AS APARIÇÕES DE
“NOSSA SENHORA”
BANNEUX
A Vila Banneux era um pequeno povoado muito pobre existente no Município de Louveigne, na Bélgica, a 25 Km da capital Liége (capital do Município) e por isso mesmo, tinha o nome de Banneux, querendo significar uma Vila Comum, Vila Banal e Paupérrima. Por ocasião da Segunda Grande Guerra Mundial, a Vila ficou ilesa dos bombardeios, das invasões e ataques dos alemães, que nem passaram por lá. O fato levou o povo Católico da região, que sempre rezavam e suplicava a proteção Divina, a considerar que NOSSA SENHORA havia alcançado de DEUS a graça que protegeu o lugarejo e as famílias, da invasão nazista. Terminada a guerra, os administradores da região procuraram o Governo em Liége, que era a capital da Província, conseguindo um decreto oficial para alterar o nome do povoado em homenagem a MÃE DE DEUS, passando a ser denominado “NOTRE DAME DE BANNEUX”.
AS APARIÇÕES DE NOSSA SENHORA
Juliano Beco e sua esposa Luisa Wegimont se instalaram naquela região, com seus filhos. Eles eram também muito pobres, pois o pai havia perdido o emprego na indústria e vivia de pequenos ofícios e consertos domésticos. A família tinha sete filhos, dos quais Mariette era a filha mais velha, tendo nascido no dia 25 de Março de 1921 (data muito importante, que nos recorda a Anunciação do Arcanjo Gabriel a MARIA, quando anunciou a VIRGEM que ELA seria a MÃE DE JESUS). A casa em que moravam era modesta e distante da Vila de Banneux, e se situava numa região pantanosa, ao lado da estrada que conduzia a Vila, a cerca de um quilômetro da Igreja Paroquial. Entretanto, a mãe Luisa e a filha Mariette, com muita disposição e esforço, se incumbiam de dar vida e movimentar todas as providências domésticas. Por outro lado, também o irmão Julien, que era um rapaz forte com boa saúde, apesar da pouca idade, trabalhava na Vila e ajudava na manutenção do lar.
Bem defronte a casa residencial, havia do outro lado da estrada, uma grande plantação de pinheiros, que se estendia ao longo da estrada no plano visual, e crescia de maneira imensa em profundidade, alcançando longas e distantes áreas.
O senhor Juliano por sua formação não era um homem que cultivava a fé em DEUS. Não frequentava as solenidades na Igreja, não rezava e não ensinou os seus filhos a fazer orações e nem a crer no DEUS DA VIDA. Luisa, assoberbada com os muitos filhos e as providências domésticas, ela que nunca deixou faltar o necessário a família, estava totalmente absorvida pelo trabalho, e assim, também permanecia indiferente a religião. Mariette a filha mais velha, ajudava a sua mãe nos serviços caseiros, fazendo mandatos aos locais próximos, e também, dando total assistência ao seu irmão menor que ainda era um bebê.
Certo dia, Mariette cumprindo uma necessidade caseira a pedido da mãe, caminhando pela estrada de Tancrémont encontrou um Terço perdido. Com carinho e muito cuidado, ajoelhou e respeitosamente recolheu o Terço. Em casa, tratou de deixá-lo totalmente limpo, e nas oportunidades caseiras, pediu a sua mãe Luisa que lhe ensinasse a rezá-lo. E assim, com muito prazer, Mariette passou a rezar o Rosário com apreço e dedicação, sempre suplicando a NOSSA SENHORA que intercedesse junto a DEUS e conseguisse de NOSSO SENHOR, os benefícios necessários a vida e a proteção para os seus pais e toda a família. Diariamente se ajoelhava no piso do quarto e rezava o Terço, e quando as oportunidades eram favoráveis, se ajoelhava também no jardim da residência, escondida no meio das flores e dos pequenos arbustos decorativos. Ali humildemente concentrada, rezava piedosamente suplicando a proteção e o carinho da MÃE DE DEUS.
