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CONGREGAÇÃO DAS ESCOLAS CRISTÃS

 

 

EM BUSCA DE SOLIDÃO

E por vontade própria, quando não estava no trabalho, passou a viver uma vida retirada, mais dedicada à oração e também a penitência, como forma de se sentir mais perto do SENHOR, principalmente por causa da abominável e terrível flagelação que JESUS sofreu para nos proporcionar vida em plenitude, tendo o covarde desfecho da cruel crucificação do SENHOR. E por isso também, Padre La Salle utilizava cilícios e disciplinas com ponta de ferro para macerar o próprio corpo, buscando com esta flagelação consolar o SENHOR DEUS, por causa dos pecados e desapontamentos causados pela humanidade. E esse ardor, que envolveu toda a sua vida, era a expressão maior do seu amor, do seu carinho, numa intensa busca de santidade para mais agradar a DEUS. E por admirável e belo que tudo isto possa parecer, apesar do corajoso sofrimento e das dores, este caminho também era seguido pela maioria dos Irmãos, cujo zelo, procurava imitá-lo em tudo.

 

SURGE O PROJETO DA CONGREGAÇÃO

Com a morte do senhor Adrian Nyel, seu auxiliar de confiança e braço direito, teve que assumir também a administração das Escolas de São Pedro de Laon, atendendo ao pedido do Pároco local, que era seu grande amigo.

Em 1684, agora estando à frente de um razoável contingente de “Irmãos” dispersados em várias cidades, Padre La Salle achou importante formar uma “CONGREGAÇÃO” com todos os seus membros. Era mais um passo em busca da segurança necessária a todos os Irmãos. E para este fim, considerando que os professores estavam em regiões diferentes, escreveu algumas normas com a intenção de homogeneizar o comportamento e alcançar harmonia ambiental, mas isto, com o cuidado de não estabelecer qualquer imposição que causasse mal estar. Somente anos mais tarde, depois de um tempo de saudável convivência, redigiu o Novo Regulamento para as Escolas, quando estava morando em Paris. Mesmo assim, não sem antes, durante um tempo necessário, consultar a todos os Irmãos e estudar todas as cláusulas maduramente.

Na continuidade dos meses, propôs aos Irmãos emitir os “Votos”, com objetivo de dar firmeza a vocação. Fizeram uma assembléia, na qual participaram todos os membros, e ele propôs a idéia aos Irmãos, e todos acolheram com unanimidade. Mas a sugestão predominante é que fossem logo pronunciados os três Votos: de pobreza, obediência e castidade. Mas, Padre La Salle convocou um retiro espiritual para implorar as luzes do ESPÍRITO SANTO, e se instruir na verdade. No final do retiro, em que todos participaram, disse-lhes que para começar era suficiente o “Voto de Obediência” por um ano, deixando a boa intenção deles relativa aos “outros Votos” para mais tarde.

E a Obra cresceu vertiginosamente, criando Casas em Rouen e construindo um Noviciado em Reims. Em 1688 abriu Escolas em São Sulplício, em Paris, assim como, também criou um Noviciado em Paris que logo se mudou para Vaugirard nos arredores da cidade, pelo fato do imóvel encontrado no Bairro Parisiense ser muito pequeno e não oferecer espaço a todos os Irmãos.

 

A DOENÇA VEIO VISITÁ-LO

E com toda esta movimentação, ele adoeceu primeiro em Reims, onde iniciou o tratamento, mas não quis revelar a ninguém o seu problema de saúde. O médico lhe recomendou repouso. Ele procurou ser fiel a recomendação, mas foi obrigado a viajar a Paris com o objetivo de solucionar problemas nas Escolas. Todavia, assim que chegou a Paris a doença avançou e ele teve de permanecer seis semanas na cama, em tratamento com Dr. Helvetius. Desta vez, todos julgaram que a doença seria fatal, inclusive ele chegou a receber os Sacramentos. Mas as orações indicaram ao Doutor os remédios que o curaram.

 

REGRA DO INSTITUTO

Agora, finalmente ele decidiu escrever a “REGRA DEFINITIVA DA CONGREGAÇÃO”, submetendo-a inicialmente as duas casas das duas Comunidades: de Paris e de Vaugirard (subúrbio de Paris). Eles que já viviam com um esquema da Nova Regra, aprovaram sem dificuldade. A seguir apresentou o documento as Casas de Reims e Rouen, e do mesmo modo, a Nova Regra foi aprovada.

 

EDUCANDO IRLANDESES

Voltando a Paris, o Pároco de São Sulpício lhe propôs, da parte do senhor Cardeal de Noailles, assumir a educação de 50 jovens irlandeses que estavam asilados na França, que fugiram da perseguição contra os católicos no seu país (Irlanda). Padre La Salle com toda simpatia acolheu os jovens na Casa do Noviciado. Destacou dois Irmãos para estarem com eles e lhes ministrar os conhecimentos necessários ao viver quotidiano, segundo a condição de cada um, e ele assumiu o cuidado de lhes destinar os professores adequados a lhes transmitir a necessária educação.

O Rei da Inglaterra, acompanhado do Cardeal de Noailles quis visitá-los e ver de perto a educação cristã que recebiam. Satisfeito com o trabalho, aprovou o método empregado e felicitou o Padre La Salle, pelo cuidado especial na escolha dos mestres. Padre La Salle, tão compenetrado estava com o seu habitual sentimento de humildade, que recebendo os elogios do Rei, nem se lembrou de aproveitar a ocasião e pedir o apoio de Sua Majestade, a fim de legalizar oficialmente as Escolas. Mas os Irmãos que estavam próximos e presenciavam a conversa, se aproximaram e pediram ao Rei que lhes servisse de mediador junto ao Papa Inocêncio XII, a fim de conseguirem a Bula de aprovação das “ESCOLAS CRISTÃS”, pois já tinham feito duas tentativas em 1694, mas sem nenhuma resposta. Na realidade, as Escolas só conseguiram a “Bula de Aprovação” do Instituto dos “IRMÃOS DAS ESCOLAS CRISTÃS” , em 1725, seis anos após a morte do Padre La Salle.

