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TERRÍVEL ENFERMIDADE

 

 

A DOENÇA PRESSIONA

Acontece que sua enfermidade não lhe dava tréguas e a incomodava diariamente, querendo impedir a sua intensa dedicação nas atividades devocionais. E em várias ocasiões, nas fortes crises, desmaiava e permanecia presa ao leito por dois, quatro e até mais dias. A medicina não conseguia com seus recursos controlar e nem combater o seu mal: ela sentia fortíssimas palpitações no coração e se via quase sempre em risco de sufocação. Durante longos anos de sofrimentos, teve pequenos intervalos de alívio, principalmente quando rezava uma novena pedindo a intercessão de Santa Filomena (que ainda não era oficialmente Santa). E por isso mesmo, tinha grande vontade de ir a Mugnano Del Cardinale, na Itália, onde se encontrava o túmulo da Santa, para visitá-la e suplicar a sua eficaz intercessão junto a DEUS, em benefício de cura da sua saúde. Mas Pauline-Marie sabia que era praticamente impossível realizar este sonho, pois com o seu estado físico não via possibilidade de concretizá-lo, enfrentando aquela longa e difícil viagem até a Itália, a fim de poder rezar diante das relíquias da querida Santa da sua devoção. E verdadeiramente, esta viagem a Itália era o seu grande desejo e se mantinha latente, guardado bem lá no fundo do coração por duas razões inquestionáveis: primeiro desejava visitar o Papa e receber a Benção do Sumo Pontífice, que é o representante do SENHOR DEUS; segundo, por que queria visitar e rezar, ao lado do túmulo de Santa Filomena em Mugnano, no sul da Itália, a querida Santa da sua devoção e amizade.

Porém, certo dia, inspirada pela Luz de DEUS, diante de uma sequência de acontecimentos bonitos e agradáveis nas suas obras sociais, pediu permissão e recomendações aos seus médicos e formou a sua comitiva, para atravessar os Alpes a caminho de Roma.

 

ACONTECE O MILAGRE DA CURA

No mês de Abril de 1834, muito doente, iniciou a viagem que não foi fácil. Ainda na França, chegando a Chambery permaneceu dois dias desacordada. Conseguindo uma recuperação parcial seguiu o seu trajeto e, antes de chegar a Roma, na cidade de Loreto, na Itália, teve outra grave recaída, que a reteve por mais dois dias. Seguindo o seu caminho chegou a Roma em estado de completa inconsciência. Foi acolhida afetuosamente no Convento  das Religiosas do SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS, em Trinitá dei Monti, bem na fronteira do Vaticano. Seu estado de fraqueza era tão grande que não podia nem se levantar da cama. E assim, depois de tão longa e perigosa viagem, estava sem condições de pelo menos visitar o Papa e pedir a sua bênção. Mas o Sumo Pontífice, o Papa Gregório XVI, informado dos acontecimentos e da chegada de Pauline ao Convento das Religiosas em estado desesperador, sendo ela uma mulher empenhada na luta para o bem social no seu país, resolveu ele próprio ir visitá-la.

Nas palavras que conversaram, o Papa percebeu que o estado de saúde dela era extremamente delicado, por isso consolou Pauline dizendo-lhe com muito afeto:“Reze por mim quando chegar ao Céu”. Ela prometeu que rezaria e acrescentou:“Mas, se eu me recuperar e visitar Mugnano vos suplico, sem demora, proceder à investigação final sobre o processo de Canonização de Filomena”.

O Papa vendo o difícil estado de saúde de Pauline, por caridade ele concordou imediatamente, embora, na verdade, este já era também o pensamento dele, em face das constantes noticias sobre a ocorrência de milagres extraordinários, acontecidos pela intercessão de Filomena junto a DEUS. Depois, ele abençoou a moça e a recomendou ao Cardeal Lambruschini, concedendo-lhe todos os privilégios e indulgências da Igreja.

