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“SINAL DIVINO”

 

 

 

A REALIDADE APARECE

Em Maio de 1203, aquela senhora querendo retribuir sua cura decidiu visitar o Convento dos Padres Beneditinos, principalmente a Igreja, onde os religiosos se reuniam para Orações, Santas Missas e Celebrações Religiosas. Ela procurou um Sacerdote que pudesse confessá-la. Ajoelhou-se, fez o sinal da Cruz e disse:

 

PRECIOSA REVELAÇÃO

- “Padre, eu sou uma costureira que passei serias dificuldades com minha saúde. Tantos foram os meus problemas, que não estava conseguindo realizar os trabalhos e nem as encomendas mais modestas. Então decidi rezar com toda a minha fé suplicando a intercessão de NOSSA SENHORA e de Santa Rosália, pedindo-lhes que me ajudassem e conseguissem a misericórdia de DEUS para mim, concedendo-me o alivio das minhas terríveis dores e a cura da minha abominável doença, restabelecendo as minhas condições de saúde, proporcionando-me continuar com o meu trabalho.”

- “Dias após, Santa Rosália me apareceu com a permissão Divina, e curou todos os meus males, para minha felicidade e imensa alegria. E nesta visita providencial e inesquecível, ela me fez preciosas revelações sobre a sua existência, pedindo-me que levasse os fatos ao conhecimento das autoridades religiosas. Como eu não conheço o Bispo local e nenhuma autoridade religiosa, decidi vir a Igreja e revelar o assunto a um Sacerdote”.

O Padre muito admirado com aquele relato ouviu atenciosamente e em completo silêncio, toda a descrição que aquela senhora lhe fazia:

- “Rosália contou-me um resumo da sua vida: abandonou os pais quando tinha 14 anos de idade, porque eles queriam que ela se casasse. Conduzida por Anjos ficou residindo na Gruta Quisquina, vivendo ali por sua vontade, repleta de privações e com árduas mortificações, que ela mesma se submeteu, por amor a DEUS, suplicando a NOSSO SENHOR em suas orações, a conversão da humanidade, a fim de que todos conhecessem a incomensurável bondade Divina, que verdadeiramente quer a salvação de todas as pessoas. Rosália com os olhos brilhando, deixava transparecer a força e o fulgor da sua vontade, ardentemente manifestada em abraçar, consolar e acariciar JESUS e a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA. Sua alimentação era bastante simples, com raízes, ervas e frutas silvestres que colhia na redondeza; vivia na Gruta completamente ignorada pela humanidade. Nenhuma pessoa conseguiu acessar o interior da Gruta. Todavia, frequentemente era visitada pelos Anjos que lhe serviam refeições e lhe transmitia os ensinamentos e a certeza do infinito Amor de DEUS. Assim, nesta simplicidade decorreram os dias da sua vida na Terra. Com a face repleta de felicidade confirmou o que sempre desejou alcançar na eternidade: desfrutar das alegrias, do conforto e do imenso amor de DEUS e de nossa MÃE SANTÍSSIMA”.

Concluída a Confissão, ao se despedir, a senhora não deixou o seu nome, apenas disse ao Sacerdote que ia escrever mais detalhes da visão, com a finalidade de melhor completar a descrição feita pela Santa. Quando tivesse terminado, voltaria ao Convento para lhe entregar.

 

E NÃO ACONTECEU NENHUMA DEMORA

Uma semana depois, a senhora voltou ao Convento e procurou o Padre Confessor. Entregou-lhe um escrito, onde estava o complemento com os detalhes das revelações de Santa Rosália, justamente com o objetivo de tornar mais lúcido o relato do Confessionário. O documento que ela entregou ao Sacerdote estava assinado: Signora C. Vespri, e começava com as seguintes palavras:

“Com prazer, aqui completo o conteúdo da Revelação feita por Santa Rosália, para maior glória de DEUS e alegria de Nossa MÃE SANTÍSSIMA.”

