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"APELOS DA MENSAGEM"

(1ª Parte)

 

Com o objetivo de evidenciar os APELOS contidos na Mensagem Celeste, a fim de que a humanidade possa se beneficiar da grandeza e do inestimável valor do conteúdo, sintetizamos a seguir os tópicos que no entender da Irmã Lucia, revelam a maior dimensão e a impressionante ternura do Amor de DEUS.

1 – O Primeiro Apelo é um: APELO À FÉ.

“Meu DEUS, eu creio”!

A Fé está na base de toda vida espiritual. É pela Fé que acreditamos na existência de DEUS, no Seu Poder, na Sua Sabedoria, na Sua infinita Misericórdia, no Seu Perdão, na Sua Obra Redentora e no seu Amor de PAI.

É pela fé que acreditamos na Igreja de DEUS, fundada por JESUS CRISTO, e na Doutrina que ela nos transmite, por meio da qual, seremos salvos. A Irmã Lúcia acrescenta: É pela fé que vemos DEUS e com ELE nos encontramos! São Paulo diz que somos templo de DEUS, mas quero acrescentar que primordialmente DEUS é o nosso templo onde nos encontramos submergidos, mergulhados profundamente no Ser Imenso de DEUS que tudo vê tudo penetra e a tudo cria.

Então, o Apelo Divino nos convida a cultivarmos a semente da fé, que no dia do nosso Batizado, o ESPÍRITO SANTO colocou em nosso coração.

2 – Segundo Apelo: APELO À ADORAÇÃO.

Ainda na sua primeira visita, o Anjo de DEUS ensinou aos três pequenos uma oração:

“Meu DEUS, eu creio, adoro, espero e Vos amo. Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.

Este procedimento do Anjo veio reforçar o que está escrito na Sagrada Escritura no Livro do Êxodo:

“Prestareis culto unicamente ao SENHOR, vosso DEUS, e ELE abençoará o vosso pão e a vossa água; afastará a enfermidade do meio de vós”. (Ex 23, 25)

Em São Mateus, nos versículos que focalizam a tentação no deserto (Mt 4, 10), o Apóstolo recorda a citação feita por JESUS diante de satanás: "Ao SENHOR Teu DEUS adorarás e a ELE somente prestarás culto". (Dt 6, 13)

Com esta Lei, DEUS exige que somente ELE seja adorado, porque só ELE é o CRIADOR e inventor da humanidade, perfeitamente digno de ser adorado por Suas criaturas.

ELE proíbe a humanidade de fabricar ídolos: elegendo animais ou construindo imagens com materiais, formando o bode, carneiro, cobra, elefante, etc. e ou seres inexistentes: como a deusa do mar, o pai crioulo, etc.; e também de formar ídolos na mente do povo (o ídolo do dinheiro, elegendo uma avarenta paixão por dinheiro e por bens materiais: levando as pessoas a acumular gananciosamente imóveis, carros, barcos, aplicações financeiras, etc., construindo a sua vida unicamente ao redor dos seus bens). Isto porque os ídolos ocupam o “lugar” que pertence a DEUS! Significa dizer, que ao eleger ídolos, insensivelmente ou diretamente, a criatura está se afastando do CRIADOR, porque vive preocupado com seus bens. Todavia, é preciso não confundir estes ídolos perniciosos, com as imagens de JESUS, de NOSSA SENHORA e dos SANTOS. A eles, nós não prestamos e nem devemos um culto de adoração, mas apenas estimamos as suas imagens pelo que elas representam: nos recordando a bondade, as graças, o auxílio, a proteção, o carinho e o amor que Eles nos dedicam. Acolhemos a imagem dos Santos, da mesma maneira que guardamos e estimamos o retrato de nossos pais, de nossos irmãos e das pessoas amigas, lembrando a amizade, a bondade e o carinho que cultivamos ao longo de nossa vida.

Possuir bens e dinheiro não é pecado. O mandamento Divino condena o "endeusamento dos bens", ou seja, a eleição dos bens prioritariamente, legando a um plano inferior o amor a DEUS.

