Site hosted by Angelfire.com: Build your free website today!

BUSCA DE DEUS

 

 

DESDE O INICIO

Depois da Ascensão de JESUS aos Céus, os Apóstolos e os Cristãos, se empenharam na Missão de consolidar e expandir a Igreja do SENHOR, evangelizando e divulgando as verdades e os ensinamentos de CRISTO em todas as regiões. Todavia, naquele período de transição do paganismo para o cristianismo, a fé católica no DEUS SANTÍSSIMO, UNO e TRINO, nas inteligências pouco esclarecidas e muito carentes de fé, adquiriu um julgamento repleto de incompreensões, principalmente diante do MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO, tão intimamente ligado ao MISTÉRIO TRINITÁRIO. E foi então que aconteceu o mais deplorável e desagradável fato no nascente Cristianismo, em que aquela fé vacilante de algumas pessoas enveredou-se pelos caminhos da heresia, investindo grosseiramente contra as crenças que já estavam arraigadas no espírito dos crentes católicos, produzindo dúvidas e causando confusões, dentro e fora das Comunidades Cristãs.

 

OS HERESIARCAS

Surgiu então uma avalanche abominável de doutrinas heréticas que só mencionaremos os nomes das principais, porque decidimos não reproduzir as suas absurdas teorias: as doutrinas dos “Monarchiam Tenemus”, dos “Patripassistas”, dos “Sabelianismo”, dos “Adopcionismo”, dos “Pneumáticos”, dos “Modalistas”, dos “Arianos”, dos “Novacianos” e outras com menos adeptos, que divulgaram grosseiramente um pensamento errôneo, fundamentado em premissas falsas, completamente distantes da verdade cristã.

As vozes dos defensores ortodoxos ao MISTÉRIO TRINITÁRIO se levantaram firme, e energicamente propagaram em favor da autenticidade da fé conforme as Sagradas Escrituras, atuando com amplos e irrefutáveis argumentos, corroborados pela razão. Entre os muitos defensores da TRINDADE SANTÍSSIMA, citamos com plena evidência: Santo Irineu, Tertuliano, Clemente de Alexandria, Origines, Basílio, Dionísio de Alexandria, Santo Ambrósio, Santo Atanásio, Santo Hilário e Santo Agostinho. Na verdade existiram muitos outros lutadores fervorosos e amorosos, que também corajosamente enfrentaram os heresiarcas, exercitando sua fé no DEUS TRINO, e que pela nossa convicção pessoal, todos aqueles verdadeiros cristãos também alegraram o CRIADOR, que guarda carinhosamente os seus nomes albergados no profundo âmago do CORAÇÃO DIVINO.

Essa luta se arrastou durante séculos, pois na verdade, reclamava um posicionamento e uma intervenção firme da Igreja, com uma esclarecida proclamação oficial, no sentido de colocar um ponto final naquelas discussões que se alongavam desagradavelmente, produzindo mal-estar e confusão nos espíritos bem intencionados.

 

CONCÍLIOS ECUMÊNICOS

Foi então que o Papa São Silvestre (314-335), no ano 325, determinou a realização do 1º Concílio Ecumênico de Nicéia, que teve a presença de 318 Bispos Católicos e 22 Arianos. No final das reuniões foi apresentado o símbolo da fé, onde a profissão ortodoxa no MISTÉRIO DA SANTÍSSIMA TRINDADE confessou definitivamente a existência de UM SÓ DEUS, em Três Pessoas Divinas: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO.

Todavia, pelo fato de ainda permanecer uma forte oposição dos chamados “Pneumáticos”, com uma doutrina totalmente errônea sobre o DIVINO ESPÍRITO SANTO, que permaneceu incomodando o verdadeiro cristianismo, no ano 381, o Papa São Damaso I (366-384) convocou a realização do 2º Concílio Ecumênico, em Constantinopla, para esclarecer definitivamente a Doutrina sobre a TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, o que verdadeiramente aconteceu.

Assim sendo, o Primeiro Concílio criou o “símbolo da fé”, que foi completado no Segundo Concílio Ecumênico, e por essa razão, o “símbolo da fé” ficou denominado: “Niceno-Constantinopolitano”.

Entretanto, as definições conciliares não foram suficientes para a total extinção dos movimentos heréticos, e muitos deles que não se converteram, continuaram divulgando as suas idéias errôneas e perturbadoras.

