“ENSINAMENTOS DIVINO”
“A PENITÊNCIA SOZINHA NÃO FAZ REPARAÇÃO DA CULPA”.
“A CULPA É REPARADA PELO AMOR”
Os pecados cometidos pela humanidade são considerados pelo CRIADOR.
Fala DEUS PAI:
“Todos os sofrimentos humanos, aqueles que são sofridos no presente e aqueles que poderão ser suportados na continuidade, pela menor culpa que tenham, são insuficientes para ME satisfazer. Sendo EU infinito, a ofensa cometida contra MIM, pede satisfação infinita”.
Explica o CRIADOR:
“Os males que ocorrem na existência não são punições DIVINAS, mas correções aos filhos que praticaram ofensas. A satisfação perfeita se dá pelo amor, pelo sincero arrependimento e pelo desprezo ao pecado. Deve ser colocado sempre em evidência que sendo DEUS infinito e CRIADOR de tudo, pelo pecado que SOU ofendido, exige amor e dores infinitas para neutralizá-lo. E naturalmente, para se conseguir esta “satisfação”, ela tem que ser realizada “por amor” e “com amor”, além do “arrependimento sincero” de quem cometeu, para que seja aceito por MIM. Assim esse procedimento honesto é aceito em “lugar da culpa” e do reato (obrigação penitencial), não pela virtude (grandeza e grau) dos sofrimentos padecidos, mas, sobretudo e primordialmente pela “infinitude do amor sincero” que deve revestir a ação”.
Continua o SENHOR:
“A dor sofrida é infinita em dois sentidos:
A ofensa é feita contra o CRIADOR;
A ofensa é feita ao próprio ser humano.
Quem se considera unido a MIM por um Amor Infinito, também sofre quando ele ME ofende ou vê que outros ME ofendem. Igualmente, quando este ser humano padece no seu corpo ou no espírito, qualquer que seja a origem das dores, das ofensas praticadas contra MIM, “ele tem merecimento infinito”. Dessa forma, aquele padecimento satisfaz pela culpa cometida contra MIM que era merecedora do inferno. Embora praticadas no tempo finito, são ações válidas, pois são fortalecidas pelas virtudes, caridade, contrição, desprezo da culpa, que tem valores infinitos”.
A afirmação de São Paulo numa de suas epístolas, aborda o assunto de modo notável:
“Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as a dos Anjos, se eu não tivesse a Caridade, seria como um bronze que soa ou como um címbalo que tini. Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência, ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar os montes, se não tivesse a Caridade, eu nada seria. Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos, ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a Caridade, isso nada me adiantaria”. (1 Cor 13, 1-3)
O Apóstolo nos faz compreender a palavra DIVINA, de que os gestos finitos são insuficientes para “Punir” ou “Satisfazer” (neutralizando a culpa), sem a força da Caridade (do Amor). Isto porque, o “Amor” puro e sincero tem prerrogativas infinitas, pois foi criado por DEUS, o Amor é virtude do próprio DEUS. Significa dizer que a “culpa” pelo pecado cometido, não é reparada neste mundo pelos sofrimentos em si, mas por aqueles sofrimentos aceitos e sofridos por “amor a DEUS”, com sincera contrição (arrependimento). Não é suficiente a força da mortificação, é necessário o anseio da alma, de agradar a DEUS.
O mesmo que ocorre com a Caridade acontece com qualquer outra virtude, que somente possuem valor se realizadas por que existe um sincero amor a DEUS. Significa dizer: a pessoa tem um sincero Amor a DEUS e procura virtuosamente seguir os passos DIVINOS.
Assim, a “culpa” é reparada pelo “Amor”, pela “Contrição” (arrependimento interior), pela “Humildade” e o “espírito paciente e confiante”, considerando-se o pecador (a) ser merecedor (a) de castigos e não de prêmio.
Então é importante ressaltar: nenhuma virtude tem valor sem a Caridade (o Amor). Entretanto, é necessário também nunca se esquecer de que é a Humildade que “forma” e “nutre” a Caridade.
“O AUTOCONHECIMENTO” (Conhecimento de si próprio)
DEUS PAI fala a Santa Catarina:
“Conhecendo-te
a ti mesma, tu te humilharás ao perceber que nada és. Lembrarás que o teu ser
procede de MIM, que vos amei, a ti e aos outros (toda a humanidade),
antes de virdes à existência. Além disso, quando vos recriei na Graça com inefável
Amor, EU vos lavei e vos concedi uma Vida Nova no Sangue do MEU FILHO UNIGÊNITO;
naquele Sangue, derramado num grande “Incêndio de Amor”. Para quem destrói em si
o egoísmo, é no Autoconhecimento que tal Sangue manifesta a Verdade. Não existe
outro meio. Através dele, a pessoa com inexprimível amor ME conhece e sofre. Não
com um sofrimento angustiante, aflitivo e árido, mas com uma dor que alimenta
interiormente. Isto porque, ao conhecer a Verdade “que EU Sou o AMOR”, a alma
sofrerá terrivelmente lembrando-se e tomando consciência dos próprios pecados,
percebendo a cega ingratidão humana. Mas este é o caminho, porque na verdade,
nenhuma dor a pessoa sofreria se não ME amasse em seu coração”.