O culto de Adoração é dedicado exclusivamente ao nosso DEUS e SENHOR. A NOSSA SENHORA, aos SANTOS e ANJOS, assim como aos nossos parentes e amigos, nós amamos cada um deles com um determinado grau de intensidade e veneração, que expressa a grandeza do carinho e o valor do afeto que lhe devotamos.

3 – Terceiro Apelo: APELO À ESPERANÇA.

Na oração que o Anjo do SENHOR ensinou aos três pequenos pastores, incluiu a palavra “espero”.

Toda a nossa “Esperança” deve estar no SENHOR, porque ELE é o único DEUS verdadeiro, que nos criou com amor eterno e nos redimiu, enviando o Seu próprio FILHO, NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, que padeceu e morreu para a nossa salvação. “Como Moisés levantou a serpente no deserto, assim é necessário que seja levantado o FILHO DO HOMEM, a fim de que todo aquele que crer tenha NELE a vida eterna” . (Jo 3, 14-15)

Se os israelitas feridos de morte pela mordida das cobras venenosas no deserto, olhando para a serpente de bronze que Moisés fixara no poste, recuperavam a vida, quanto mais nós, se soubermos com fé e confiança, levantarmos o nosso olhar para CRISTO e soubermos unir a Cruz DELE a nossa cruz de cada dia, através de nosso trabalho honesto, das nossas fadigas, das nossas contrariedades e decepções, das nossas dores e angústias, das nossas alegrias e tristezas! Com certeza a nossa “esperança de vida” está no SENHOR, e ela deve incutir no fiel, um sincero arrependimento pelos pecados cometidos e um firme propósito de não mais cometê-los, com convicção na citação do Apóstolo: “Todo o que NELE crer terá a vida eterna”. (1 Jo 5, 10-13)

4 – Quarto: APELO AO AMOR DE DEUS (A CARIDADE DIVINA).

São João escreveu: “DEUS é Amor”. (1 Jo 4, 8) ELE nos ama com Amor Eterno, ou seja, desde toda eternidade. Esta nossa eterna presença em DEUS vemo-la anunciada num texto da Sagrada Escritura, que a Santa Igreja aplica a NOSSA SENHORA, legitima e incomparável representante da humanidade, que por isso mesmo, suscita igualmente a nossa presença, ou seja, a presença de todas as gerações, na mente de DEUS e no Seu desígnio criador desde toda eternidade.

“O SENHOR me criou, como primícias das Suas Obras, desde o princípio, antes que criasse coisa alguma. Desde a eternidade fui constituída, desde a origem, antes que a Terra fosse criada. Ainda não havia os abismos, e eu já tinha sido concebida; ainda as fontes das águas não tinham brotado; ainda não tinham assentado os montes sobre as suas bases; antes de existir outeiros, eu já tinha nascido. Ainda ELE não tinha criado a terra, nem os campos, nem o primeiro pó da terra. Quando ELE preparava os Céus, eu estava presente; quando colocava uma abobada sobre a superfície do abismo, quando firmava as nuvens lá no alto, quando equilibrava as fontes do abismo, quando fixava ao mar o seu termo, para que as águas não ultrapassassem os seus limites; quando assentou os fundamentos da Terra, eu estava com ELE” . (Prov 8, 22-30)

A Irmã Lucia escreveu: Por certo que, entre todas as criaturas, nenhuma como NOSSA SENHORA foi tão amada por DEUS. Mas todos nós, desde toda eternidade, estamos presentes na mente de DEUS, no seu desígnio criador; e ELE criou todas as coisas por amor a cada um de nós, porque, desde todo o sempre, nos teve presente e nos amou. Temos para com DEUS uma dívida de amor eterno, e só na continuidade dos séculos é que poderemos ir satisfazendo esta dívida, e como é evidente, sem nunca a conseguirmos saldar, porque o amor de DEUS sempre existiu e permanece com a maior intensidade pela eternidade sem fim.

