CONCLUSÃO
Todo ser humano têm um Corpo e uma Alma. O Corpo nasce do relacionamento amoroso de nossos pais, unidos pelo Sacramento do Matrimônio, em comunhão com a ordem Divina: "crescei e multiplicai-vos" (Gn 1,28). A Alma vêm de DEUS. No momento sagrado da fecundação, a Alma, fruto da Vontade do CRIADOR, penetra naquele conjunto de células formado pela ação do espermatozóide do homem no óvulo da mulher, orientando a multiplicação das células e dando conformação ao feto, que é uma criatura que nascerá para a vida.
Assim, Corpo e Alma, são componentes fundamentais de cada pessoa. Ninguém existe sem eles.
O Corpo sempre guarda os traços familiares, ostentando a semelhança com os pais e parentes. A Alma é "invenção Divina" , é criada e gerada por DEUS, por conseguinte, a Alma tem as características do CRIADOR. Isto significa dizer que cada pessoa tem uma parte humana, o Corpo, e uma parte Divina, a Alma.
Em consequência, para uma pessoa ser "completa", ou seja, para viver integralmente em plenitude, terá que harmonizar a sua existência, satisfazendo igualmente as necessidades de seu Corpo e da sua Alma.
Satisfazemos as necessidades do Corpo, todas as vezes que atendemos as suas exigências, por exemplo: quando temos fome e comemos, quando temos sede e bebemos água e assim sucessivamente, quando praticamos esportes, fazemos recreações, dormimos, etc.
Satisfazemos as necessidades da Alma, procurando uni-la a DEUS, através de nossas orações e boas obras: dos terços que rezamos, das Missas que participamos, das Sagradas Comunhões que recebemos, das obras de misericórdia e da caridade que praticarmos, enfim, de todas atividades que revelem nosso amor a DEUS e que o SENHOR ocupa uma dimensão importante em nossa vida.
Se uma pessoa cultivar apenas as necessidades do Corpo, "atrofiará" a sua Alma. Não terá pleno domínio de si, mesmo que seja bem sucedida no trabalho ou financeiramente, porque sua existência será anormal, possuindo duas partes vitais (o Corpo e a Alma) só exercita uma delas.
Da mesma forma que o Corpo não vive sem o alimento material, a Alma "não vive" sem o alimento espiritual (as orações e as boas obras), quero dizer, a Alma não têm "vida em plenitude" sem a presença de DEUS. Ela apenas existe. E Corpo com Alma "sem vida", é o mesmo que uma criatura com um "membro atrofiado".
Estas considerações nos levam a compreender, que para uma pessoa ser equilibrada física e moralmente, deve ser "completa", cuidando igualmente com o mesmo interesse, de seu Corpo e da sua Alma. Em consequência, por ser uma pessoa que vive harmoniosamente com sua natureza humana, estará também em perfeita harmonia com a vida, será uma criatura feliz. Terá as suas dificuldades, problemas no cotidiano e provações, como todos nós temos, inerentes a Cruz e a Missão que o SENHOR nos confiou, mas terá também a tranquilidade e o discernimento necessário à buscar soluções adequadas, que seu espírito inspirado pela Luz de DEUS, irá encontrar.
Pela sua própria constituição, a humanidade é finita e limitada. A capacidade de realização pessoal está restrita a determinados valores que variam entre as criaturas, mas mesmo assim, esses valores são limitados, jamais ultrapassarão um determinado nível, e ainda, no decorrer da existência a par com a capacidade de iniciativas, as pessoas estão sempre sujeitas a dúvidas, incertezas e fracassos.
DEUS é infinito, absoluto, onipresente, onipotente e onisciente, Suas Obras são perfeitas e acabadas, não precisam de retoques e não necessitam de socorro.
Isto, nos conduz a raciocinar, que os planos e as realizações da humanidade sem a ajuda Divina, mesmo que consigam caminhar e perdurar por algum tempo, tendem a malograr-se e a extinguir-se, enquanto que aqueles executados com o auxílio e a proteção do CRIADOR, com certeza, serão realizados integralmente, superarão todas as dificuldades e alcançarão sucesso garantido.
Diariamente acontece uma invisível e dramática batalha espiritual, entre as forças do mal, com seus truques, armadilhas e maquinações depravadas, que tentam desencaminhar as pessoas, contra as forças do bem, que procuram manter as almas no caminho do direito, da justiça e do amor fraterno, objetivando a sua salvação. A escolha não admite meio-termo: "quem não está com DEUS, estará irreversivelmente com Satanás".
Então, é importante perceber que não se trata de religião, mas de nossa própria vida, do bem-estar e do bom desempenho de cada um. Devemos levar este assunto muito a sério e fazermos a opção certa de viver, porque depois poderá não existir espaço para o arrependimento. Isto porque, se não dispensarmos a competente atenção a existência, procurando entender a nossa missão, poderemos sucumbir desolados diante de monstruosas ocorrências indesejáveis e imprevistos, que podem ocorrer e que são frutos das ciladas do Inimigo que quer destruir a humanidade. Sozinhos, não conseguiremos gerar forças para suplantar o demônio, primordialmente porque ele está invisível e não temos meios para enfrentá-lo.
O DEUS Eterno e Todo-Poderoso derrama sem interrupções, independentemente de qualquer merecimento nosso, um imenso manancial de graças sobre todas as pessoas, de todas as gerações. Na sua infinita bondade de PAI e CRIADOR, não faz distinções e nem discriminações entre os bons e maus. Suas graças são para todos. Todavia, as criaturas com sua liberdade de escolha, é que vão captar e "acolher ou não", os "bens Divinos" que nos são proporcionados. Poderíamos comparar dizendo que, a vontade das pessoas para a recepção das graças, funciona de maneira completamente diferente: existem aqueles que abrem o coração para recebê-las e os que se mantém fechados às abundantes graças de DEUS. Também entre os que se abrem, há neles um variado grau de intensidade amorosa de solicitação e recepção das graças, representados por aqueles que se abrem mais, que são mais disponíveis, que são mais fervorosos, que são mais sinceros e fieis, que procuram ser mais competentes e caprichosos, e aqueles que se abrem menos, que não são tão pontuais, que não possuem uma sólida perseverança, que são secos e impacientes no tratamento e lidando com as coisas de NOSSO SENHOR.
O Amor de DEUS é igual para todos os seus filhos, "nós é que o acolhemos em diferentes grandezas, motivado pela desigual maneira que cada pessoa se apresenta para recebê-lo".
Esta verdade deve ser a luz de nosso caminho, porque se ela atuar em nossa vontade irá configurar o nosso caráter e nossa vida, como um mau ou como um bom e verdadeiro filho de DEUS. E como é compreensível, como bom filhos estaremos unidos ao CRIADOR através da Oração, da Comunhão Sacramental e das boas obras que praticarmos, sentindo em cada dia a doçura e o consolo Divino, que proporcionará um viver em plenitude, com uma prodigiosa paz em nosso coração.