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O Santo Sudário, é um Lençol de linho branco com 4,36 metros de comprimento por 1,10 metros de largura, que José de Arimatéia comprou (Mc 15,46) para envolver o Corpo sem vida de JESUS retirado da Cruz e a seguir colocá-lo no Sepulcro, conforme o costume e a lei dos judeus. Arimatéia era membro do Grande Conselho judeu, mas secretamente simpatizava e acolhia a doutrina do SENHOR. (Jo 19,38-40)

O ritual de sepultamento incluía lavagem e limpeza do corpo, com sete imersões. Todavia estas atividades não foram realizadas porque não houve tempo, estava no final do horário que marcava a véspera do Sabath (dia de repouso), também início das Celebrações da Páscoa Judaica. O aparecimento das primeiras estrelas no céu indicava o início do sábado, que era um tempo sagrado de acordo com o costume e os termos da Lei. Dessa forma, fizeram tudo às pressas: tiraram o SENHOR da Cruz, estenderam o Lençol de linho na mesa funerária dentro do sepulcro (uma saliência na rocha em forma de cama), ungiram o Corpo do SENHOR com uma mistura de aloés e mirra e O colocaram sobre a metade do tecido, cobrindo-O com a outra metade, da cabeça aos pés; em seguida, amarraram o Lençol ao Corpo com tiras de pano, procedendo com a maior rapidez, para não ultrapassar o horário permitido, a fim de não serem atingidos pela impureza legal (tocar em defuntos no tempo sagrado), que os impediriam de participarem das comemorações da Páscoa, porque não haveria tempo para se purificarem, de acordo com o preceito judaico.

O dia seguinte era sábado, dedicado ao repouso e orações. No entardecer do sábado, quando as primeiras estrelas surgiram no céu, indicava que o tempo sagrado havia terminado e pelo costume judeu, começava o primeiro dia da semana (domingo). As Santas Mulheres agilizando providências, foram ao mercado e compraram aloés e mirra, e em casa, a noite, prepararam a mistura com objetivo de na manhã do dia seguinte (domingo cedo), ungirem dignamente o Corpo de JESUS, completando desse modo o sepultamento, de acordo com a lei.

No Evangelho de JESUS escrito pelo Apóstolo MARCOS:

“Passado o sábado, Maria Madalena e Maria de Cleófas, mãe de Tiago Menor e Salomé, compraram aromas para ir ungi-LO. De madrugada, no primeiro dia da semana (Domingo) elas foram ao túmulo ao nascer do sol.” (Mc 16, 1-2)

Lá chegando, encontraram o tumulo aberto com a pedra que o fechava deitada ao lado. JESUS tinha Ressuscitado. Desceram correndo o morro e chamaram os Apóstolos. Pedro e João vieram e constataram que o sepulcro estava aberto e os panos de linho no chão. O Sudário não estava no chão, mas dobrado e colocado na extremidade da saliência na pedra em forma de cama, onde esteve deitado o SENHOR morto. Recolheram os tecidos e voltaram para casa.

No Evangelho de JESUS escrito pelo Apóstolo JOÃO:

“No primeiro dia da semana (domingo), Maria Madalena foi ao sepulcro de madrugada, quando ainda estava escuro e viu que a pedra tinha sido retirada do sepulcro. Então, correu e foi a Simão Pedro e ao outro Discípulo que JESUS amava e lhes disse: Retiraram o SENHOR do sepulcro e não sabemos onde O colocaram. Então, Pedro saiu com o outro Discípulo (João Evangelista) e se dirigiram ao sepulcro. Os dois correram juntos, mas o outro Discípulo (João era mais novo) correu mais depressa que Pedro e chegou primeiro. Inclinando-se, viu os panos de linho por terra, mas não entrou (em respeito a Pedro) . Então, também chegou Simão Pedro e entrou no sepulcro; viu os panos de linho por terra e o sudário que cobrira a cabeça de JESUS. O sudário não estava com os panos de linho no chão, mas dobrado num lugar à parte (na pedra cortada em forma de cama) . A seguir, entrou o outro Discípulo que tinha chegado primeiro: ele viu e acreditou, porque ainda não tinham compreendido que conforme a Escritura, ELE devia Ressuscitar dos mortos. Os Discípulos, então, voltaram para casa (naturalmente levando as preciosas relíquias).” (Jo 20,1-10)

O Sudário, como os demais panos de linho usados no sepultamento, também a coroa de espinhos, a Cruz de madeira e os cravos, foram guardados diligentemente pelos Apóstolos e primeiros cristãos. São objetos de valor inestimável que testemunham a Crucificação e Ressurreição do SENHOR, desfecho heróico e dramático de uma Divina missão de amor que ELE cumpriu integralmente, para Redimir e Salvar a humanidade de todas as gerações, independentemente do merecimento e da vontade pessoal de cada um.

