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"MEMBRO DO EPISCOPADO POLONÊS"

 

Em 28 de Setembro de 1958 foi consagrado por Dom Baziak, Bispo Auxiliar de Cracóvia, convertendo-se no membro mais jovem do Episcopado Polonês.

Em 1960, Karol publicou livros de poesia sob o pseudônimo Andrzej Jawien, e também escreveu assinando o mesmo nome, uma peça de teatro, “A Loja do Ourives”. Em 1979, com o objetivo de divulgar os ensinamentos cristãos para a sociedade, escreveu o livro “Amor Frutuoso e Responsável” e logo depois “Sinal de Contradição”, assinando o seu nome verdadeiro.

Em 13 de janeiro de 1962 com o falecimento de Dom Baziak, o futuro Papa agora Bispo Dom Wojtyla foi elevado à sede como titular do Episcopado de Cracóvia.

Na noite do dia 13 de Agosto de 1961 as autoridades comunistas construíram o Muro de Berlim, para bloquear o êxito contínuo de alemães orientais, que fugiam em busca de liberdade. Moscou chamou à ordem os países satélites e, mesmo na Polônia católica, foi retomada a campanha ateísta. Karol e as autoridades religiosas de um modo geral sofreram uma abominável e impiedosa perseguição.

No período de 11 de Outubro de 1962 a oito de Dezembro de 1965, participou ativamente do Concílio Vaticano II, como Bispo e depois como Arcebispo, especialmente nas comissões responsáveis para elaborar a Constituição Dogmática sobre a Igreja “Lúmen Gentium”, a Constituição Pastoral da Igreja no Mundo Moderno “Gaudium et Spes” e a redação de diversos documentos, entre eles, a Declaração sobre a Liberdade Religiosa “Dignitatis Humanae”. Durante estes anos, combinava de modo admirável a produção teológica com um intenso trabalho apostólico, especialmente com os jovens, com quem partilhava momentos de reflexão e de oração. Karol Wojtyla também se evidenciava buscando enaltecer o ser humano, instituindo e estimulando a integração dos leigos nas tarefas pastorais, a promoção do apostolado juvenil e vocacional, a construção de templos, a promoção humana e a formação religiosa dos operários com incentivo ao pensamento e as publicações católicas, apesar da forte oposição do regime comunista

Wojtyla de um modo geral mantinha-se sério e silencioso, reservando espaço aos seus pensamentos e orações. Também era muito meticuloso no preparo das homilias, que escrevia primeiro em polonês e depois fazia a correção com muita atenção, até encontrar as melhores palavras, antes de passá-la para o italiano ou outro idioma. No livro “UMA VIDA COM KAROL” , o Cardeal Stanislaw Dziwisz, que foi o seu secretário particular por mais de 30 anos, escreveu: “Conheci as suas notáveis intuições pastorais, seus projetos eclesiásticos, e, sobretudo, sua profunda espiritualidade, começando pelo modo como celebrava a Santa Missa. Jamais iniciou uma Celebração que não fosse precedida por um longo silêncio. Preparava-se interiormente da melhor maneira e, ao terminar, sempre fazia um agradecimento de 15 minutos, ajoelhado e com grande recolhimento”.

Em 13 de Janeiro de 1964 foi escolhido pelo Papa Paulo VI para Arcebispo de Cracóvia.

Karol, como Arcebispo de Cracóvia, estava sempre junto de Wyszynski, em todas as celebrações do Milênio, aniversário de batismo da Polônia e da fundação do Estado Nacional Polonês. Mantinha-se sempre num segundo plano mostrando um sinal eloquente de profundo respeito ao Cardeal Wyszynski que era o Primaz da Polônia, atestando também com este gesto, que entre eles não havia nenhuma discórdia e muito menos qualquer divisão, que o serviço secreto comunista procurava inventar e espalhar, para difamar e criticar as autoridades religiosas.

No dia 29 de Maio de 1967, aos 47 anos de idade, o Arcebispo Wojtyla foi criado Cardeal pelo Papa Paulo VI. Também, nesta mesma data ele decidiu não participar do sínodo convocado pelo Papa, como forma de protesto contra as autoridades polonesas que negaram a conceder o passaporte ao Cardeal Wyszynski, a fim de não permitir que ele participasse do mesmo evento.
Em 1974, o novo Cardeal Wojtyla ordenou 43 novos sacerdotes, que foi a ordenação sacerdotal mais numerosa ocorrida na Polônia, desde que terminou a Segunda Guerra Mundial.

De 30 de Setembro a 6 de Novembro de 1971, teve intervenção destacada no segundo sínodo consagrado ao sacerdócio ministerial e à justiça no mundo. Abordando com discernimento e sabedoria o melindroso assunto relacionado ao celibato dos sacerdotes, oportunidade em que se mostrou inflexível e hostil perante os modernistas holandeses que queriam e insistiam na eliminação do celibato. Wojtyla, ao contrário, defendeu veementemente a “co-naturalidade entre o celibato e o sacerdócio”, determinando sobre a necessidade dos padres não se casarem.

  

Em 1974, no terceiro sínodo consagrado à evangelização, interveio de forma crítica e transparente em relação à teologia da libertação, lembrando que o marxismo não deixa nenhuma alternativa de existência para a Igreja. Karol rejeitou a teologia da libertação afirmando: “Onde existe o comunismo ateu não há campo para a religião”.

Em 1976, o Papa Paulo VI o escolheu para pregar a Quaresma no Vaticano.

Em 1978 morreu o Papa Paulo VI e é eleito o novo Papa, Cardeal Albino Luciani de 65 anos que escolheu o nome de João Paulo I.
Logo nos primeiros dias, foi denominado o
"Papa do Sorriso", por sua simpatia pessoal e seu aspecto sempre amável e paternal. Entretanto, faleceu aos 33 dias após a sua nomeação.

Em 16 de outubro de 1978, em novo Conclave, o Cardeal polonês Karol Wojtyla é eleito como o sucessor de São Pedro, quebrando a tradição de mais de 400 anos que sempre escolhia um Papa de origem italiana. No dia 17 de Outubro concelebrou a primeira Santa Missa na Capela Sistina, no Vaticano, e no dia 22 de outubro de 1978, foi investido como Sumo Pontífice e assumiu o nome de João Paulo II. Desde o principio, colocou-se ao lado da paz e da concórdia internacional, realizando intervenções frequentes em defesa dos direitos humanos e das nações.

Foi um Papa que teve ação decisiva no século XX: as suas viagens ultrapassaram em número e extensão as de todos os Papas antecessores juntos, reunindo sempre multidões para ouvir as suas mensagens e homilias; para muitos o Papa Wojtyla tinha o mesmo carisma do Papa João XXIII (sabia cativar as pessoas com o seu modo simples e sincero, dava o exemplo de fidelidade e era íntegro e direto na defesa dos bons costumes, na divulgação da Verdade Cristã, da Lei Divina e na determinação insistente de preservação da família, que é um testemunho do Amor de Deus). Participou em dezenas de eventos ecumênicos (foi o primeiro a pregar numa Igreja Luterana e numa Mesquita Muçulmana, e o primeiro a visitar o Muro das Lamentações (costume judaico) em Jerusalém; e também, realizou numerosas beatificações e canonizações, além de ter escrito muitas encíclicas e diversos documentos pontifícios.

 

 

 

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