"AMOR DE MÃE"

O verdadeiro carinho acontece revestido de confiança e dedicado amor, sem existir qualquer preocupação de torná-lo público, porque é uma manifestação que tem origem no âmago do coração, e vai se agasalhar na alma da pessoa amada. Sim, porque o afeto verdadeiro não tem dimensões, a infinitude do seu alcance acontece suavemente na ternura de palavras verdadeiras ou numa demonstração fervorosamente afetiva, repleta de meiguice e de amor sincero e honesto.

NOSSA SENHORA é nossa querida e amada MÃE SANTÍSSIMA, que ao longo da existência da humanidade sempre revelou o desejo incontido de proteger, auxiliar e socorrer todos os seus filhos, principalmente aqueles que mais carinhosamente procuram e suplicam a SUA Maternal e tão eficaz intercessão junto a DEUS. Por essa razão, é mais que natural, num anseio de afeto filial, a humanidade buscar meios de levar alegria ao IMACULADO CORAÇÃO DA VIRGEM MARIA, além do cultivo da devoção amorosa. Seja por manifestações pessoais ou públicas, através de fervorosas e perseverantes orações, seja participando efetivamente das homenagens e festas realizadas em SUA honra, tudo como demonstração de agradecimento por SUA bondade incomensurável. E esta intenção de agradar a MÃE DE DEUS, é uma providência que deve ser exercitada com atenção e a necessária vontade, sobretudo porque NOSSA SENHORA é nossa MÃE de fato e de verdade. E foi com este pensamento, que nós do APOSTOLADO DOS SAGRADOS CORAÇÕES fizemos introduzir em nosso PORTAL este site, com as “ALEGRIAS DE NOSSA SENHORA”.

1 - PRIMEIRA ALEGRIA - “FESTA DA IMACULADA CONCEIÇÃO”:

A Festa está praticamente relacionada com o princípio da criação. A gravíssima transgressão cometida pelos nossos primeiros pais (Adão e Eva) cometendo o “Pecado Original” atraiu o repúdio Divino e se tornou a ruína do gênero humano, que perdeu todos os bens especiais (não morrer, não ver e nem conversar com DEUS, e outras graças especiais) que o SENHOR havia reservado para os seus filhos, ou seja, para a humanidade de todas as gerações, somente permanecendo as graças que habitualmente recebemos e utilizamos no cotidiano. Todavia, DEUS CRIADOR considerando o SEU DIVINO PROJETO DE VIDA PARA A HUMANIDADE, abriu uma exceção, quis preservar MARIA desta terrível mancha e abominável influência do “Primeiro Pecado”, pelo fato DELA ter sido escolhida para MÃE DO FILHO DE DEUS, que ia nascer no mundo para reparar os pecados cometidos por todas as pessoas e Redimir a Humanidade de todas as gerações, neutralizando a força do Primeiro Pecado. E esta Vontade do PAI ETERNO CRIADOR estava alicerçada em três justificativas incontestáveis:

1.1- Filha primogênita.

MARIA foi à primogênita no pensamento do CRIADOR, e ELE a escolheu para uma Missão Especial dentro do PROJETO DIVINO, e por essa lógica escolha, revestiu-a de todas as graças especiais além de lhe conceder a prerrogativa de não ter a influência do Pecado Original. Como afirma São Bernardo de Claraval: “Ninguém pode escolher quem será a sua mãe. Mas evidentemente se alguém tivesse o poder de escolher a própria mãe, se podendo eleger uma rainha ele ia escolher uma escrava para sua mãe?” Por isso,"MARIA nasceu cheia de graças."

1.2- Dentro do PROJETO DIVINO.

A SANTÍSSIMA VIRGEM DE NAZARÉ se tornou a MÃE DO FILHO DE DEUS (JESUS), que nasceu entre nós, e realizou a corajosa e admirável Missão Redentora, salvando toda a humanidade da influência nefasta do “Pecado Original”, e deixou meios sagrados, poderosos e eficazes, através de Sete Sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção dos Enfermos com Santo Viático, Sacramento da Ordem e Sacramento do Matrimônio), para a santificação individual de cada pessoa. E também, como ajuda especial, NOSSO SENHOR deixou sua própria MÃE MARIA, para ser a MÃE ESPIRITUAL de todos nós e como intercessora de toda humanidade junto a ELE, no sentido de ouvir e atender as súplicas de seus filhos necessitados (todos nós), alcançando do SEU FILHO JESUS, as graças para o bem da existência de cada um.

