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CONHECIMENTO DO ROSÁRIO

 

HISTÓRICO

O SANTO ROSÁRIO é constituído por quatro TERÇOS, que podem ser rezados ao longo do dia, ou, por exemplo: um TERÇO pela manhã, outro à tarde, um terceiro após o banho, e o quarto TERÇO a noite, como também pode ser rezado integralmente de uma só vez, em casa, na Igreja ou no trabalho.

Cada TERÇO tem cinco (5) Mistérios, que devem ser meditados, pois se referem aos Mistérios do Cristianismo, os sofrimentos, as virtudes e a preciosa obra de JESUS e de NOSSA SENHORA. Em cada TERÇO são rezados:

1 - (Na Cruz do Terço – Nº1) Começa fazendo o Sinal da Cruz, em nome do PAI, do FILHO e do ESPÍRITO SANTO. E logo a seguir, rezar o CREDO.

2 - (Na primeira conta – Nº2) Rezar o PAI NOSSO

3 - (Nas três contas seguintes – Nº 3) Rezar três orações AVE MARIA (Em honra da SANTÍSSIMA TRINDADE)

4 - (No espaço logo a seguir – Nº 4) Rezar: Glória ao PAI, ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO

5 - (Logo na primeira conta – Nº 5) Anunciar o 1º MISTÉRIO e rezar o PAI NOSSO

6 - (Nas 10 contas seguintes – Nº 6) Rezar 10 orações AVE MARIA

7 - (No próximo espaço – Nº 7) Rezar: Glória ao PAI, ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO

8 - (Na próxima conta – Nº 8) Anunciar o 2º MISTÉRIO e rezar o PAI NOSSO

E assim sucessivamente. No final do TERÇO rezar "SALVE RAINHA" (em honra de NOSSA SENHORA)

No Primeiro TERÇO meditamos sobre os “Mistérios Gozosos” relembrando cinco acontecimentos. No 1º Mistério: “Anunciação do Arcanjo São Gabriel a NOSSA SENHORA”; no 2º Mistério: “Visita de NOSSA SENHORA a Isabel Sua Prima”; no 3° Mistério: “Nascimento de JESUS em Belém”; no 4º Mistério: “Apresentação do MENINO JESUS no Templo”; no 5º Mistério: “Perda e encontro de JESUS no Templo”.

No Segundo TERÇO meditamos sobre os “Mistérios Dolorosos”. No 1º Mistério: “Agonia de JESUS no Horto das Oliveiras”; no 2º Mistério: “Flagelação de JESUS”; no 3º Mistério: “JESUS sofre com a coroação de espinhos”; no 4º Mistério: “JESUS carregando a Cruz para o Calvário”; no 5º Mistério: “JESUS é Crucificado e morre na Cruz”.

No Terceiro TERÇO meditamos sobre os “Mistérios Gloriosos”. No 1° Mistério:“A Ressurreição de JESUS”; no 2º Mistério: “Ascensão Gloriosa de JESUS aos Céus”; no 3º Mistério: “Vinda do ESPÍRITO SANTO sobre os Apóstolos e NOSSA SENHORA no Cenáculo em Jerusalém”; no 4º Mistério: “Assunção gloriosa de NOSSA SENHORA ao Céus”; no 5º Mistério: “Coroação de NOSSA SENHORA no Céu, Rainha do Céu e da Terra”.

No Quarto TERÇO meditamos sobre os “Mistérios Luminosos”. São cinco Mistérios. No 1º Mistério:“Batismo de JESUS no Rio Jordão”; no 2º Mistério: “JESUS e NOSSA SENHORA nas Bodas de Cana da Galiléia”; no 3º Mistério: “JESUS prega o Reino de DEUS com o convite a Conversão”; no 4º Mistério: “Transfiguração de JESUS no Monte Tabor”; no 5º Mistério: “JESUS institui a Sagrada Eucaristia na Última Ceia em Jerusalém”.

É normal inserir Jaculatórias no final da Oração de cada Mistério: “Ó meu JESUS perdoai-nos, levai as almas todas para o Céu e socorrei principalmente as que mais necessitarem”.