A SATISFAÇÃO REPARADORA
O CRIADOR continua instruindo Catarina:
“A partir do momento em que tu e meus servidores conhecerdes a MINHA Verdade, através daquele mencionado Caminho, tereis de sofrer tribulações, ofensas e desprezos por palavras e ações, (suportando todas as ofensas) até a morte. Tudo isso para a glória e louvor do MEU Nome”.
“Por essa razão, estejam prevenidos e armai-vos de muita paciência, arrependimento de vossos pecados e de muito amor à Virtude, pois aqueles que agirem assim, EU aceitarei a reparação das tuas culpas. Pela força do Amor e Caridade, os vossos sofrimentos serão suficientes para dar satisfação e reparação pelas faltas cometidas. Serão canceladas todas as manchas dos vossos pecados”.
“Aos obstinados, que preferem ser reprovados, com desprezo do Sangue com que foram amorosamente Remidos, por consideração aos pedidos dos meus servidores (dos religiosos em geral), terei paciência com eles: irei iluminá-los, suscitarei o remorso, farei que sintam gosto pela virtude, que vejam prazer na amizade dos meus servidores”.
“O motivo que ME leva a agir dessa forma é sempre o inestimável Amor com que criei a humanidade, junto com a Oração, os anseios e as dores dos meus servidores”.
“Entretanto, aos obstinados não é dada a Remissão do Reato (pela Penitência). Porque eles não sentem uma dor, nem sincero arrependimento e não tem uma contrição perfeita, pelos pecados cometidos. Sua Caridade e Contrição são imperfeitas. Eis o motivo porque eles não alcançam a Remissão das Penas”.
Concluindo o SENHOR DEUS realçou mais uma vez, dizendo:
“A Penitência dá Reparação à Culpa através da Contrição Perfeita, não através das Mortificações em si mesmo. Aos que se acham na via da perfeição, Repara-se não somente pela Culpa, mas também pelo Reato (pela Penitência); quanto aos que vive na Caridade comum, somente a Culpa é perdoada. Estes últimos, libertos do pecado mortal, recebem o dom da Graça, mas se não possuírem a necessária Contrição e o insubstituível amor a DEUS suficiente para cancelar o Reato, quando morrerem vão para o Purgatório pagar a sua dívida”.
É NA DIFICULDADE QUE SE PROVAM AS VIRTUDES
Diz o CRIADOR:
“As Virtudes se
fundamentam no amor pelos outros. Assim, é na Caridade que as Virtudes ganham
vida. Sem a Caridade, nenhuma Virtude existe, pois elas são adquiridas no puro e
sincero Amor por MIM. Quem ME ama procura ser útil ao próximo. Nem poderia ser
de outra maneira, considerando que o amor por MIM e pelo próximo é uma só
coisa.”
Continua o SENHOR instruindo Catarina:
“A pessoa deve revelar paciência ao ser injuriada por outra ou por outros; deve mostrar humildade quando se achar diante do orgulhoso; deve exercitar a fé diante do infiel; a esperança, na presença daquele que nada espera; deve mostrar mansidão e a benignidade diante daqueles que são irascíveis”(os que se irritam com facilidade).
“A Virtude da Justiça não diminui diante das Injustiças. Na verdade ela se evidencia, pois a Justiça se revela na Paciência. As Virtudes Internas: Humildade, Caridade e Discernimento, devem ser exercitados, porque elas muito ME agradam”.
DEUS CONFIRMA AS SUAS PROMESSAS
DEUS PAI continua ensinando:
“Minha filha, convence-te de que ninguém ME pode escapar! Pela Justiça ou pela Misericórdia, todos se encontram em MINHAS MÃOS. As pessoas ME pertencem. Foram criadas por MIM, e EU amo inefavelmente cada uma delas. Mesmo que sejam pecadores, porque elas são a MINHA invenção. EU lhes perdoarei as faltas se arrependidas e amorosas ME suplicarem graças aos MEUS servidores (os sacerdotes nos Confessionários). Escutarei os seus pedidos com prazer, quando formulados com amor e dor, diante de MIM”.
CRESCE O DESEJO SANTO, DE CATARINA
Então aquela serva inebriada
com tanto carinho DIVINO, como se estivesse sonhando, sentiu aumentar de
maneira maravilhosa e incandescente, o seu próprio amor. Sentia-se feliz e
sofredora. Feliz porque unida a DEUS, inteiramente mergulhada na misericórdia
DIVINA, saboreava a imensa bondade do CRIADOR. Sofredora, por ver os pecados da
humanidade cometidos contra a tão sublime e imensa bondade de DEUS. Ela
agradecia à Majestade DIVINA que lhe mostrava os pecados da humanidade, com o
objetivo de obrigá-la a se empenhar mais no zelo e no amor a todos. Renovaram-se
os seus sentimentos mais íntimos em relação a DEUS, elevou-se a chama do seu amor e,
devido à influência das manifestações da alma no seu próprio corpo, ela transpirava
amorosamente repleta de felicidade.