Na Mortalha Sagrada ficaram gravadas duas tênues impressões, mas de notável nitidez, mostrando a frente e as costas do SENHOR. Os vapores de amoníaco úmido desprendidos do Corpo, misturado com o suor e sangue de JESUS, junto com o aloés e a mirra, encadearam uma reação química que sob a luz incandescente da Ressurreição, imprimiram de maneira sobrenatural e admirável o Corpo de CRISTO no Lençol Mortuário, deixando as marcas da crucificação, realçando as feridas, os flagelos e os orifícios por onde penetraram os cravos de ferro e a lança do centurião.

No dia 28 de Maio de 1898 por ocasião do casamento de Vitor Emanuel III com Helena de Montenegro em Turim, na Itália, o Sudário foi exposto publicamente pela primeira vez e o advogado Secondo Pia foi autorizado a fotografá-lo. Grande foi a sua surpresa quando ao revelar a chapa fotográfica, constatou que ela apresentava como se fosse o positivo da foto, mostrando o Rosto de JESUS Crucificado com impressionante nitidez e majestade. Os claros e escuros que estão no tecido, se apresentavam na chapa como se fosse o positivo. Ou seja, tudo o que aparece em escuro no tecido (devido ao sangue), na chapa negativa aparece claro. Então as cores ficaram invertidas, comparadas com os negativos convencionais. Por isso mesmo, causou surpresa e comoção quando revelada a chapa apareceu o retrato de JESUS. A notícia se espalhou e as fotos foram divulgadas com ansiedade. O mundo admirado, pode conhecer e contemplar pela primeira vez, a verdadeira FACE DO SENHOR Crucificado.

A partir de então, teólogos, sacerdotes e leigos, se empenharam em estudos e numa febril e perseverante busca, para maior conhecimento daquela valiosa relíquia. Enveredaram-se por árduos e difíceis caminhos, procurando desvendar a trajetória do Lençol Mortuário de JESUS, muito embora além das naturais dificuldades que existiam para se alcançar à origem de uma preciosidade tão antiga, haviam também como há até hoje, pessoas que não acreditam na autenticidade do Sudário, afirmando que a imagem do SENHOR no tecido de linho foi pintada.

Mas os sinais de autenticidade são muito evidentes, o que encorajou ainda mais os fieis a encontrar respostas para aquela impressionante relíquia.

Em 1902, além de outros fatos, aconteceu uma manifestação importante de Yves Delage, um conhecido e conceituado professor de anatomia comparativa da Universidade Sorbonne, em Paris, na França. Examinando as fotografias do Sudário, fez uma avaliação da imagem do corpo nele impresso e a posição das feridas. Concluiu que “elas estavam anatomicamente precisas e portanto, seria virtualmente impossível um artista criá-las com tanta perfeição.”

Em 1932, depois de minuciosos estudos, o médico francês Dr. Pierre Barbet afirmou:

“A morfologia do sangue no Sudário apresenta dois tipos de sangue: o sangue vivo ou saído quando JESUS estava vivo, caracterizado pela típica margem de fibrina ao lado do filete ou da mancha, e de uma parte mais clara no centro, denominada plasmática; e o sangue post mortem, ou seja, saído após a morte, como por exemplo o da ferida do lado direito, feita pela lança do centurião, caracterizada pela posição inversa: plasma na periferia e fibrina no centro. Estas duas características morfológicas do sangue, revelam que as impressões do Sudário não são obra de um falsário, o qual não podia conhecer naquela época este aspecto da coagulação, nem o processo fibrinolítico que favoreceu o decalque da substância hemática no tecido, devido à ação hemolítica do aloés e da mirra, durante o tempo que o tecido esteve em contato com o corpo.”

 

 

 

 

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