1.3- O Nascimento de JESUS.

E para a concretização da Vinda de JESUS, o ESPÍRITO SANTO DE DEUS, se tornou o esposo da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA. E como é lógico e natural, sendo esposa do DIVINO ESPÍRITO SANTO, é evidente que a escolhida MARIA tinha que possuir uma santidade ilibada, inigualável. MARIA estava cheia de graças. Por isso mesmo, ELA é denominada Templo do SENHOR e Sacrário do ESPÍRITO SANTO.

Então, são três as razões perfeitas e inquestionáveis, que demonstram que MARIA, NOSSA SENHORA, é verdadeiramente a “IMACULADA CONCEIÇÃO”, ou seja, ELA está plena de Graças, pois nasceu isenta do Pecado Original, pela Vontade soberana do SENHOR, e jamais em sua vida terrestre cometeu o menor pecado que fosse.

A festa da IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA começou a ser idealizada em fins do século VII, oportunidade em que foi celebrada em varias Instituições Religiosa, com hinos e cerimônias, em homenagem a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA. Na continuidade, desde o início do século VIII, em vários Conventos do Oriente passaram a serem celebradas festas em louvor da IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA. Também, o Imperador do Império Bizantino e do Mediterrâneo, Manuel Comneno, no ano de 1166 dando realce as homenagens a MÃE DE DEUS, declarou a referida festa como feriado nacional. Do Oriente a “Festa da IMACULADA CONCEIÇÃO” veio para a Europa e particularmente para o sul da Itália, e depois para a Normandia. Na continuidade, em solo italiano, a Congregação Franciscana se tornou os maiores e inconfundíveis beneméritos da divulgação e popularização da Festa, que logo ficou conhecida e se expandiu em toda Europa e nas Américas.

Por outro lado, como sempre acontece, surgiram alguns argumentos em outras religiões, não aceitando aquela prerrogativa de NOSSA SENHORA que LHE foi dada pelo próprio CRIADOR. Eles infantilmente afirmavam que o Pecado de Adão e Eva atingiu a humanidade de todas as gerações e que MARIA sendo humana, não podia ser uma exceção.

Como é natural, os estudos e as pesquisas se desenvolveram intensamente, objetivando estabelecer argumentos corretos e provar que a atitude do PAI ETERNO Todo-Poderoso, foi inconfundível e segundo a SUA plena Vontade. Afinal ELE é o nosso DEUS CRIADOR. É verdade que o Pecado cometido pelos nossos Primeiros pais atingiu a humanidade de todas as gerações, e por isso mesmo, as discussões e réplicas teológicas foram bem ajustadas e esclarecidas constituindo-se em fortes e evidentes provas. E para sacramentar e testemunhar de modo inquestionável o Poder e a Atitude Divina, em 1854 NOSSA SENHORA apareceu a Bernadette Soubirous na gruta de Massabieille em Lourdes na França, diante de uma multidão de pessoas, e revelou: “EU sou a IMACULADA CONCEIÇÃO”. Esta era incontestavelmente,“a prova definitiva de que MARIA nasceu isenta dos efeitos maléficos do Primeiro Pecado”. O Papa Pio IX declarou dogma de fé à doutrina que ensina “ter sido a MÃE DE DEUS concebida sem mancha, por um especial privilégio de DEUS”. O dogma foi publicado pela “Bula Ineffabilis”, no dia 8 de Dezembro de 1854. E por isso também, a Festa da IMACULADA CONCEIÇÃO DE MARIA passou a ser realizada anualmente na mencionada data, dia 8 de Dezembro.

2 - SEGUNDA ALEGRIA - “FESTA DA NATIVIDADE DE MARIA”:

A Festa do Nascimento de NOSSA SENHORA começou a ser realizada no Oriente por algumas Ordens Religiosas; da noticia se encontra menção no “Sacramentário Gelasiano”, que é um livro que enumera as festividades da Igreja. O Sumo Pontífice Papa Sérgio I (687-701), determinou que no dia da celebração fosse realizada uma procissão em homenagem a VIRGEM MARIA.

Desde o seu nascimento, a grandeza da Santidade de MARIA é consequência das infinitas Graças com que DEUS a enriqueceu, e naturalmente, da sua admirável correspondência às mesmas, primordialmente no tempo em que viveu entre nós.

2.1- A mais bela criação Divina.