Por essa razão, Santo Agostinho lançou-se com presteza na elaboração de uma obra, para combater firmemente aquelas terríveis heresias, contando evidentemente, com o auxílio dos diversos escritos fiéis a doutrina cristã, que já haviam sido elaborados por seus contemporâneos. E foi então, que desde as suas primeiras reflexões, depois de longa argumentação, o grande mestre ensinou que o ESPÍRITO SANTO, a Terceira Pessoa da SANTÍSSIMA TRINDADE, é o “AMOR”, aquele profundo e eterno “AMOR” que une e que existe, entre o PAI e o FILHO.

 

O FUNDAMENTO DE SANTO AGOSTINHO

O Bispo de HIPONA mantém uma argumentação completa e firme na plena consubstancialidade do FILHO e do ESPÍRITO SANTO, em relação ao PAI. Ou seja, que as TRÊS PESSOAS DIVINAS possuem a mesma “Substância”, com idêntica “Natureza”, ou seja, com a mesma “Essência DIVINA”. As Três Pessoas têm o mesmo Poder, as Mesmas Virtudes, os Mesmos Dons e Qualidades. Os Três Divinos são UM ÚNICO e MESMO DEUS: o PAI é DEUS, o FILHO é DEUS, e o ESPÍRITO SANTO é DEUS. Não são três deuses, mas “UM ÚNICO E MESMO DEUS”. Este é o indecifrável Mistério Divino incompreensível ao entendimento humano.

Nas suas profundas considerações, Santo Agostinho conclui que o PAI e o FILHO juntos, são uma só Essência, uma só Grandeza, uma Única Verdade e uma Única Sabedoria. JESUS, o FILHO é o VERBO ENCARNADO HOMEM. Com a ENCARNAÇÃO, CRISTO fez-se Sabedoria, ao se tornar criatura humana. Assim a Sabedoria nasceu de DEUS PAI, ou foi feita por ELE. Significa dizer que o ETERNO PAI é a própria Sabedoria. O PAI a pronunciou para que o SEU VERBO (o FILHO) existisse.

A palavra humana antes de soar é pensada e articulada, e então os vocábulos são proferidos em espaços de tempo. A Palavra do PAI é eterna, e nos iluminando, ela nos fala do VERBO e sobre o que deve ser dito aos mortais. Por isso, JESUS disse: “Tudo ME foi entregue por MEU PAI, e ninguém conhece o FILHO, senão o PAI; e ninguém conhece o PAI, senão o FILHO e aquele a quem o FILHO o quiser revelar.” (Mt 11, 27), pois o PAI se mostra pelo FILHO, ou seja, mediante o seu VERBO.

A palavra do VERBO DE DEUS revela o ETERNO PAI, como o PAI é, e faz assim porque ELE (o FILHO, o VERBO) é igual ao PAI, enquanto Sabedoria e Essência. Mas o VERBO não é o PAI. Pois o PAI tem a vida em SI MESMO, e também concedeu ao FILHO ter a vida em SI MESMO. O Apóstolo São João escreveu nos ensinando: “Assim como o PAI tem a vida em SI MESMO, também concedeu ao FILHO ter a vida em SI MESMO.”(Jo 5, 26)

O ESPÍRITO SANTO também é Sabedoria, visto que ELE é LUZ, e conforme disse o Apóstolo São João na sua primeira epístola: “DEUS é LUZ...” (1 Jo 1,5)

Assim sendo, quer consideremos o ESPÍRITO SANTO como Caridade Suprema (Amor Supremo) que une as Duas Outras Pessoas, quer o designemos de outro modo, a Essência do ESPÍRITO SANTO sendo ELE DEUS, é LUZ, e sendo LUZ é Sabedoria.

Ora, que o ESPÍRITO SANTO seja DEUS, a Sagrada Escritura o proclama pelo Apóstolo São Paulo, que diz: “Não sabeis que os vossos corpos são membros de CRISTO?” (1 Cor 6,15) O ESPÍRITO DE DEUS habita no templo de DEUS, que é DELE também, porque ELE é DEUS. E também nesta outra frase, onde o Apóstolo afirma com maior clareza: “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do ESPÍRITO SANTO (templo de DEUS) que está em vós e que recebestes de DEUS? E que, portanto, não pertenceis a vós mesmos? Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate; glorificai, portanto, a DEUS em vosso corpo.” (1 Cor 6, 19-20)

O que é a Sabedoria senão uma Luz Espiritual Imutável? Sem dúvida, o astro sol que nos ilumina é luz, mas é luz corpórea; a criatura espiritual é luz, mas não imutável. LUZ é o PAI, LUZ é o FILHO, LUZ é o ESPÍRITO SANTO; mas juntos não são três “Luzes”, e sim uma única LUZ Imutável.