Nessa exposição inicial mostramos que o SANTO ROSÁRIO consiste na meditação dos Mistérios da Vida de JESUS e de NOSSA SENHORA, e por isso mesmo, podemos afirmar com plena segurança, que é a Oração mais importante e a mais perfeita Devoção que existe, desde a época dos Apóstolos até os nossos dias.

 

COMO NASCEU O ROSÁRIO

No principio não existia o TERÇO, e aqueles que rezavam e gostavam de repetir as orações, como num tríduo, por exemplo, faziam a marcação e contagem das orações nos dedos, ou com pequenas pedrinhas, ou com caroços de milho ou de feijão, e ainda, através de traços no chão, ou numa madeira ou num pergaminho.

O SANTO ROSÁRIO na forma atual como rezamos, foi inspirado pela SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA a São Domingos de Gusmão, na França, como instrumento poderoso para combater e converter os hereges albigenses e os pecadores de um modo geral, no ano 1214. "Domingos, com o maior interesse e empenho, divulgou intensamente e também começou a rezar o Rosário diariamente, e logo veio à resposta Divina: começaram a acontecer inumeráveis conversões. Em cada uma das suas pregações a presença do SENHOR se fazia manifestar de modo tão sensível, que as pessoas sentindo a força da Graça de DEUS, se ajoelhavam e suplicavam o perdão pelos seus muitos pecados. E sempre que terminava a reunião, muita gente, homens e mulheres, ficavam felizes de poderem abraçar e pedir a Domingos uma bênção especial. Então, a todos ensinava a reza do Rosário; primeiro só as orações, depois as passagens evangélicas com a vida de JESUS".

Anos mais tarde, Frei Alano de La Roche, Frade Dominicano seguidor de São Domingos, organizou os mistérios do Rosário, formando o TERÇO. NOSSA SENHORA abençoou este método de oração e também, foi através do ROSÁRIO que ELA ficou mais conhecida e amada pelos cristãos, recebendo o nome de NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO. A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA prometeu muitas e muitas graças e bênçãos, a quem o rezasse constantemente.

São Domingos inspirado pelo ESPÍRITO SANTO e instruído por NOSSA SENHORA, com sua disposição e fervor pessoal, pregou o SANTO ROSÁRIO até o fim da vida, nas cidades e no campo, diante de sábios e ignorantes, diante de católicos e hereges. Importante acrescentar, que por sua convicção, ele rezava o SANTO ROSÁRIO todos os dias, inclusive utilizava o ROSÁRIO como sua preparação, para depois realizar uma eficiente e comovedora pregação (homilia) durante a Santa Missa.

Todavia, como sempre acontece em todas as coisas, mesmo nas mais santas, quando dependem do livre arbítrio das pessoas, ou seja, da vontade e disposição da humanidade, elas estão sujeitas a mudanças e alterações. E assim também aconteceu com a CONFRARIA DO SANTO ROSÁRIO, que apesar do seu notável fervor inicial, cem anos depois estava quase que totalmente sepultada no esquecimento. A malícia e a inveja do demônio atuaram de maneira preponderante, contribuindo para que o SANTO ROSÁRIO fosse negligenciado, detendo o curso das graças de DEUS que beneficiava a humanidade. Por essa razão, a Justiça Divina em 1349, enviou um grande castigo que afligiu todos os reinos da Europa com a mais terrível peste que jamais se viu, matando muita gente na Itália, Alemanha, França, Polônia e Hungria, deixando as cidades, os vilarejos, arraiais e monastérios completamente abandonados num caos, durante três anos de epidemia. Esse castigo Divino foi seguido por dois outros: a “heresia dos Flagelantes” e o trágico “Cisma” de 1376.