PRIMEIRA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
Na noite do dia 15 de Janeiro de 1933, portanto no período de inverno europeu, embora mais cedo tivesse caído um pouco de neve, às 19 horas o tempo estava agradável e convidativo ao passeio. Mariette sentou-se na janela da cozinha que dava para o jardim e olhava o tempo, enquanto esperava o seu irmão Julien, que voltava do trabalho e estava atrasado, porquanto o horário dele era 18 horas em casa. De repente, viu a poucos metros da janela da cozinha, uma moça linda, que parecia ser toda de luz, com um brilho maravilhoso! Na alegria e no susto do acontecimento inesperado, gritou para sua mãe que cuidava de providências na cozinha: “Olha mãe, é NOSSA SENHORA! ELA está sorrindo para mim!” E assim falando, imediatamente pegou o Terço e começou a rezar, olhando sempre para a Aparição, que se mantinha tranquila e sorridente. NOSSA SENHORA então fez um sinal com a mão, convidando Mariette a se aproximar. A menina logo se movimentou para sair da janela e ir ao encontro daquela maravilhosa Dama, mas foi interceptada pela mãe, que olhando na janela e não enxergando ninguém lá fora, desconfiou, e logo pensou que se tratasse de alguma bruxaria. E por isso fechou a porta e colocou a tranca, para ninguém sair. Mariette então voltou correndo para a janela da cozinha, mas a “Dama Luminosa” já havia desaparecido.
SEGUNDA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
Na noite de quarta-feira, dia 18 de Janeiro, estava uma temperatura agradável e uma linda lua cheia. Mariette Beco apesar de ter medo da escuridão, pois já eram 19 horas, foi ao jardim que ela tratava com tanto cuidado e se aproximou de um canteiro bem florido. Tranquilamente ajoelhou e começou a rezar o Terço. Logo na primeira dezena, a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA apareceu a distancia, acima da floresta de pinheiros, em cima de uma pequena nuvem cinza. Mariette silenciosa e com o coração pulsando forte, caminhou em direção ao pinheiral. NOSSA SENHORA baixou um pouco da altura em que estava. A menina observou que a MÃE DE DEUS lhe pareceu estar rezando, porque movia suavemente os lábios em silêncio. E nesse posicionamento permaneceram por cerca de 20 minutos. Em seguida, NOSSA SENHORA somente a uns 50 centímetros do solo, convidou Mariette a segui-LA. A menina entrou na estrada e seguindo as recomendações da VIRGEM MARIA, caminhou próximo DELA e a pedido DELA ajoelhou três vezes na estrada, e em cada parada rezava orações. No terceiro local, onde a SANTÍSSIMA MÃE mandou que ela ajoelhasse, havia um pequeno riacho que corria suavemente ao longo da estrada, muito embora a estrada estivesse num plano mais elevado. NOSSA SENHORA, ainda um pouco elevada do solo, mas ao lado da menina lhe disse: “Coloque as suas mãos na água”. Mariette ajoelhou e colocou as mãos na água. Então NOSSA SENHORA lhe disse: “Este riacho é MEU e deixo para você e todas as pessoas”. Depois disse a Mariette: “Boa noite. Nós nos encontraremos novamente aqui”. Enquanto se elevava ao Céu, a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA mantinha o seu olhar em Mariette Beco.
As conversas em casa se multiplicaram e ganharam um sentido religioso, de respeito e amor as leis de DEUS. Inclusive, as coisas começaram a mudar no comportamento do casal, que também passaram a rezar e a participar das orações em casa, no jardim e na estrada.
TERCEIRA APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA
No dia seguinte, dia 19 de Janeiro, Mariette mesmo sem ter qualquer aviso da VIRGEM MARIA, estava com um forte pressentimento de que a MÃE DE DEUS voltaria a visitá-la naquela noite. Como eram 19 horas e estava uma noite meio fria, inclusive nevando com pouca intensidade, usou um capote velho de seu pai para se abrigar. Andou alguns passos na neve que estava no jardim e se ajoelhou num canto mais protegido, próximo a um pequeno arbusto de flores. O seu pai estava ao seu lado. Filha e pai começaram as orações do Rosário de NOSSA SENHORA. Depois de alguns minutos, num grito de alegria, ela falou: “Aí está ELA!” E permaneceram em silêncio, pai e filha. Em seguida Mariette perguntou: “Quem é a SENHORA, mulher tão bonita?” NOSSA SENHORA respondeu: “EU SOU A VIRGEM DOS POBRES”. E levou Mariette pelo mesmo caminho do dia anterior (pela estrada). Caminhando ao lado da VIRGEM MARIA um pouco elevada do solo, em cima de uma pequena nuvem cinza, Mariette perguntou: “Ontem a SENHORA disse que essa nascente é especialmente dedicada a SENHORA. Porque dedicado a SENHORA?” A VIRGEM sorriu e disse: “Esse riacho é para todas as Nações... Para aliviar os doentes!” Assim, para não se esquecer de nada, Mariette repetiu essas palavras com uma voz bem clara, e disse: “Muito obrigado SENHORA! Muito obrigado!” NOSSA SENHORA olhando para ela falou: “Vou rezar para você, adeus”.