Então pode-se perguntar: o que são os “Três”? De acordo com a maneira corrente da humanidade falar, são Três Unidades Divinas que lhes é comum a qualidade de “Pessoa”, termo específico ou genérico.

Por outro lado, é importante fixar as seguintes comparações: o PAI e o FILHO juntos, por exemplo, não excedem a Verdade do PAI ou do FILHO separados. Portanto, os dois juntos não superam em grandeza a cada UM em particular. E como o ESPÍRITO SANTO é realmente igual a ambos, ao PAI e ao FILHO, não excede nem ao FILHO e nem ao PAI, em Verdade, assim como não os superam em Grandeza. Desse modo, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO juntos são dotados da mesma Grandeza que o PAI sozinho, porque eles têm o mesmo Grau de Verdade. Assim, a TRINDADE, ou seja, as TRÊS PESSOAS DIVINAS unidas possuem tanta Grandeza como qualquer uma das PESSOAS DIVINAS em particular. Na SANTÍSSIMA TRINDADE, a Grandeza é Verdade, e a Verdade é Grandeza.

Depois de acentuar e confirmar a igualdade das TRÊS PESSOAS DIVINAS, Santo Agostinho ensina que o caminho mais curto para se conhecer DEUS, é exercitar uma dedicada e permanente “vivência no amor”. (Um amor simples, sincero, honesto, demonstrado cotidianamente através do espírito, por meio das orações, da leitura cristã, dos sacramentos, das Santas Missas, do pleno exercício da caridade, da vivência da fraternidade, assim como de todas as outras formas e atitudes que revelam um “amor puro, não interesseiro e perfeitamente conforme o desejo Divino”).

 

A FACE DIVINA

No aprofundamento das suas pesquisas, Santo Agostinho se lança apaixonadamente a procura da “imagem de DEUS”, e começa por encontrá-la na mente do ser humano, onde depara com a trindade: “inteligência, conhecimento e amor”.

Embora satisfeito com o início, permanece no mesmo ímpeto em sua procura, e encontra uma outra trindade mais importante: “a memória, o entendimento e a vontade”.

E assim caminhando através do estudo e do raciocínio ele encontra resposta para a “imagem de DEUS”, conforme as deduções da sua mente dentro dos limites humanos. E por isso, ao analisar as próprias considerações, ele mesmo tem consciência de que nesta vida, a SANTÍSSIMA TRINDADE só pode ser vista diante do espelho, oportunidade em que cada pessoa experimenta a realidade do grande enigma e o imenso mistério que representa. Sim, porque no espelho, vemos a nossa imagem pessoal, em que realça o corpo que é a vestimenta da alma invenção Divina, feita a imagem e semelhança do CRIADOR. Desse modo, ao olharmos no espelho, teremos sim, consciência de uma primeira e pálida visão do DEUS ETERNO, através da visão de nossa própria imagem. Pois ali recordamos a presença dos órgãos do Corpo, uma preciosa e maravilhosa maquina inigualável, e a impressionante e admirável versatilidade invisível dos “dons Divinos” , que o SENHOR sempre derrama exuberantemente em cada Alma criada por ELE, que vai conceder a pessoa que nasce o Dom da própria Vida.

 

CAMINHADA PARA CONHECER DEUS

A mente e o raciocínio das pessoas, apesar das evidências, não se manifestam em conformidade, de pleno acordo. Inclusive existem aqueles que até duvidam que NOSSO SENHOR JESUS CRISTO seja DEUS. Sem a menor dúvida, afirmamos categoricamente que estas pessoas estão completamente equivocadas, muito distantes da realidade da vida. Santo Agostinho de modo coerente e belo, explica com absoluta clareza:

Na Bíblia Sagrada, no Evangelho escrito por São João, o Apóstolo afirma:

“No principio era o VERBO (JESUS), e o VERBO estava com DEUS (DEUS PAI), e o VERBO era DEUS”. (Jo 1,1)

Por outro lado, reconhecemos o “VERBO DE DEUS” (JESUS), como sendo o FILHO Único do PAI ETERNO, do qual se diz: “E o VERBO se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1, 14), fazendo referência ao nascimento de JESUS, através da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, SUA MÃE.

