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PRESENÇA DIVINA

 

 

INTERVENÇÃO DE SÃO PEDRO

Descreve a tradição que no calabouço ela teve a visão do Apóstolo São Pedro, que estava acompanhado por um jovem carregando uma tocha (um Anjo do SENHOR). Depois de benzê-la com o sinal da cruz, São Pedro mandou o Anjo tratá-la. Ele aplicou óleos medicinais e envolveu com plantas o peito e todo o corpo de Águeda. Ela dormiu. Quando acordou, com alegria observou que seus seios tinham sido reconstituídos e todos os ferimentos do seu corpo estavam curados e cicatrizados.

Quintiano ao saber do seu completo restabelecimento ficou louco e ordenou que a trouxessem a sua presença:

Águeda lhe disse: - “Vê senhor e reconhece a onipotência do meu DEUS, a quem adoro com todas as forças do meu coração. Pois bem, foi ELE que me curou as feridas e Quem me restituiu os seios. Eu pergunto? Como o senhor imagina poder exigir de mim, que eu abandone o meu DEUS? Não, não senhor Governador, isto é impossível. Poderá existir a tortura mais cruel que seja, que jamais me fará separar do meu DEUS e SENHOR”.

Inflamado de ódio o Governador deu um soco na mesa e ordenou que ela morresse numa fogueira.

 

MORTE DA JOVEM CRISTÃ

Os carrascos, como sempre, capricharam na preparação do suplício: rasgaram as suas vestes e as arrancaram do seu corpo; depois a lançaram sobre carvões em brasas entremeados com cacos de vidro. E assim rolaram três vezes a jovem, ida e volta numa extensão de 15 metros. Os algozes tinham o cuidado de não deixá-la morrer na preparação, para que o sofrimento fosse maior. Terminada esta fase da flagelação, a levaram de volta ao calabouço.

Num estado de dor e muita fraqueza, ela rezou a JESUS e a VIRGEM MARIA, entregando-lhes sua vida.

-“JESUS CRISTO, SENHOR de todas as coisas, VÓS vedes o meu coração e conhece o meu desejo. Tomai posse de mim e de tudo o que me pertence. O SENHOR é o Pastor, meu DEUS, sou VOSSA ovelha. Fazei que seja digna de vencer o demônio”.

Enquanto orava, um terrível terremoto abateu sobre aquela região, provocando sérios tremores, derrubando prédios, muros e casas, matando pessoas e ocasionando muita confusão e produzindo sérios prejuízos.

O povo encarou aquele acontecimento como um aviso Divino, diante das covardes e abomináveis flagelações que faziam com uma jovem inocente, indefesa e sem ter praticado qualquer tipo de crime. E como prova de que se tratava de uma intervenção sobrenatural, houve muitas mortes e destruições, inclusive tendo dois generais, amigos de Quintiano falecido num desabamento. Por isso mesmo, exigiram que ele parasse com aquela tortura e que Águeda não fosse conduzida a morrer numa fogueira. O Governador observando todos aqueles sinais e temendo um levante popular, suspendeu a continuidade do  martírio da jovem, deixando-a trancafiada numa cela. E naquela cela ela faleceu no dia 5 de Fevereiro do ano 252, com 22 anos de idade.

No seu funeral, apareceu aquele mesmo jovem (um Anjo do SENHOR) que veio com São Pedro. Ele conduzia uma linda tocha dourada com uma chama diferente, para honrá-la no sepultamento da jovem mártir.

Poucos dias após, viram o cavalo de Quintiano disparar sem que ele conseguisse segurá-lo, e depois o animal estancou violentamente na margem do rio, lançando-o nas águas, onde acabou morrendo afogado.

 

ERUPÇÃO VULCÂNICA

Um ano depois da morte de Águeda, o vulcão Etna, que está ao lado da cidade de Catânia, situada na região sul da Itália, entrou em erupção, lançando lavas e cinzas por todos os lados e densa fumaça há mais de 500 metros de altura.

Os moradores da cidade e dos lugarejos próximos ficaram apavorados, lembrando-se da erupção do vulcão Vesúvio a 22 quilômetros de Nápoles, cujas lavas arrasou a cidade de Pompéia no ano 79 d.C., que estava na base da montanha.

Os devotos de Águeda foram a Igreja e tiraram o véu do seu relicário e com rapidez se aproximaram da montanha do Etna. Ataram o véu a uma lança e se aproximaram do vulcão, a fim de observar a direção do maior fluxo das lavas, e ali, cravaram a lança no sentido de impedir a passagem daquela correnteza incandescente e destruidora. Por milagre Divino, as lavas ali se estancaram, como se existisse um poderoso muro de arrimo que não permitisse o terrível avanço progressivo do fluxo incandescente destruidor, da mesma forma que a erupção vulcânica cessou. As orações dos fieis de Águeda encontraram o coração da jovem heroína na eternidade, e ela repleta de amor e amizade por todos, intercedeu junto a DEUS NOSSO SENHOR, suplicando a intervenção misericordiosa Divina, a fim de não permitir os danos e a destruição pelas perigosas lavas do Vulcão Etna.

Este fato, considerado como autêntico milagre por intercessão da jovem martirizada, causou emoção e beneficio a muitas pessoas, que se converteram ao cristianismo e passaram a acreditar em JESUS. Muitos acontecimentos milagrosos ocorreram e foram comentados pelo povo, que se mantinha entusiasmado com a intercessão milagrosa de Águeda, que logo passou a ser invocada e venerada como Santa.

O seu culto foi logo difundido e ela se tornou uma das Santas mais conhecidas na Itália e uma das gloriosas heroínas mártires do cristianismo dos primeiros séculos cristão.

Santa Águeda é invocada para proteger a humanidade e os bens do povo, contra as erupções vulcânicas, contra tremores de terra, terremotos e contra os perigos de incêndios. Somente em Roma existem doze Igrejas consagradas a sua proteção. Pelo fato de ter sofrido o suplício das mamas, é também invocada como protetora contra os males da mama, como por exemplo: cura do câncer de mama e de qualquer outro problema maligno nos seios.

 

RELÍQUIAS

O túmulo de Águeda está em Catânia e o seu famoso véu está num rico e belo estojo também na Catedral junto com as outras relíquias.

Todavia, antes de ficaram instaladas num local ideal e de fácil veneração pelos fiéis, as relíquias da Santa foram roubadas no ano 1040 e percorreram um longo caminho, antes de serem totalmente protegidas. Primeiro foram levadas para Constantinopla por um general bizantino. Em 1126 dois soldados franceses, Gilberto e Goselino, participantes de uma Santa Cruzada contra os muçulmanos, furtaram em Constantinopla os restos mortais da Santa e entregaram ao Bispo Mauricio, no Castelo de Aci, na Sicilia, Itália. Em 17 de Agosto de 1126 as relíquias voltaram ao “duomo” (a Catedral) de Catânia, onde se encontra a veneração pública, constituída de nove (9) relicários: cabeça e busto, mãos, braços, pés e pernas, os seios, e o santo Véu.

Na arte litúrgica, Santa Águeda é representada com uma palma e dois seios em um prato, ou também, é apresentada coroada com palmas e com os dois seios em duas pinças. A palma, folha da palmeira, simboliza o seu martírio.

É uma das mais gloriosas heroínas do princípio do Cristianismo, cuja intercessão em favor do povo de DEUS, é invocada diariamente no Cânon da Santa Missa.

Sua Festa Litúrgica é no dia 5 de Fevereiro de cada ano.

 

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