Um cuidado importante e necessário à vida da humanidade é exercitar o amor, mas me refiro ao amor puro e sem qualquer interesse e sem nenhuma intenção de vantagem. Um amor manifestado sob a forma de ser atencioso, de servir com disponibilidade, de exercitar uma amizade fraterna e não intencional, a não ser a boa intenção do companheirismo e a satisfação sincera de um encontro ou de uma conversa amiga . Através da Mensagem de Fátima percebe-se com fiel claridade o convite de NOSSA SENHORA a humanidade de todas as gerações a um retorno a DEUS, mas um retorno no amor, no jubilo de rezar e de se encontrar na presença do SENHOR. Este procedimento, além de proporcionar um prazer incomensurável, é também uma maneira eficaz e insubstituível para a purificação interior, que propiciará ao fiel, alcançar de DEUS, o perdão das culpas dos pecados que ele cometeu.

“Renuncie a si mesmo e abrace a Cruz que o SENHOR lhe confiou, por amor a ELE e ao próximo por causa DELE, para assim, pela infinita misericórdia de DEUS, lhe ser concedida à alegria de viver e num dia, lhe ser concedida à graça de alcançar a morada eterna no Céu”, são palavras da Irmã Lúcia que esclarece a última Vontade do CRIADOR.

5 – Quinto: APELO AO PERDÃO.

Na oração que o Anjo ensinou aos três pequenos pastores também diz: “Peço-Vos perdão para os que não crêem, não adoram, não esperam e não Vos amam”.

Então, observamos que logo imediatamente a seguir ao Apelo a Caridade Divina, a Mensagem nos pede que exercitemos o Perdão; ela nos conduz a pedir a DEUS o perdão para os pecados de nossos irmãos e para os nossos também; para os que não tem fé e para os que acreditam; para os que não adoram e para os que se inclinam diante da Majestade do SENHOR; para os que não esperam e para os que confiam; para os que não amam e para os que praticam a caridade. Por isso, na chamada oração dominical, JESUS nos ensina a pedir: “Perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido”. (Mt 6, 12)

Em outra página da Sagrada Escritura São Pedro perguntou a JESUS quantas vezes devemos perdoar ao nosso irmão por faltas que ele comete: “Até sete vezes”? O SENHOR respondeu: “Não te digo sete vezes, mas até setenta vezes sete.” (Mt 18, 21-22)

6 – Sexto: APELO À ORAÇÃO.

Na segunda Aparição aos pastorinhos, o Anjo do SENHOR começa dizendo: “Orai, orai muito”.

As crianças brincavam sentadas na laje do poço, no quintal da casa dos pais de Lúcia. O Mensageiro Celeste lhes disse as seguintes palavras: “Que fazeis”? E logo continuou: “Orai, orai muito! Os Corações de JESUS e de MARIA têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei constantemente ao Altíssimo, orações e sacrifícios”.

Na ocasião, as crianças não tinham discernimento suficiente para suspeitar que aquela chamada à oração não era somente para elas, mas também para toda a humanidade. Hoje, escreve a Irmã Lúcia, considero este Apelo como uma chamada de atenção para o caminho marcado por DEUS às Suas criaturas, desde o princípio da criação, ou seja, o Caminho da Oração.

De fato, no Antigo e no Novo Testamento, encontramos bem vincada a senda que DEUS traçou à humanidade. Mas, infelizmente, os homens, na sua maioria, ignoram o fim para o qual foram criados; eles ignoram a existência de DEUS, seu CRIADOR; ignoram o Santo Nome de DEUS, a Quem nunca souberam dar o doce Nome de PAI; e ignoram o caminho que devem seguir para poderem um dia chegar a ser felizes na Eternidade. Assim, a maior parte da humanidade é vitima da ignorância, busca a felicidade onde não a pode encontrar e se afunda cada vez mais na desgraça e na miséria. Lancemos uma vista de olhos sobre o mundo! Que vemos? Qual é o quadro que se depara a nossos olhos? Guerras, ódios, ambições, raptos, roubos, vinganças, fraudes, homicídios, imoralidades, etc. E em consequência de tantos pecados, a humanidade vive sem a proteção Divina, a força do maligno que quer destruir o mundo atua livre, e produz: catástrofes, doenças, desastres, fome, miséria, e toda espécie de dor e sofrimento, sob cujo peso a humanidade geme e chora.

