SEGUNDA EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES
"Explicação Teológica"
A segunda Carta tem muita semelhança literária com a primeira. Este fato levou certos críticos a afirmarem que se tratava de obra de um falsário que teria se inspirado em São Paulo e imitado o seu estilo. Mas a Igreja considerou os argumentos fracos e inconsistentes, acreditando que o próprio Apóstolo querendo ajustar e enfatizar o seu ensinamento escatológico escreveu esta segunda missiva, retomando as expressões da primeira.
Paulo inicia tecendo elogios à conduta dos tessalonicenses que se comportam como “dignos do Reino de DEUS”. Aqueles que oprimem terão um castigo terrível da ruína eterna.
A condenação dos que rejeita o Evangelho é descrita num contraste muito forte com a glorificação dos fieis, em termos bastante duros, somente explicáveis por uma perseguição mesquinha e sem tréguas.
A seguir o Apóstolo ensina o cultivo da esperança, retornando ao assunto da Vinda do SENHOR (Parusia) recomendando “que não percais tão depressa a serenidade de espírito, e não vos perturbeis”, porque aquela data não está próxima. Alguns cristãos deixaram as suas atividades, vivendo ociosamente. Diziam: o trabalho não ajudará em nada, pois o fim do mundo está próximo. Mas Paulo explicava, primeiro virá a “Apostasia”, “a levantar-se contra tudo que se chama DEUS”. Ela estará acompanhada da “Impiedade”, cujo Mistério já se faz manifestar em nossos dias. Tem-se a impressão de que São Paulo imagina o Anticristo como uma pessoa que deve surgir no Final dos Tempos, ao passo que Satanás, que é instrumento do Anticristo, age desde já no “Mistério”, exercendo contra os fieis um poder perseguidor e sedutor. Entretanto, ele diz mais: “Agora também sabeis o que é que ainda o retém”. Alguns estudiosos interpretam o texto do Apóstolo, vendo no Anticristo, o Império Romano, e outros teólogos afirmam que é a pregação protestante, mas a questão ainda permanece obscura, sem definição.
Concluindo, ele exorta os tessalonicenses a manter a firmeza da fé, para que sejam livres dos homens ímpios e perversos. Deverão continuar a seguir o exemplo e o modo de viver do Apóstolo e daqueles que lhes transmitem os ensinamentos do SENHOR. E com uma saudação, despede-se dos fieis: “a graça de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO esteja com todos vós”!