EPÍSTOLA A TITO (SÃO PAULO APÓSTOLO)
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EPÍSTOLA A TITO

"Explicação Teológica"

 

Os três primeiros versículos da Carta condensam toda uma teologia da salvação e do apostolado.

                     A seguir, Paulo lembra a Tito que o deixou em Creta com a missão de eleger os “presbíteros” para cada cidade, escolhendo homens íntegros e casados com uma só esposa, e que cultivassem a fé com dignidade.

                     O Apóstolo tinha por hábito, lançar as bases da evangelização em cada local, deixando a outros o cuidado de fazer a complementação. Segundo um costume antigo em Israel, as primeiras Comunidades Cristãs tanto em Jerusalém como na Diáspora, tinham a sua frente um corpo de “presbíteros” (anciãos ou notáveis). Os “epíscopos” (supervisores, que ainda não eram “bispos”) aparecem em relação particular com os “diáconos”. Os “padres apostólicos” aparecem em certos textos praticamente idênticos aos “presbíteros”. Contudo, o título de “padre apostólico” no mundo grego, designa em primeiro lugar uma função ou um ofício, ao passo que o título de “presbítero” revela um estado, uma dignidade. É possível que os “epíscopos” fossem designados no colégio dos presbíteros, para assumir a responsabilidade de certos encargos executivos. De qualquer modo, os “presbíteros” e “epíscopos” cristãos não eram apenas encarregados da administração temporal, mas também do ensino e do governo da Comunidade. Eles eram instituídos pelos Apóstolos, ou por seus representantes e pela imposição das mãos eram revestidos de um poder Divino e Carismático. Pouco a pouco, com o passar dos anos, foram lhe acrescentados outros títulos: “presidente”, “pastor do rebanho cristão”, etc. Na realidade eles foram os antepassados de nossos “presbíteros” e “bispos”. Os “diáconos” eram os seus ministros.

                     Paulo previne Tito contra os falsos doutores, que utilizam de falsos argumentos para envolver as consciências ainda em formação. “Afirmam conhecer a DEUS, mas negam-no com os seus atos, pois são abomináveis, desobedientes e incapazes para qualquer boa obra”.

                     Pede a seu discípulo para ensinar e divulgar com insistência os deveres e obrigações dos cristãos em relação à “sã doutrina”.“Quanto a ti, fala do que pertence a sã doutrina. Que os velhos sejam sóbrios, respeitáveis, sensatos, fortes na fé, na caridade e na perseverança”. Também relaciona sugestões para um comportamento adequado e responsável das mulheres e dos jovens, a fim de que sejam criteriosos e obedientes; faz também, recomendações aos servos para que sejam caprichosos e eficientes em seu trabalho e obedientes aos seus senhores, porque somente assim darão testemunhos de fidelidade e honrarão em tudo “a doutrina de DEUS, nosso Salvador”.

                     As recomendações que Paulo fazia tinham sempre um cuidadoso fundamento dogmático. Referindo-se a “Graça de DEUS” ele a considera um precioso dom para a salvação da humanidade de todas as gerações. Porque a “Graça” é representada pela eficaz misericórdia Divina, pela ilimitada bondade do SENHOR e pelo Seu infinito Amor por todos nós. A “Graça” nos ensina a abandonar a violência e a impiedade e aguardar a manifestação gloriosa da vinda do SENHOR, “o qual se entregou a Si Mesmo por nós, para nos remir de toda iniquidade, e para purificar um povo que lhe pertence, zeloso no bom procedimento”.

                     “Dize-lhes todas estas coisas. Exorta-os e repreende-os com toda autoridade. Ninguém te despreze”.

                    Paulo segue aconselhando Tito, estimulando-o a manter a sua autoridade, ao mesmo tempo em que ensinando, insistindo com suas instruções, com o objetivo de educar o povo sobre os deveres gerais dos fieis. Isto porque, aqueles que de fato acreditam em DEUS e querem caminhar buscando agradar o SENHOR, cumprindo a sua Lei, naturalmente serão mais “solícitos na pratica do bem”.

                     Ele termina a missiva com recomendações práticas e com as habituais saudações e o voto final.

 

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