 

OS INIMIGOS DA LUZ DIVINA

Ao longo de todos estes anos, muitos inimigos surgiram, semeando discórdias entre os Irmãos, fomentando intrigas com as autoridades, falseando verdades para denegrir os objetivos das Escolas, enfim, gente maldosa que se sentiu superada pela utilidade e beneficio que as ESCOLAS traziam as Comunidades. Aquelas pessoas inchadas de inveja, fizeram inúmeras tentativas para destruir o precioso projeto do Padre La Salle. Mas a Providência Divina estava presente, e não permitiu que as maldades ultrapassassem um determinado grau de ofensa, e as “ESCOLAS CRISTÃS”, também conhecidas com o nome de “ESCOLAS LASSALISTAS” venceram todas as adversidades.

 

   

 

A DOENÇA AGRAVA

Em 1719, o reumatismo que vinha atormentando o Padre La Salle durante vários anos, aumentou, trazendo-lhe sérios problemas, com dores generalizadas no corpo. No início da Quaresma, a asma aumentou, causando-lhe uma forte opressão que roubava as suas forças. Nem por isso se omitia de jejuar, do mesmo modo como fazia, quando estava bem de saúde. Não queria tomar remédios. Por fim os Irmãos recorreram ao seu Confessor, que lhe proibiu terminantemente os jejuns e que ele não deixasse de tomar os remédios indicados. Ele acolheu respeitosamente. Mas os remédios não aliviavam. Chamaram um médico, que depois de minucioso exame prognosticou doença fatal. Não obstante, os Irmãos continuaram a lhe ministrar todos os remédios necessários a aliviar e acalmar as dores.

Aproximava a Festa de São José a quem ele sempre devotou uma especial e terna devoção, pois o considerava protetor do Instituto. Mas ele estava tão mal, que nem podia se levantar da cama. Todavia, mesmo no leito, cheio de dores, Padre La Salle pensava, e até tinha esperança, do SENHOR DEUS lhe conceder a graça de poder celebrar a Santa Missa em homenagem a São José. Evidentemente humanamente falando, não se podia esperar tal graça, por que o estado dele era tão fraco na véspera da Festa, que ele não conseguia nem ficar de pé e nem dizer o seu breviário. Mas, a Vontade Divina se manifestou. Às 22 horas da noite da véspera, se sentiu mais forte e as dores desapareceram. Pensando ser um sonho, não disse nada a ninguém. No dia seguinte, levantou-se calmamente diante do olhar surpreso de todos que o auxiliavam, se preparou e celebrou a Santa Missa com tal recolhimento e fervor, que causou admiração na Comunidade. Então, os Irmãos tiveram a certeza de que DEUS NOSSO SENHOR, ouvira as suas preces e lhe permitiu celebrar a Santa Missa, para que ele prestasse a sua homenagem ao seu Padroeiro, conforme a sua imensa vontade, com a ternura do seu imenso carinho amoroso, ao seu querido São José, seu grande amigo e protetor, no dia da sua Festa.

 

ÚLTIMAS RECOMENDAÇÕES

Terminada a Santa Missa, voltou para o seu leito, junto com a fraqueza, as dores e os sofrimentos que o acompanhavam. Pediu o Santo Viático, que recebeu com especial ardor e rezou com os olhos fechados. Citou diversas palavras, mas só se distinguia o nome de DEUS e de JESUS, que foram citados muitas vezes, com ternura e paixão. No dia seguinte recebeu a Unção dos Enfermos. Ficou em silêncio durante um longo tempo. Depois falou aos Irmãos, recomendando caridade, união, fidelidade à vocação e suplicou, sobretudo, que tivessem grande amor e amizade a NOSSO SENHOR e a VIRGEM MARIA. NOSSA SENHORA nos foi dada por Mãe no testamento que o SENHOR Mesmo ditou na Cruz. E na verdade, ELA sempre nos socorre nas necessidades, e jamais, se esquece de um dos seus filhos que suplica o seu querido auxilio ou que implora a sua Maternal ajuda.

 

MORTE

Manteve-se em silêncio, com algumas dores e convulsões... O Irmão Bartolomeu, que não se afastava dele, perguntou se ele aceitava com submissão e paciência, os males que DEUS lhe consentia? Ele respondeu: “Sim, adoro em tudo a Vontade de DEUS a meu respeito!” Estas foram as suas últimas palavras.  Apesar das convulsões que o agitavam, se notava confiança e serenidade no seu rosto. Pelas quatro horas da madrugada, fez um esforço para erguer as mãos a fim de saudar e ir ao encontro de alguém... Juntou as mãos, levantou os olhos e expirou na santa paz do SENHOR. Era o dia 7 de Abril de 1719, Sexta-feira Santa, quando ele morreu com a idade de 68 anos. Estava na Casa da Comunidade em Saint Yon, em Rouen.

 

 

RECONHECIMENTO DA IGREJA

Foi BEATIFICADO no Vaticano, em Roma, pelo Papa Leão XIII, no dia 19 de Fevereiro de 1888 e CANONIZADO em 24 de Maio de 1900, pelo Papa Leão XIII, numa bonita solenidade na Basílica de São Pedro no Vaticano.

 

 

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