Ainda na citação, o Evangelista São João declara que o “VERBO” (JESUS) não é somente “DEUS”, mas “Consubstancial ao PAI”, isto porque, depois de dizer : “e o VERBO (JESUS) era DEUS”, acrescenta: “No princípio, ELE estava com DEUS (com o PAI ETERNO). Tudo foi feito por meio DELE, e sem ELE nada foi feito de tudo que existe”. (Jo 1, 2-3) Então observem: São João diz: “tudo”, de modo a deixar bem claro: “tudo o que foi criado, ou seja, todas as criaturas”. E assim, se “ELE” (JESUS) não foi criado, não é criatura e, portanto, é “Consubstancial com o PAI”, ou seja: tem a mesma “Natureza”, a mesma “Substância”, a mesma “Essência” do PAI ETERNO. Desse modo claro, JESUS é “Consubstancial ao PAI”. E São João ainda afirma: “Tudo foi feito por meio DELE” (Jo 1, 3), então “ELE, NOSSO SENHOR”, é sem qualquer dúvida, um “Verdadeiro DEUS”.

O Apóstolo São João conclui o seu raciocínio com uma explicação admirável na sua primeira epístola: “Nós sabemos que veio o FILHO DE DEUS e nos deu a inteligência para conhecermos o Verdadeiro (DEUS PAI ETERNO). E nós estamos no Verdadeiro (em DEUS PAI ETERNO, e também), no Seu FILHO JESUS CRISTO (porque JESUS também é DEUS). Este é o DEUS Verdadeiro e a Vida Eterna.” (1 Jo 5, 20)

 

INSEPARÁVEL ATUAÇÃO DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO

No Capitulo 5 do seu Evangelho, São João repete as palavras de JESUS: “Em verdade, em verdade, vos digo: o FILHO por SI MESMO, nada pode fazer, mas só aquilo que vê o PAI fazer; tudo o que ESTE (o PAI ETERNO) fez, o FILHO o faz igualmente.” (Jo 5, 19)

Por outro lado, Santo Agostinho pergunta; “A quem se refere o Apóstolo, quando diz em outro lugar: "Porque tudo é DELE, por ELE e para ELE. A ELE a glória pelos séculos! Amém.” (Rm 11,36)

Santo Agostinho afirma que essas palavras fazem referência ao PAI, ao FILHO e ao ESPÍRITO SANTO juntos, ou seja, ao “DEUS TRINO”, de modo a atribuir a cada uma das Três Pessoas uma intervenção em qualquer ocorrência na vida humana: “DELE ao PAI, por ELE ao FILHO, NELE no ESPÍRITO SANTO”, (tudo acontece pelo PAI, através do FILHO, no ESPÍRITO SANTO) deixando claro e evidente que “o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO é UM ÚNICO e MESMO DEUS”.

E para confirmar esta realidade, o Apóstolo São Paulo na sua epístola aos Romanos coloca esta afirmação no “singular”, não oferecendo dúvidas de que as TRÊS PESSOAS DIVINA são o “ÚNICO E MESMO DEUS”: a “ELE (a SANTÍSSIMA TRINDADE) a glória pelos séculos”. E usou também esse sentido para dizer (no singular) : “Oh abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência”; não do PAI ETERNO, nem do FILHO JESUS e nem do ESPÍRITO SANTO, mas, do DEUS UNO E TRINO. A frase completa escrita por São Paulo é assim: “Ó abismo da riqueza, da sabedoria e da ciência de DEUS. Como são insondáveis SEUS juízos e impenetráveis SEUS caminhos! Quem, com efeito, conheceu o pensamento do SENHOR? Ou quem se tornou SEU conselheiro? Ou quem primeiro LHE FEZ o Dom para receber em troca? Porque tudo é DELE, por ELE, e para ELE. A ELE a glória pelos séculos dos séculos! Amém.” (Rm 11, 33-36)

 

DOUTRINA DO SER ENVIADO

Por todas as considerações apresentadas, compreende-se que o FILHO não é inferior ao PAI pelo fato de ter sido enviado por ELE. Também o ESPÍRITO SANTO não é inferior a ambos, ao PAI e ao FILHO, pelo fato de encontrarmos no Evangelho a afirmação de que ELE foi enviado por ambos, pelo PAI e pelo FILHO. “Mas o Paráclito, o ESPÍRITO SANTO que o PAI enviará em MEU NOME (JESUS), é que vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que EU vos disse.” (Jo 14,26)

E assim sendo, para se tornar bem compreensível, é necessário esclarecer que “o ser enviado” , significa sair do invisível espiritual para a visão dos mortais, revestido de alguma forma corpórea; as Escrituras revelam que isto aconteceu com o FILHO e com o ESPÍRITO SANTO, mas, que não aconteceu com o PAI, pois somente ELE enviou e nunca foi enviado.