 

REATIVAÇÃO DO ROSÁRIO

Depois que a misericórdia de DEUS fez parar aquelas misérias, NOSSA SENHORA ordenou ao Padre Alano de La Roche, famoso doutor e pregador da Ordem Religiosa de São Domingos, no Convento de Dinan, na Bretanha, para reativar a antiga CONFRARIA DO SANTO ROSÁRIO. Padre Alano queria começar o trabalho, mas andava meio atrapalhado com uma imensidão de problemas que surgiam e que forçosamente lhe impediam de realizar as articulações para o reinício da CONFRARIA. Só começou os trabalhos em 1640, depois de um fato ocorrido quando celebrava a Santa Missa. No momento da Consagração, elevando JESUS Sacramentado (a Sagrada Hóstia), o SENHOR lhe disse: “Como podes ME Crucificar uma segunda vez?” Completamente assustado o Padre Alano respondeu: “Como, SENHOR?” JESUS continuou: “São os pecados que me crucificam. Preferia ser crucificado novamente a ver meu PAI ofendido pelos pecados que tu cometeste outrora. E ainda hoje tu ME crucificas, porque conheces o que é necessário para pregar o ROSÁRIO de MINHA MÃE e, por esse meio, instruir e retirar várias almas do pecado; e tu as salvarias e impedirias grandes males. Não fazendo isso, tu mesmo és culpado dos pecados que eles cometem”.

O bem-aventurado Padre Alano ajoelhou repleto de tristeza, rezou e pediu perdão a DEUS. Concluiu a Santa Missa e imediatamente rechaçando todos os problemas e dificuldades, iniciou os trabalhos fazendo funcionar bem ligeiro a CONFRARIA DO SANTO ROSÁRIO.

Semanas após, estando em plena atividade, a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA lhe apareceu para animá-lo na pregação do SANTO ROSÁRIO, e lhe disse: “Foste um grande pecador na tua juventude, mas obtive do MEU FILHO tua conversão; intercedi por ti e desejei, se tivesse sido possível, lhe aplicar todos os tipos de castigos para te salvar, visto que os pecadores convertidos são a MINHA glória, e para te tornar digno de pregar por toda parte o MEU ROSÁRIO”.

E para entusiasmar mais o Padre Alano, nas oportunidades que surgiam, São Domingos de Gusmão, lhe apresentava os grandes e belos frutos que o SANTO ROSÁRIO produziu entre os povos, por sua constante e continua pregação, lhe dizendo: “Veja o fruto que gerei pela pregação do SANTO ROSÁRIO; façais o mesmo, tu e todos os demais que amam NOSSA SENHORA, a fim de que consigam atrair por esse Santo Exercício do ROSÁRIO, todos os povos à verdadeira ciência das virtudes”.

 

DEFINIÇÃO DO NOME E FINALIDADE

Desde que foi instituída até o ano de 1460, esta Devoção era denominada “SALTÉRIO DE JESUS E MARIA”. Também no princípio, o “SALTÉRIO ou ROSÁRIO DE NOSSA SENHORA” era composto por Três TERÇOS, e tinha os seguintes objetivos:

Primeiro, honrar as Três PESSOAS DA SANTÍSSIMA TRINDADE (PAI, FILHO e ESPÍRITO SANTO); Segundo, honrar a Vida, Morte e Gloriosa Ressurreição de JESUS CRISTO; Terceiro, Imitar a Igreja Triunfante, Ajudar a Militante e Aliviar a Padecente; Quarto, também para Imitar as três partes dos Salmos de Davi, cuja primeira parte é para a Vida Purgativa (de Purificação), a segunda para a Vida Iluminativa (Instrutiva), a terceira para a Vida Unitiva (de União); Quinto, para nos cumular de Graças durante a Vida, de Paz na Morte, e de Glória na Eternidade.

Desde que o Padre Alano reavivou a Devoção do SALTÉRIO, deu-lhe o nome de “ROSÁRIO”, que significa “Coroa de Rosas”; esta realidade nos traz presente, que todas as vezes que recitamos o “ROSÁRIO”, como deve ser rezado, misticamente colocamos sobre a Cabeça de JESUS e de NOSSA SENHORA, uma Coroa de Rosas Brancas e Vermelhas do Paraíso Divino, que jamais perderão sua beleza e seu brilho (conforme revelação de São Luís Maria Grignion de Montfort). A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA aprovou e confirmou o nome “ROSÁRIO” e ELA Mesma revelou que todas as vezes que é recitada a “Oração da AVE MARIA”, as pessoas lhe apresentam, em sua honra e homenagem, uma “rosa agradável” e, a cada “ROSÁRIO” recitado com atenção e disponibilidade, ELA o recebe como uma linda “Coroa de Rosas”.

 

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