Tomé, um dos doze, era judeu de nascimento e pescador, provavelmente nascido na Galiléia. O seu nome Tomé, em alguns idiomas, é interpretado ou traduzido como Tomás ou Thomas. Ele também era chamado de Dídimo, que tem o significado etimológico de “Gêmeo”. Este fato, provavelmente quer nos fazer entender, que pelo menos ele tinha um irmão “parecido com ele”,ou “nascido no mesmo dia”, ou "gêmeo mesmo, nascido no mesmo horário". De família simples, desde jovem foi acostumado ao trabalho duro e persistente da pescaria, de onde retirava o pão de cada dia para ajudar aos seus pais e também, para cobrir as suas próprias necessidades. Tomé era um homem forte, de boa estatura, mas de poucas palavras; era accessível, mas gostava de impor a sua personalidade no direito, na justiça e na razão. Esta característica particular às vezes o colocava numa posição mais reservada, não dando habitualmente plena expansão aos seus próprios sentimentos que externava vigorosamente nas certezas e nas suas dúvidas. Mas ele não era um descrente, na única vez que vacilou, estava perplexo, impressionado com o fato descrito pelos companheiros que lhe produziu incerteza circunstancial, em face da narrativa de um grande milagre. Por outro lado, nas oportunidades certas, ele sempre soube revelar a sua dignidade, a sua crença humilde e sincera, assim como a sua grande coragem.

RESSURREIÇÃO DE LÁZARO

Este comentário acima, fica bem em evidência ao recordarmos a morte de Lázaro em Betânia, próximo a Jerusalém, onde ele residia na companhia das duas irmãs Marta e Maria. NOSSO SENHOR era muito amigo de Lázaro, e as duas irmãs respeitosamente amavam JESUS. Maria foi aquela que numa visita do SENHOR, ajoelhou-se diante DELE e ungiu os SEUS Pés com um precioso perfume, e em seguida, enxugou-os com seus longos cabelos. Lázaro vivia muito doente; com o agravamento das complicações na sua saúde, veio a falecer. As duas irmãs tristes e preocupadas com o acontecimento enviaram um mensageiro para avisar a JESUS que se encontrava distante da Judéia, pois recentemente os judeus procuraram matá-lo a pedradas. Ao receber a notícia, NOSSO SENHOR, no tempo certo, avisou aos Discípulos da SUA disposição de ir ver Lázaro. Os Discípulos preocupados com a violência dos judeus, disseram: “Rabi, há pouco, os judeus procuraram lapidar-Te e vais outra vez para lá?”(Jo 11,8). JESUS então lhes falou claramente: “Lázaro morreu. Por vossa causa, alegro-me de não ter estado lá, (no momento da morte dele) "para que creiais" (ou seja, para que os Discípulos e as demais pessoas acreditassem no imenso poder Divino de JESUS que ressuscita os mortos. Por isso ELE completou). "Mas vamos para junto dele!”(Jo 11,14-15). Tomé que estava presente e tinha plena convicção de que JESUS era um enviado de DEUS, considerou justa e corajosa a atitude DELE, apesar das ameaças de morte por parte dos judeus. Assim, olhando para os demais Discípulos estimulou a coragem de todos dizendo-lhes com voz forte: “Vamos também nós para morrermos com ELE!”(Jo 11,16).E viajaram no mesmo dia. E como descreve o Evangelista, JESUS chegando dirigiu-se ao tumulo onde Lázaro estava sepultado. Mandou retirar a pedra que fechava a entrada e ergueu os olhos ao Céu dizendo: “PAI, dou-TE graças porque ME ouviste. EU sabia que sempre ME ouves; mas digo isto por causa da multidão que ME cerca, para que creiam que ME enviaste”. Depois, olhando para Lázaro morto, gritou com voz forte: “Lázaro, vem para fora!” Imediatamente ele ressuscitou e levantou-se cheio de vida, com os pés e as mãos enfaixadas e o rosto coberto com uma toalha (sudário), de acordo com o costume judeu de sepultar os mortos. JESUS disse: “Desatai-o e deixai-o ir-se”. (Jo 11, 41-44)Todos ficaram alegres e muito felizes comemoraram.