E escreveu:

“Santa Rosália disse, que sempre seguia os ensinamentos dos Anjos, porque sabia que eram ordens Divina. Aproximadamente depois de um ano em Quisquina, NOSSO SENHOR sabedoria infinita, que sempre procura testar e provar os seus eleitos preparou diversos acontecimentos, no sentido de conceder a filha escolhida, uma coroa de gloria compatível com a grandeza do seu amor e da sua fidelidade. Então permitiu a satanás que fizesse as suas tribulações para testar Rosália. Foram momentos difíceis e de grande sofrimento que ela soube atravessar pela grandeza e perfeita convicção de seu amor a DEUS. O maligno fez com que ela sofresse fortes dores de cabeça e de estômago, ao lado de sentir sensações de frio e de calor tão intensas, que pareciam atingir-lhe os ossos. E sorrateiramente lhe recordava os confortos do palácio, sugerindo-lhe a idéia de que tudo o que ela fizera tinha sido uma loucura, porque na verdade ela não conseguiria suportar os sofrimentos daquela vida eremita. E assim, sempre buscando maneiras de fazê-la sofrer o demônio passou a insinuar ao pensamento dela fortes tentações contra a pureza. Tantos eram os tipos de tentações que ela teve que se apegar com mais ímpeto e dedicação as armas das orações e das mortificações, e muitas vezes, com o rosto banhado em lágrimas, com medo de ceder às tentações do maligno, gritava e suplicava o auxilio Divino. O tempo corria e o demônio sempre arquitetando ia buscando outras maneiras de seduzi-la. Agora surgiu como um lindo jovem querendo conquistar o seu coração para desviá-la do seu amor dedicado a CRISTO. Mais uma vez o capeta foi vencido por ela, que alcançando o crucifixo com as mãos implorou o auxilio do Redentor, seu verdadeiro amor. Dias após, o demônio se materializou num emissário de Sinibaldo, seu pai, dizendo-lhe com simpatia que veio buscá-la para que retornasse a Corte. Para Rosália esta foi uma das piores seduções, porque tinha pavor só de imaginar em voltar para a Corte. Sentindo o abominável assédio da tentação, volveu seus olhos em direção ao Céu e suplicou a piedade Divina. Então lhe apareceu JESUS Crucificado, que afugentou imediatamente o maligno. A luz e o esplendor que emanavam das chagas de CRISTO eram tão intensos que Rosália ajoelhou respeitosamente, e NOSSO SENHOR “recomendou-lhe perseverança em meio a todos os padecimentos. Mandou que ela se aproximasse e desprendendo o braço direito da Cruz, abraçou-a contra o Seu Divino Peito”.

“Foi com vistas a todas estas lutas e terríveis acontecimentos, que dias após, o seu Anjo a inspirou gravar na rocha, bem junto a entrada da Gruta, o motivo pelo qual ela escolheu viver ali:” “Eu, Rosália, filha de Sinibaldo, senhor de Quisquina e do Monte das Rosas, por amor ao meu SENHOR JESUS CRISTO, determinei-me a viver nesta Gruta”.

 

TRANSLADO PARA O MONTE PELLEGRINO

“Transcorridos alguns anos, determinou o SENHOR que Ela se mudasse para outro lugar. Em face da decisão do translado para outra Gruta, Rosália foi escoltada por diversos Anjos que a conduziram a Palermo. E assim, depois de uma longa jornada, chegou ao Monte Pellegrino, onde havia uma grande Gruta para a sua nova residência. Era uma montanha imponente e de difícil acesso. A Gruta escolhida entre os diversos penhascos nunca era atingida pelos raios do sol. A água das nascentes gotejava sem interrupção fazendo com que o seu interior, permanecesse um rigoroso inverno. Esta Gruta era mais sombria e mais áspera do que a outra, e esta realidade muito a agradou. Foi neste lugar que Rosália passou os últimos anos da sua existência terrena. Após dezoito anos de vida austera e solitária, entregou sua alma a DEUS no dia 4 de setembro de 1160”.

