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Ao longo da história da civilização, o ESPÍRITO SANTO apesar de invocado diariamente nas celebrações eucarísticas e em Grupos de Oração, não é muito conhecido e continua sendo esquecido pela maioria dos cristãos, que não tiveram acesso as preciosas cartas de São Paulo, cujo conteúdo revelam a sua admirável personalidade e o Divino poder carismático, vivificador e impulsionador da Igreja.

Com exceção do tempo apostólico, quando o ESPÍRITO, teve um terreno propício para atuar e operou com inigualável realce, ao longo dos séculos sua presença ficou aparentemente oculta.

Com a realização do Concílio Vaticano II, aconteceu o impulso que faltava, através das diversas manifestações dos padres e bispos conciliares e principalmente do Papa Paulo VI, exaltando o ESPÍRITO SANTO e convidando os cristãos à conhece-LO, fato que se constituiu num eficientíssimo marco na história da Igreja Católica Apostólica Romana.

Entretanto, ainda que poucas, é justo mencionarmos as diversas ocorrências anteriores, que se ordenaram como etapas iniciais no conhecimento do ESPÍRITO. Embora de maneira lenta e descontínua, foram inspiradas e positivas, e tinham o objetivo de colocar o ESPÍRITO DE DEUS no seu lugar de destaque na história da humanidade. É assim que nos Concílios Ecumênicos de Nicéia ( ano 325 ) e de Constantinopla ( ano 381 ), proclamaram o Símbolo da Fé, dizendo que o "ESPÍRITO SANTO falou pelos profetas" e também "ELE é o SENHOR da vida" ; no século passado, em 1897, o Papa Leão XIII publicou a Carta Encíclica "Divinum illud munus" , dedicada ao ESPÍRITO PARÁCLITO e também, surgiu a senhora Helena Guerra, na Itália, uma verdadeira apóstola do ESPÍRITO SANTO, que se destacou pela perseverança e fervor com que escrevia cartas às autoridades, incentivando e propondo modos de devoção ao ESPÍRITO DO SENHOR; Sua Santidade o Papa Pio XII, também se manifestou na Carta Circular Pontifícia "Mystici Corporis" , em Junho de 1943, na qual destaca a obra do ESPÍRITO SANTO e convida os fiéis a conhece-LO, a fim de serem beneficiados pelos carismas que ELE derrama sobre as pessoas.

Mas sem dúvida, foi no Concílio Vaticano II que o ESPÍRITO DE DEUS teve a oportunidade de luzir de maneira brilhante e concreta, porque sendo um evento ecumênico, atraiu a atenção de todo o mundo. Nele, os padres conciliares foram inspirados a entender a missão do ESPÍRITO e deram realce ao extraordinário poder de renovação interior que ELE opera nos cristãos, aprovando os documentos "Ad Gentes" e "Lumen Gentium" , assim como todos os demais documentos, tão importantes para a vida da Igreja.

O Papa Paulo VI, incentivador da atualização da doutrina sobre o ESPÍRITO SANTO, na Encíclica "Evangelli Nuntiandi" , disse:

"ELE é a alma desta Igreja. ELE é quem explica aos fiéis o sentido profundo dos ensinamentos de JESUS e de seu mistério. ELE é quem, hoje como nos primórdios da Igreja, atua em cada evangelizador que se deixa possuir e conduzir por ELE e põe nos lábios as palavras que por si só não poderia encontrar, predispondo também a alma daquele que escuta, para faze-la aberta e acolhedora da Boa Nova e do Reino Anunciado. As técnicas de evangelização são boas, mas nem as mais aperfeiçoadas poderiam substituir a ação discreta do ESPÍRITO. A preparação mais refinada do evangelizador não consegue absolutamente nada sem ELE. Sem ELE, a dialética mais convincente é impotente sobre os espíritos dos homens. Sem ELE, os esquemas mais elaborados se revelam desprovidos de todo valor". (n.75)

Na abertura da terceira Sessão do Concílio, Sua Santidade o Papa Paulo VI, voltou a lembrar aos conciliares, que foram dois os agentes que JESUS prometeu e enviou para a continuidade de sua obra: o Apostolado e o ESPÍRITO SANTO, dizendo:

"O Apostolado é o agente externo e objetivo, forma por assim dizer, o corpo material da Igreja, dá-lhe as suas estruturas visíveis e sociais; e o ESPÍRITO SANTO é o agente interno, que influi no interior de cada pessoa, como influi na comunidade inteira, animando, vivificando e santificando".