Os teólogos e estudiosos são unânimes em afirmar, que inegavelmente a Alma de MARIA foi a mais bonita e mais perfeita, que DEUS criou. São Vicente Ferrer, referindo-se a Santidade de MARIA, antes do Seu Nascimento, diz ser “tão grande que excede a santidade de todos os Anjos e Santos”. Isto, por causa da SUA predestinação de ser a “MÃE DO VERBO DIVINO”.

2.2- MARIA cheia de Graças.

E porque também, desde o início estava “Cheia de Graças” conforme anunciado pelo Arcanjo São Gabriel: “Alegra-te, cheia de graça, o SENHOR está contigo!” (Lc 1, 28). E verdadeiramente, ELA devia estar “Cheia de Graças” a fim de que no sublime ofício de Medianeira, intercedendo em favor da humanidade junto a DEUS, alcançasse os benefícios e as virtudes para o bem-estar de cada pessoa.

2.3- MARIA no seio da sua mãe.

Desde quando estava no seio de Santa Ana, junto com a Graça Santificante que DEUS lhe concedeu, segundo o argumento dos teólogos, também lhe foi dado o “Perfeito Uso da Razão”. Então, nossa MÃE SANTÍSSIMA tendo sido fiel as graças do SENHOR, e exercitando o perfeito uso da razão, viveu uma trajetória santificada, digna da “MÃE DO VERBO ETERNO” e de “RAINHA DO UNIVERSO”.

3 - TERCEIRA ALEGRIA - “FESTA DA APRESENTAÇÃO DE MARIA NO TEMPLO”:

A Apresentação de MARIA no Templo em Jerusalém, pelos seus pais Joaquim e Ana, não estava prescrita na Lei judaica, mas era permitida. A Lei estabelecia condições somente para os meninos e os animais machos, que depois de apresentados a JAVÉ seria resgatado conforme determinava a Lei (Nm 18, 15-16). Mas os pais de MARIA imbuídos de um profundo sentimento amoroso conduziram a filha ao Templo, quando ELA tinha apenas três anos de idade, para apresentá-la a DEUS e colocá-la a disposição do SENHOR. Este acontecimento deu origem a “FESTA DE APRESENTAÇÃO DE MARIA”. Nos Conventos do Oriente a Festa era celebrada desde longa data, provavelmente já no 4º ou 5º século, e mais ou menos no ano 730 ela foi para Constantinopla. No ano 1166, o Imperador Bizantino Manuel Comneno decretou que no dia da Festa se fizesse feriado, em homenagem a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA. Logo depois, a partir do ano 1371, a Festa foi para a França, tendo sido celebrada em Avinhão na corte do Papa Gregório XI. E depois, no tempo do Papa Sixto IV (1471-1484), a festa apareceu no Vaticano. Em 1585, este Pontífice determinou que a Festa se tornasse universal para toda Igreja Católica.

3.1- O desejo dos pais.

O desejo de Joaquim e Ana coincidia exatamente com o desejo Divino. Por isso MARIA acolheu prontamente a idéia da Apresentação no Templo, e com muita alegria fez a oferta de si mesma a DEUS. Desde o primeiro momento em que ELA foi santificada no seio da sua mãe (que na verdade foi o primeiro ato de SUA IMACULADA CONCEIÇÃO), também recebeu o “uso perfeito da razão” . Esta é a opinião da maioria dos teólogos que estudaram o assunto. Então, mesmo criança, ELA já conhecia a grandeza de DEUS, e por isso também, a sua apresentação e oferta ao SENHOR no Templo foi sem reservas, realizada conscientemente e com muito júbilo.

3.2- Quanto a educação, MARIA também aprovou o desejo dos seus pais.

Joaquim e Ana querendo uma educação primorosa para ELA adotou um costume judeu, de internar as filhas virgens em casas que existiam ao redor do Templo, onde permaneciam e eram guardadas, sendo educadas e instruídas pelos sacerdotes. A existência destes locais ao redor do Templo é atestada por um grande número de escritores e teólogos, assim como, tem uma passagem no Livro Segundo dos Macabeus, que faz referência as virgens que habitavam em locais ao redor do Templo. (2Mac 3,19). Desse modo, desde o inicio da sua vida, MARIA já tinha se consagrado inteiramente a DEUS, e completou o seu objetivo interior, estudando e ampliando os seus conhecimentos através dos sacerdotes do Templo, e depois, na continuidade, ofereceu-se inteiramente a DEUS pelo Voto de Virgindade perpétua, pela pratica admirável de todas as virtudes, crescendo em perfeição, com a caridade, a modéstia, a humildade, a mortificação, o silêncio e a mansidão.