Resumindo as palavras da Irmã Lucia, é através da Oração que entramos em sintonia de amor com o nosso DEUS. Assim, quem reza está com DEUS e recebe a proteção Divina; quem não reza procura outro caminho e será presa fácil para as forças do mal.

A Irmã Lucia reforça o poder da oração: É a nossa Oração e os nossos Sacrifícios, unidos à grandeza da Oração e ao Sacrifício de JESUS, que SE ofereceu ao PAI ETERNO para que fossemos salvos; é a nossa caridade unida a Caridade do Redentor; em suma, é o fruto do amor, do qual o coração é o símbolo e o receptáculo, donde esse amor transborda em perdão, misericórdia e graça, beneficiando a todos que o praticam e invocam. Por isso são necessárias as nossas orações e os nossos sacrifícios, primeiro, NOSSO SENHOR os aceita em nosso benefício e a seguir, em benefício do próximo.

Mas não esqueçamos que, em primeiro lugar, os sacrifícios que devemos oferecer ao SENHOR DEUS e que ELE aceita e nos pede, são aqueles que devemos impor a nós mesmos, dominando a nossa vontade pessoal e cumprindo os Mandamentos da Sua Lei Divina.

7 – Sétimo: APELO AO SACRIFÍCIO.

Na mesma Mensagem o Anjo nos pede: “Oferecei constantemente ao Altíssimo, Orações e Sacrifícios”.

No Antigo Testamento, os sacerdotes costumavam oferecer ao CRIADOR, por eles mesmos e pelo povo, sacrifícios de animais, que se imolavam como vítimas propiciatórias. Mas estas vitimas eram apenas figuras, comparadas com o sacrifício de CRISTO, que foi a verdadeira vitima oferecida ao PAI para remir os pecados da humanidade. O Sacrifício de CRISTO ofuscou o falso sacrifício dos sacerdotes da Antiga Aliança e se perpetuou, sendo o Sacrifício da Cruz renovado diariamente, de modo incruento (sem derramamento de sangue), nas Celebrações Eucarísticas (Santas Missas) que acontecem em todos os Altares no mundo.

Mas a Irmã Lucia esclarece: Somente isto não basta, porque como diz São Paulo (Cl 1,24), é preciso completar em nós o que falta à Paixão de CRISTO, porque somos membros do Corpo Místico de CRISTO. Ora, quando um membro de nosso corpo sofre, todos os outros membros sofrem com ele, e, quando um membro se sacrifica, todos os outros membros participam desse sacrifício. Se um membro de nosso corpo estiver enfermo e o mal for grave, ainda que o mal esteja localizado num único membro, todo o corpo sofre e pode morrer. O mesmo acontece na vida espiritual: todos nós somos enfermos, todos temos muitas deficiências e pecados, por isso, todos nós temos o dever de, em união com a vitima inocente que é CRISTO, nos sacrificarmos em reparação pelos nossos pecados e pelos pecados dos nossos irmãos, porque todos nós somos membros do mesmo e único Corpo místico do SENHOR.

8 – Oitavo: APELO À PARTICIPAÇÃO NA EUCARISTIA.

Na segunda Aparição, o Anjo do SENHOR trouxe um Cálice e uma Hóstia e deu comunhão ao Francisco, a Jacinta e a Lucia, dizendo: “Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de JESUS CRISTO, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso DEUS”.