Dessa forma, estimulados pelos pronunciamentos das autoridades eclesiásticas, após o Concílio Vaticano II, surgiu o Movimento Carismático Cristão, que despertou os cristãos e toda humanidade, para a realidade do ESPÍRITO, criando as noites e os dias de louvor, demonstrando com alegria e fervor, um profundo sentimento de amor ao ESPÍRITO SANTO, tributando-lhe uma devida e merecedora honra , como manifestação de carinho e de agradecimento, por sua inconfundível atuação no seio da Igreja.

Entretanto, ainda em nossos dias, são muitos os que não assimilaram corretamente esta realidade, porque não compreendem a ação do ESPÍRITO na vida das pessoas e na Igreja. Uma maioria participa do júbilo dos encontros, mas geralmente se portam, como se aquela reunião fosse um inconsequente e saudável modo de distração, ou como se fosse um acontecimento que apenas desperta a curiosidade ou simplesmente um encontro social. Muitos frequentam as reuniões carismáticas atraídos somente pela beleza das músicas, não conseguem enxergar a maravilhosa Obra que o PARÁCLITO realiza em cada indivíduo, independentemente de qualquer merecimento da humanidade.

Se por um lado a misericórdia do ESPÍRITO quando atua, não olha para as fraquezas e limitações das pessoas, por outro lado ELE também não perde o estímulo em ver um número reduzido de fiéis que procuram caminhar pela vereda da santidade, colocando DEUS corajosamente como objetivo maior e mais sublime, na existência.

Para confirmar esta realidade, ou seja, confirmando o imprescindível valor do ESPÍRITO DO SENHOR na vida da humanidade, JESUS durante a Última Ceia, no Discurso de Despedida , revelou com ênfase aos Apóstolos a grandeza da "força" do ESPÍRITO, e a extraordinária obra que ELE realizaria em benefício de todas as gerações :

"Quem não me ama, não guarda as minhas palavras; e a palavra que ouvis não é minha, mas do PAI que me enviou. Estas coisas vos tenho dito estando entre vós. Mas o PARÁCLITO, o ESPÍRITO SANTO que o PAI enviará em meu nome, é que vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que EU vos disse". (Jo 14,24-26)

Então percebam: "... vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que EU vos disse" . Esta é a Missão do ESPÍRITO SANTO , que JESUS anunciou e que os Apóstolos tiveram uma surpreendente experiência, no dia de Pentecostes. Os Discípulos conviveram com JESUS durante a Vida Pública, viram a grandeza e a sobrenaturalidade de Sua Obra: curando cegos, coxos, epilépticos, exorcizando pessoas que estavam na posse de Satanás e até ressuscitando mortos, mesmo assim, "as vezes duvidavam DELE" , não percebiam a Sua Divindade e não compreendiam a finalidade de Sua Missão. Após todos os acontecimentos que culminaram com a Morte e Ressurreição do SENHOR, quando ELE preparava-se para retornar ao PAI ETERNO, ainda não entendiam a missão DELE, perguntaram-LHE : "SENHOR, será agora que haveis de restaurar a realeza em Israel ?" (At 1,6) Isto significa dizer, que apesar de terem visto tanta coisa maravilhosa e ouvido os ensinamentos DELE, não compreenderam o principal objetivo e o valor da Obra de JESUS.

Dez dias após a ASCENSÃO DO SENHOR, aconteceu a grande manifestação que assombrou muita gente em Jerusalém; veio o ESPÍRITO SANTO na plenitude da força Divina e lançou linguas de fogo sobre os Discípulos e NOSSA SENHORA reunidos no Cenáculo, operando um maravilhoso milagre; como se tivesse arrancado os tampões que vedavam os seus ouvidos e removido o véu que impedia a lucidez da visão, instantaneamente todos eles compreenderam a extraordinária Obra de JESUS, tudo o que ELE representava, a Sua Personalidade, a Sua Obediência ao PAI ETERNO, como NELE se cumpriam as Escrituras, os Seus ensinamentos e a missão que deixou para cada um deles impulsionar a Igreja, que acabava de nascer.

Este, meus prezados, é o ESPÍRITO SANTO que vive no interior de cada um de nós, que recebemos no dia do Batizado e que precisamos conhece-LO, desperta-LO em nosso coração, estimulando-O com orações e atitudes de amor, a fim de podermos sentir as vibrações dos seus preciosos carismas, que verdadeiramente operam em todas as pessoas, clareando a consciência da utilidade individual de cada um no conjunto da humanidade e primordialmente, conformando o caráter e as virtudes das pessoas, ensejando ao fiel buscar o modelo Divino, a fim de alcançar a paz interior e júbilo existencial, para sua satisfação pessoal e maior honra e glória da SANTÍSSIMA TRINDADE que nos criou.

 

 

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