3.3- Santo Anselmo fala da vida de MARIA no Templo.

E descreve que ELA era dócil, pouco falava se mantendo séria e sem jamais se perturbar. Era perseverante na oração, na leitura dos Livros Santos, nos jejuns, enfim, em todas as obras virtuosas. Posteriormente Santa Brígida nas suas revelações, descreveu as palavras da SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, dizendo: “ELA Procurava ser a primeira nas vigílias; a mais exata na Divina Lei; a mais profunda na humildade e em todas as virtudes a mais perfeita. Entre todos os preceitos, tinha particularmente diante DELA, aquela vontade suprema de amar profundamente a DEUS”.

4 - QUARTA ALEGRIA - “A FESTA DA ANUNCIAÇÃO DE MARIA”:

Antigamente a “FESTA DA ANUNCIAÇÃO” era considerada Festa do SENHOR, tendo o nome de “ANUNCIAÇÃO DE JESUS CRISTO”. O testemunho mais antigo sobre este fato está no sermão de São Proclo (Arquivo do Vaticano), Arcebispo de Constantinopla, falecido no ano 446. Também a festa era muito estimada em Ravena, na Itália, conforme se deduz das pregações de São Pedro Crisólogo, falecido no ano 450. Na Espanha a festa chegou por volta do ano 650, e era fervorosamente celebrada anualmente no dia 18 de Dezembro. A partir do século VI, a data comemorativa passou para o dia 25 de Março, permanecendo até os nossos dias.

4.1 – A humildade de MARIA na “ANUNCIANÇÃO DO ANJO”:

Provavelmente MARIA estava fazendo uma pausa nos seus afazeres domésticos, quando subitamente aconteceu a chegada do Arcanjo São Gabriel, que lhe saudou cumprimentando e logo depois disse: “Eis que conceberás e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de JESUS. ELE será grande, será chamado FILHO DO ALTÍSSIMO, e o SENHOR DEUS lhe dará o trono de Davi, seu pai; ELE reinará na casa de Jacó para sempre, e o SEU reinado não terá fim.” (Lc 1, 31-33) ELA naturalmente, na SUA sincera humildade, ficou assustada e preocupada com aquelas palavras do Arcanjo, que claramente mencionava os louvores e as graças que o SENHOR lhe havia concedido. Santo Afonso Maria de Ligório escreveu:“Ó grande humildade de MARIA, que a faz pequena aos SEUS olhos, mas grande diante de DEUS”.

4.2 – Vinda do “ESPÍRITO SANTO”:

MARIA sem saber o que tudo aquilo significava, estava envolvida por uma atmosfera de imensa alegria interior. Seu coração pulsava forte e dentro dele percebeu a imensidão do carinho e a grandeza do amor DIVINO envolver a sua vida. O Arcanjo continuou falando: “O ESPÍRITO SANTO virá sobre TI, e o poder do ALTÍSSIMO vai TE cobrir com sua sombra; por isso, o SANTO que nascer será chamado “FILHO DE DEUS”. (Lc 1, 35) MARIA sentiu um tremor indefinível de tanta satisfação. DEUS correspondia ao SEU amor, ao SEU profundo e dedicado amor que a ELE havia consagrado com todo o ímpeto da SUA alma e com a maior intensidade da SUA vida. Por tudo isso, ficou perturbada e repleta de emoção...

4.3 – O Arcanjo menciona a graça que foi concedida a sua prima Isabel:

E continuou argumentando: “Também Isabel, TUA parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamava de estéril. Para DEUS, com efeito, nada é impossível”. (Lc 1, 36-37) Os olhos de MARIA brilharam intensamente. ELA gostava muito da sua prima e sabia o quanto ela desejava ter um filho!... Vibrou de alegria.

4.4 – Repleta de emoção:

Revestida com a maior e mais pura humildade, na simplicidade honesta do seu viver, sentiu sua alma flutuar envolvida densamente pelo infinito Amor de DEUS. E assim, olhando para o Céu, com as Mãos unidas ao coração, disse, então, MARIA: “EU sou a serva do SENHOR; faça-se em MIM segundo a TUA PALAVRA”. E o Anjo retirou-se. (Lc 1, 38)

FOI CONCRETIZADO O PROJETO DE DEUS.