PRIMEIRA EPÍSTOLA AOS TESSALONICENSES
"Explicação Teológica"
Paulo estava em Corinto na Grécia, durante o inverno do ano 50-51 quando escreveu a primeira Carta (1 Ts). Pela data do acontecimento, é considerado o documento mais antigo do Novo Testamento. Na missiva ele realça que Silas e Timóteo estavam a seu lado retornando da segunda visita que realizaram a Tessalônica e lhe transmitiram as boas notícias que muito alegraram o seu coração.
Paternalmente transmite práticas exortações, lembrando que o Evangelho não lhes foi pregado somente com palavras, mas com eficazes manifestações do ESPÍRITO SANTO, que os estimulava a se tornarem imitadores do SENHOR e dos Apóstolos, apesar das tribulações de cada dia. Dessa forma, eles se transformariam em modelos para os fieis não só da Macedônia e da Acaia, mas para todos que crêem no DEUS Vivo e Verdadeiro.
O Apóstolo realça a necessidade deles progredirem na busca de um maior polimento espiritual, cultivando a santidade e lembrando-lhes seus ensinamentos de como devem viver para agradar mais a DEUS: exercitando o amor fraterno, apartando-se da luxúria, tratando a esposa com carinho e respeito, sem se deixar levar pelas paixões desenfreadas do mundo. Também não poupa esforços para afirmar que deve ser mantida a unidade que existe entre todos os cristãos, os que vieram do paganismo e aqueles que nasceram em Israel.
Concluindo a missiva, ele insere uma resposta sobre o destino dos mortos e a Parusia (próxima Vinda de CRISTO), explicando: “Se cremos que JESUS morreu e ressuscitou, assim também, os que morreram em JESUS (seguindo os seus ensinamentos), DEUS há de levá-los em sua companhia”. Todos ressuscitarão mesmo aqueles que estão adormecidos (mortos). Entretanto ressuscitarão primeiro os mortos em CRISTO, depois os vivos que estiverem lá, que lhes forem fieis.
Quanto ao prazo deste fato, quando isto vai ocorrer ninguém sabe, porque o Dia do SENHOR acontecerá “como um ladrão de noite”. Ninguém sabe o momento e a hora, por isso, todos devem viver como verdadeiros “filhos da Luz” e não como “filhos das Trevas”. Vivendo dignamente e permanecendo preparados para a chegada do SENHOR. Paulo pregava uma cristologia que insistia na Vinda iminente do SENHOR Ressuscitado.
No final da missiva, o Apóstolo faz mais algumas exortações dizendo: “Não extingais o ESPÍRITO: não desprezeis as profecias. Discerni tudo e ficai com o que é bom. Guardai-vos de toda espécie de mal. O DEUS da paz vos conceda santidade perfeita; e que vosso espírito, vossa alma e vosso corpo, sejam guardados de modo irrepreensível para o Dia da Vinda de NOSSO SENHOR JESUS CRISTO”.
Esta divisão em três partes (espírito, alma e corpo) só aparece aqui, nas cartas de Paulo. Na verdade não se trata de uma divisão sistemática e coerente. Isto porque, cada pessoa tem somente um Corpo e uma Alma. O Corpo nasce do relacionamento dos esposos pelo Matrimonio; a Alma vêm de Deus, é invenção Divina. Assim sendo, ao citar um terceiro elemento: o “espírito”, é possível que ele estivesse pensando numa semelhança com o Mistério Trinitário (Três Pessoas Divinas num único e Mesmo DEUS). Dessa forma, ele se referia ao terceiro elemento “espírito” o qual seria possuído por aqueles que exercitavam uma vida nova em CRISTO, ou quem sabe, seria o “espírito” possuído pelos verdadeiros cristãos que estavam sob a influência do ESPÍRITO SANTO DE DEUS. Por último podemos acrescentar, que também podia significar a parte mais elevada das pessoas, ou seja, "a espiritualidade", porque o lado mais baixo das pessoas se referia exatamente a “carne”.