosa cerimônia no dia 12 de Março de 1622, presidida pelo Sumo Pontífice Papa Gregório XV, que elevou aos altares cinco novos Santos. Foram CANONIZADOS no mesmo dia: Santo Isidro Lavrador, Santo Inácio de Loyola, Santa Teresa D’Ávila, São Francisco Xavier e São Filipe Neri.

Por se ter entregado totalmente ao apostolado de ajudar os doentes e pobres da cidade de Roma, é denominado “O APÓSTOLO DE ROMA”, e também é chamado de “O SANTO DA ALEGRIA”, por que sempre estava alegre e de bom humor. Sua festa é celebrada todos os anos, no dia 26 de Maio.

 

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