Este apelo, que a Mensagem nos dirige, está bem explícito no Evangelho, mas é mal compreendido por muitas pessoas, porque é esquecido, posto a parte e abandonado, e ainda, o que causa mais tristeza além de ser deplorável, é ver o Corpo de DEUS ser “horrivelmente ultrajado”; a Sagrada Comunhão, é recebida sem que haja uma responsável e correta preparação por um grande número de fieis. Uma maioria de pessoas entram na fila para comungar seguindo um impulso, ou acompanhando os demais, sem uma honesta exigência do seu espírito, porque também se encontra num "estado de graça deformado", frio e manchado, sem um honesto e sincero arrependimento dos pecados cometidos, mesmo dos veniais. Este procedimento não é aconselhável, porque além de ser um sacrilégio, enfraquece a fé e abre um perigoso espaço para as investidas de satanás.

Quando JESUS manifestou o Seu intento de ficar conosco na Eucaristia, para ser o nosso alimento espiritual, a nossa força e a nossa vida, os fariseus se escandalizaram e não acreditaram. Mas o SENHOR insistiu: “EU sou o pão da vida”... “Se alguém comer deste pão viverá eternamente; e o pão que darei é a Minha Carne para a vida do mundo”... “Se não comerdes a Carne do FILHO DO HOMEM e não beberdes o Seu Sangue, não terá a vida em vós”. (Jo 6,48-51.53-54)

Fica evidente, que se não nos alimentarmos da Sagrada Comunhão, não teremos a vida da graça, a vida sobrenatural, que nasce da nossa união com CRISTO, através da Sagrada Eucaristia. Então, participar das Santas Missas aos domingos e feridos de preceito, preparando-nos dignamente para receber JESUS Sacramentado, além de ser um procedimento e dever do cristão fiel, é uma demonstração de amor filial, que jamais será esquecida pela imensidão da misericórdia de DEUS.

9 – Nono: APELO À INTIMIDADE COM A SANTÍSSIMA TRINDADE.

Na oração que o Anjo ensinou aos três pequenos pastores, reza: “SANTÍSSIMA TRINDADE, PAI, FILHO, e ESPÍRITO SANTO, adoro-Vos profundamente”...

A Mensagem propõe a nossa fé e a nossa adoração ao Mistério de DEUS Uno e Trino, em três Pessoas Divinas distintas: o PAI, o FILHO e o ESPÍRITO SANTO. Este é o Mistério da SANTÍSSIMA TRINDADE que a humanidade não tem capacidade para entendê-lo, porque está reservado a sabedoria e ao poder de DEUS.

Na obra da criação, existem tantas coisas maravilhosas que também não compreendemos como se realizam, mas que somos sugestionados a ver nelas uma figura do grande Mistério Trinitário, escreveu a Irmã Lúcia. Assim, por exemplo, cada individuo é uma só pessoa, mas nela existem coisas tão distintas: umas de ordem natural, outras de ordem sobrenatural.  Somos Corpo: matéria formada por DEUS do barro da terra, e este Corpo sustenta-se dos produtos da mesma terra, donde foi tirado e à qual voltará um dia.

Já a vida do nosso Corpo é a Alma, um ser espiritual, criado por DEUS à Sua imagem e semelhança, como diz a Sagrada Escritura: “DEUS criou o homem à Sua imagem, o criou à imagem de DEUS; ELE os criou homem e mulher”. (Gn 1, 27) A nossa Alma é, pois, um ser espiritual criado pelo sopro de DEUS: ela é imortal.

Assim, pela Vontade do CRIADOR, todo ser humano tem um Corpo e uma Alma. O Corpo nasce do relacionamento amoroso de nossos pais. A Alma vem de DEUS. No instante supremo da fecundação, quando o espermatozóide do homem penetra no óvulo da mulher, a Alma penetra naquele conjunto de células e realiza o trabalho de conformação do feto, que é um ser que nascerá para a vida.

Então, cada pessoa possui uma parte humana, que é o seu Corpo, e uma parte Divina, que é a sua Alma. São duas partes essenciais e ninguém existe sem elas.

Assim sendo, para uma pessoa ser "completa" e sentir-se realizada, ou seja, para "viver em plenitude", terá que harmonizar a sua existência, satisfazendo igualmente as necessidades de seu Corpo e da sua Alma.