 

SOBRE A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

Quanto a TERCEIRA PESSOA DA SANTÍSSIMA TRINDADE, também existem muitos testemunhos que provam que o ESPÍRITO SANTO “é DEUS e não criatura”. A ELE, todos os Santos prestam cultos, conforme afirma São Paulo com as palavras: “Os verdadeiros circuncidados somos nós, que servimos ao ESPÍRITO DE DEUS ...” (o DIVINO ESPÍRITO SANTO) (Fl 3,3).

Mas poderiam perguntar: De que modo o FILHO procede do PAI e também, como o ESPÍRITO SANTO procede do PAI ETERNO?

O FILHO procede do PAI pelo Mistério da Encarnação da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, e DELA, ELE nasceu Homem e DEUS, Consubstancial ao PAI, para cumprir uma Missão de Amor, conforme a Vontade do PAI ETERNO.

Santo Agostinho raciocina mais profundamente: o FILHO nasceu do PAI, e o ESPÍRITO SANTO procede principalmente do PAI, pelo dom que o PAI fez ao FILHO, sem qualquer intervalo de tempo; e por isso mesmo, o ESPÍRITO SANTO conjuntamente procede de ambos. Portanto o ESPÍRITO SANTO não foi gerado por nenhuma das DUAS PESSOAS DIVINAS, mas procede do PAI e do FILHO.

Durante a fase de investigação o Santo pergunta: Se o ESPÍRITO SANTO procede do PAI e do FILHO, porque teria o FILHO afirmado: “... o ESPÍRITO da VERDADE que procede do PAI”... (Jo 15, 26) A justificativa é clara: senão porque o FILHO tinha o hábito de referir o que LHE é próprio ÀQUELE (o PAI) do qual ELE Mesmo tinha nascido? É bem provável que sim, porque no mesmo estilo ELE (o FILHO) disse: “Minha doutrina não é Minha, mas DAQUELE (do PAI) que ME enviou”. (Jo 7,16) E então o Santo conclui: o ESPÍRITO SANTO procede do PAI pela Essência da Caridade que une as Três Pessoas Divinas, e procede do FILHO para a Santificação das criaturas no mundo, derramando caudaloso amor e convencendo-as sobre o pecado, sobre a Justiça e o Juízo.

Verdadeiramente é um Mistério Insondável. Mas, Santo Agostinho sobre o assunto raciocina de um modo bem elevado: “O ESPÍRITO SANTO é “coisa comum” ao PAI e ao FILHO, seja o que for dentro do Mistério Divino. Se for mais exato dar o nome de “Profunda Amizade”, tudo bem é uma opção. Mas, sem a menor dúvida, será mais adequado denominar Essa “coisa comum” de “CARIDADE” (de AMOR). Igualmente ELE é uma “Substância”, visto que DEUS é uma Substância, e DEUS é CARIDADE (AMOR) (1 Jo 4,16) E como a Substância é idêntica no PAI e no FILHO, também é idêntica no ESPÍRITO SANTO que ao mesmo tempo, é Grande, Bom, Santo, e tudo o que se puder afirmar das Duas Primeiras Pessoas Divinas, em Si Mesmas. Portanto, o ESPÍRITO SANTO é também igual ao PAI ETERNO. Se é igual, deve ser igual em todas as coisas. Isso devido à suma simplicidade da Substância e Essência Divina. Assim, ELES são três: UM (o FILHO) amando AQUELE do QUAL ELE procedeu (o PAI); o OUTRO (o PAI) amando AQUELE que DELE procede (o FILHO); e por fim, AQUELE (o ESPÍRITO SANTO) que é a própria CARIDADE (o próprio AMOR) que “une perfeitamente” a TRINDADE SANTÍSSIMA. Porque é importante afirmar: o AMOR (a CARIDADE) é tudo. Se não fosse, como afirma São João que DEUS É AMOR (CARIDADE)? (1 Jo 4,16) E é também SUBSTÂNCIA, porque DEUS não é uma criatura (não foi feito)? E assim fica edificada a perfeita compreensão de que as TRÊS PESSOAS DIVINAS são um ÚNICO e MESMO DEUS.

 

PRÓXIMA PÁGINA

PÁGINA ANTERIOR

RETORNA AO ÍNDICE