Com mais dois dias de repouso, Pauline adquiriu alguma força e embora o seu estado de saúde ainda fosse extremamente delicado, mandou uma mensagem despedindo-se do Papa e viajou a Mugnano, enfrentando o abrasador calor italiano do mês de Agosto. Chegou a Nápoles quase sem vida. Entretanto, depois de mais um dia de repouso, seguiu para Mugnano, aonde chegou no dia 8 de Agosto de 1835, quando se iniciavam as solenidades da Festa de Santa Filomena.

O povo local sabendo da chegada de Pauline-Marie, da sua obra e do seu precário estado de saúde, juntou as suas orações e suplicas as preces que ela fazia a querida Filomena, para que a Santa intercedesse junto a DEUS e, NOSSO SENHOR concedesse a graça da recuperação da saúde àquela jovem mulher benfeitora da Igreja e da humanidade.

No dia da Festa, durante a Santa Missa, quando Pauline-Marie Jaricot recebeu a Sagrada Comunhão, ao lado da urna de Santa Filomena, sentiu dores tão fortes por todo o corpo e pulsações tão violentas no coração que desmaiou, sendo amparada e conduzida para fora da Igreja. Assim que melhorou, pediu para ser reconduzida novamente ao interior da Igreja, e foi colocada junto à urna da Santa. Olhando fixamente para a urna e apertando fortemente na mão um Crucifixo, suas lágrimas brotaram caudalosas e inundarem os seus olhos, descendo vagarosamente pela face, ao mesmo tempo em que emocionada sentiu um imenso calor interior, que indicava algo, que proporcionou um profundo júbilo a sua alma, pois era como se lhe estivesse anunciando a chegada da Graça de DEUS que curou integralmente o seu corpo.

Auxiliada por parentes, conhecidos e amigos, com a face inundada de lágrimas, se abriu num amplo e alegre sorriso de felicidade, que indubitavelmente anunciava a todos o poder da misericórdia e da imensidão do Amor de DEUS. Pauline-Marie estava curada. E por sua vontade, permaneceu algum tempo em Mugnano, fazendo novenas em ação de graças a DEUS e a Santa Filomena e, também agradecendo a SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA, que sempre lhe consolou e amparou nos dias mais difíceis e de grandes sofrimentos, ao longo da sua existência.

Antes de regressar a França, se consagrou solenemente a Santa, vestindo o hábito das Irmãzinhas de Santa Filomena. E também mandou fazer uma bonita imagem da Santa, em tamanho natural, vestindo-a ricamente com seda branca bordada a fios de ouro, tendo nas mãos uma âncora e uma palma. Na cabeça colocou um diadema, lembrando a sua origem real.

Chegando a Roma no caminho de retorno à sua casa, quis visitar o Papa. O Sumo Pontífice feliz por vê-la com saúde perguntou:“Mas é realmente a minha querida filha? Ou é uma defunta que se ergueu da sepultura”?

Sorrindo, paternalmente recebeu Pauline-Marie e seus acompanhantes, que conduziam a imagem de Santa Filomena em tamanho natural. O Papa benzeu a imagem da Santa que logo foi denominada “A Princesa do Paraíso”, pela sua carinhosa e eficaz intercessão junto a DEUS.

Na oportunidade, Pauline pediu e o Papa autorizou a construção de uma Capela na sua propriedade, na França, especialmente dedicada a Santa Filomena.

 

CANONIZAÇÃO DE FILOMENA

E foi exatamente este milagre de DEUS, de tão grande repercussão, acontecido através da intercessão de Santa Filomena, que era o que faltava para se unir aos outros casos existentes e comprovados no processo canônico de Beatificação e Santificação de Filomena, completando assim, a documentação necessária a ser proclamada a definitiva Santidade de Filomena e a sua consequente CANONIZAÇÃO pelo Papa.

Desse modo, pela graça de DEUS, Pauline-Marie ficou completamente curada e Filomena foi Canonizada pelo Sumo Pontífice Papa Gregório XVI no dia 13 de Janeiro de 1837, numa magnífica Celebração Eucarística na Basílica de São Pedro, no Vaticano, acompanhada por uma multidão de pessoas.

 

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