Satisfazemos as necessidades do Corpo, todas as vezes que atendemos as suas exigências, por exemplo: quando temos fome e comemos, quando temos sede e bebemos água e assim sucessivamente, quando praticamos esportes, fazemos recreações, dormimos etc.

Satisfazemos as necessidades da Alma, procurando uni-la a DEUS, através de todas as formas de Orações, das Santas Missas que participamos e dos Sacramentos que recebemos, assim como da caridade e das boas obras que realizamos etc.

Se uma pessoa apenas se preocupa em atender as necessidades de seu Corpo, "atrofiará" a sua Alma, a sua existência será anormal, mesmo que aparentemente mostre progresso financeiro, possuindo muitos bens materiais. Isto porque, possuindo duas partes vitais (o Corpo e a Alma), só exercita uma delas.

Da mesma forma que o Corpo não vive sem o alimento material, a Alma "não vive" sem o alimento espiritual (as orações e as boas obras), ou seja, a Alma não têm “vida em plenitude" sem o primordial alimento que é a presença de DEUS. Ela apenas existe... E Corpo com Alma "sem vida", é o mesmo que uma pessoa com um "membro atrofiado de seu Corpo". Ele "apenas existe, mas não funciona".

Estas considerações propõem que uma pessoa para ser equilibrada física e moralmente, deverá cuidar igualmente com o mesmo interesse e zelo, de seu Corpo e da sua Alma. Consequentemente, procurando viver em perfeita consonância com a sua própria natureza, estará também em inteira harmonia com a vida, será uma pessoa feliz. Terá as suas dificuldades e provações, como todos nós temos inerentes a Cruz e a Missão da existência que o SENHOR nos confiou, mas terá também a lucidez, a tranquilidade e o discernimento necessário a buscar soluções adequadas para todos os problemas, que a sua Alma inspirada pelo ESPÍRITO SANTO, encontrará na Luz de DEUS.

Resumindo dizemos que a humanidade nasceu da generosidade Divina e, no Plano do CRIADOR, somos convidados a viver uma existência para revelar o valor de nossos dons, da nobreza das virtudes, da força de nossa caridade e da grandeza da misericórdia que exercitamos. Estes, são alguns dos dons Divinos cedidos pelo CRIADOR por empréstimo a cada criatura e a somatória da utilização dos mesmos, por cada pessoa, ensejará um grau certo na escala amorosa do SENHOR, que lhe propiciará o conforto e as delicias do Paraíso Eterno, conforme a benevolência da justiça de DEUS.

Então, viver em íntima comunhão de amor com DEUS, é viver em intimidade com as Três Pessoas Divinas. Condição necessária e essencial a cada criatura que quer viver em plenitude.

A Irmã Lucia realça: JESUS pede ao PAI ETERNO a nossa união com a SANTÍSSIMA TRINDADE: “Como TU, ó PAI, estás em MIM e EU em TI, que também eles (a humanidade) estejam em NÓS”. Esta é a nossa vida sobrenatural, porque estar em DEUS é viver a vida de DEUS; DEUS presente em nós, e nós mergulhados em DEUS. Esta vida de íntima união com o SENHOR, às vezes apresentada como difícil e triste, é, ao contrário, simples, alegre e feliz, como diz JESUS: “Para que tenham em si mesmos a plenitude da Minha Alegria”. Aquela alegria de fazermos a vontade de DEUS, de dar prazer ao SENHOR, guardando e observando a Sua Palavra. JESUS, com muito amor, transmite ao PAI ETERNO: “Eles guardaram a TUA Palavra. Agora sabem que tudo quanto ME deste vem de TI, porque lhes dei as Palavras que TU ME deste, e eles as receberam”. (Jo 17, 6-8)

Este Apelo do SENHOR ao CRIADOR, revela a fervorosa intimidade que alicerça a harmonia entre os TRÊS DIVINOS: DEUS PAI, DEUS FILHO e DEUS ESPÍRITO SANTO, e nos convida a buscarmos alcançar em nossos dias o caminho da vida sobrenatural.

 

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