Algumas fontes dizem que a razão desta mudança foi que a presença dela passou a ser mencionada por viajantes que passavam pela redondeza, e tinham certas suspeitas, e também, pela constante pesquisa de membros da sua família que já a procurava nas proximidades de Quisquina.

 

A PROVIDÊNCIA DIVINA

O Sacerdote de posse daquele documento, com rapidez e preocupação, levou ao conhecimento do Superior Beneditino, mostrando-lhe o conteúdo daquela revelação. Conversaram e trocaram idéias de como deveriam agir, para atender o pedido de Santa Rosália.

As noticias correram ligeira e o povo de Palermo logo honrou Rosália como Santa. No final do século XII, muitas Igrejas e Capelas já tinham sido dedicadas a ela em diversas regiões da Itália. No ano 1624 Palermo foi assolada por uma terrível epidemia de peste que matou muita gente. E até aquela época o corpo de Rosália ainda não tinha sido encontrado. Então esta foi à oportunidade certa para DEUS NOSSO SENHOR fazê-la realmente conhecida por todos. Uma senhora que sempre rezava para a Santa, em sonho recebeu a visita Dela que lhe disse onde estava enterrado o seu corpo na Gruta do Monte Pellegrino. Essa mulher comunicou aos Frades Franciscanos do Convento próximo ao monte Pellegrino, e no dia seguinte os religiosos realizaram uma missão para encontrar o corpo da Santa. E de fato encontraram as suas relíquias no local indicado, no dia 15 de junho de 1624. Isto aconteceu após insistentes escavações. Encontraram uma grande pedra de alabastro dentro da qual, se achava o corpo da Santa. O fato aconteceu assim: “Por ordem Divina, os Anjos prepararam uma pedra de alabastro em forma de concha para servir de ataúde e nele depositaram o corpo da jovem Rosália, que foi sepultada bem próxima a entrada da Gruta”. Abrindo a pedra de alabastro encontraram os ossos e relíquias da Santa, um Crucifixo e contas que ela usava para rezar o Saltério.

As relíquias foram transportadas para a Capela do Arcebispo de Palermo. O Cardeal Giannettino Doria para certificar-se da sua autenticidade, ordenou uma investigação. Enquanto isso, a peste terrivelmente continuava devastando a cidade, matando pessoas sem piedade. Então a fé daqueles que a possuíam, encontrou o caminho certo: rezar para Santa Rosália interceder junto a DEUS suplicando piedade para o povo de Palermo, a fim de que acabasse com a epidemia de peste. NOSSO SENHOR respondeu prontamente! As pessoas foram admiravelmente curadas de uma maneira bastante rápida, para espanto e alegria da população, e a peste desapareceu.

Foi aberto o processo canônico que terminou em Junho de 1625. As relíquias da Santa foram conduzidas em procissão por toda a cidade de Palermo, e nunca mais a peste voltou a incomodar o povo daquela região.

Em 1630, o Papa Urbano VIII inseriu Santa Rosália no Martirológio Romano com duas festas: no dia 15 de Julho, em comemoração a descoberta das suas relíquias, e em 4 de Setembro, Festa do seu nascimento. Santa Rosália também foi escolhida padroeira de Palermo. A urna com os restos mortais da Santa está guardada no Duomo de Palermo, na Sicília, Itália.

Que Santa Rosália com seu exemplo corajoso e dedicado, nos auxilie com sua intercessão, a todos nós, a fim de que ainda aqui na Terra possamos participar da Comunidade Bem-Aventurada dos Anjos de DEUS e de todas as pessoas que se mantêm unidas ao CRIADOR.

 

SANTUÁRIO DE SANTA ROSÁLIA EM PALERMO - ITÁLIA

Ao fundo a Gruta onde ela viveu os últimos anos e morreu.

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