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"JOVEM IDEALISTA"

 

NASCIMENTO E VIDA

Pauline-Marie Jaricot nasceu em Lion, na França, no dia 22 de julho de 1799, filha de Antonio Jaricot e Juana Lattier, sendo a mais jovem de oito filhos da família. Era uma moça bonita e inteligente, que despertava grande admiração na sociedade francesa, além de pertencer a uma família proprietária de uma fábrica de seda, com boas condições financeiras. Recebeu de seus pais uma profunda educação cristã, a qual criou sólidas raízes em sua alma.

Em 26 de Novembro de 1814, ainda muito jovem perdeu sua mãe vítima de uma terrível e incurável doença cardíaca. Com o passar dos anos, a enfermidade também se manifestou nela, adoecendo gravemente e se mantendo entre a vida e a morte, embora jamais se afastasse do trabalho, dos seus afazeres sociais e das atividades devocionais.

Era uma mulher conscientemente religiosa, e mesmo contra as suas limitações físicas, buscava alcançar êxito nos seus propósitos e lançar projetos para o bem estar das pessoas.

Seguindo uma vida de orações e de auxilio aos enfermos e mais necessitados, no final de 1816, na Capela de Fourvière, em Paris, se ajoelhou diante do Altar da VIRGEM NEGRA e fez a oferta da sua vida a DEUS, fazendo o voto de virgindade perpétua, decidindo servir somente ao SENHOR, adotando um simples estilo de vida, se vestindo modestamente, como as pobres operárias da fábrica do seu pai.

Aprendeu, desde criança, que mesmo um sacrifício pequeno tem grande valor e serve efetivamente para salvar almas, tornando-se eficaz e precioso. Ela se referia a aqueles pequenos sacrifícios que se pratica buscando vencer as próprias inclinações humanas: a raiva, a ira, a gula, o orgulho, a preguiça, e por isso, se propôs oferecer cada dia a NOSSO SENHOR o seu esforço para vencer os seus defeitos da existência.

Ajudada pelo seu irmão seminarista, aprendeu também a se interessar pelas missões na China e na Ásia oriental conhecendo as imensas necessidades que elas passavam. E foi pensando naquelas dificuldades que começou a conceber um plano de ajuda aos Missionários. Ela estava tão feliz e empolgada com sua idéia que a expôs às colegas operárias da fábrica do seu pai, onde também trabalhava. Depois, animada com a boa receptividade das companheiras, levou o seu plano ao Vigário Geral da Diocese de Lion, que lhe respondeu: “Adiantaria mais você encontrar um bom marido ou entrar num Convento, do que cuidar deste assunto.” O senhor Vigário jogou “água bastante fria” no estimulo da jovem, querendo desanimá-la de uma vez. Mas Pauline não desanimou, continuou firme, trabalhando e meditando no seu projeto e traçando planos de ação, com um grupo de amigas da Fábrica.

 

MOVIMENTO DAS REPARADORAS

Acontece que naquela época, a França acabava de sair da Revolução Jacobina, cheia de idéias e movimentos anticatólicos. Para resistir a esta ruína espiritual e honrar a DEUS contra as persistentes blasfêmias e impropérios ofensivos ao SENHOR e a Igreja, ela e suas companheiras começaram um movimento para reparar os insultos contra o SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS. Esta atividade ficou conhecida como “Movimento das Reparadoras”. Ela e as colegas entraram logo em ação: o Movimento consistia em rezar em todas as oportunidades e fazer horas de adoração ao SANTÍSSIMO SACRAMENTO em expiação dos pecados cometidos contra DEUS.

Ao par com o “Movimento de Reparação” continuava a pensar no seu projeto de ajudar as Missões. Filéias, o seu irmão seminarista, estudava no Saint-Sulpice, em Paris, onde se preparava para ser Padre Missionário na China. E assim, por intermédio dele sempre estava em dia com as notícias sobre a situação difícil das missões. Por isso, aquela vontade interior cresceu muito mais, aumentando o desejo de ajudar de alguma forma, e para isto, se esforçava na divulgação, tornando públicas as necessidades das missões, com o objetivo de conseguir o apoio do povo e das autoridades, assim como alcançar recursos financeiros necessários ao mínimo bem-estar dos Missionários.

Então teve a idéia de na companhia das amigas “Reparadoras” , cada uma pedir dinheiro para as Missões, e em complemento, ofereciam orações e algum pequeno sacrifício pelas Missões e pelos os Missionários, e depois, enviava o valor apurado aos que trabalhavam em terras longínquas.

 

BIBLIOTECA POPULAR

Sempre livre para ir onde às necessidades eram maiores, Pauline além de seguir com o projeto da sua Obra Missionária, criou no ano de 1826, as “Bibliotecas Populares Itinerantes” objetivando estimular a leitura, principalmente nas pessoas de poucos recursos. Foi um sucesso.

 

INVENÇÃO PARA AJUDAR AS MISSÕES

Seu irmão, que acabava de se ordenar sacerdote, divulgou a idéia da sua irmã Pauline-Marie a outros Sacerdotes em Paris. E na verdade, muitos gostaram e começaram a fundar grupos de “Propagação da Fé”. A idéia se enraizou e se estendeu de modo muito rápido por todo o país, e as ajudas aos Missionários aumentaram de maneira considerável. Quase ninguém sabia quem tinha sido a Fundadora daquele Movimento, mas o importante era ajudá-lo a crescer e cumprir o seu objetivo primordial de auxiliar e colaborar com as Missões e os Missionários.

Para acompanhar e organizar o auxílio necessário aos Missionários ela decidiu se ligar ao Movimento Missionário, tornando-se membro auxiliar da Associação dos Padres das Missões Estrangeiras. Deste modo, os valores apurados eram entregues a esta Associação que se incumbia de fazer com mais segurança, a remessa financeira às Missões.

Ao par com esta atividade, Pauline interiormente buscava amadurecer idéias, com a finalidade de criar um sistema que fosse mais funcional, que suscitasse um honesto entusiasmo popular e evoluísse de modo positivo, envolvendo todos os católicos, facilitando a chegada do necessário auxílio, formando uma fonte de recursos de verdadeira ajuda a todas as Missões indistintamente.

Assim, quando o projeto de Pauline-Marie Jaricot apareceu na sua  integridade, causou admiração pela simplicidade e eficiência, ganhando pronto acolhimento, se transformando na admirável “Obra de Propagação da Fé. Seu irmão Filéias, agora recém ordenado sacerdote, apreciou imensamente a criação da sua irmã, e a estimulou, lhe escrevendo e sugerindo que se consagrasse só e inteiramente a uma atividade organizada em favor das Missões. Ela com toda simplicidade, mas com firme propósito lhe respondeu: "A minha vocação me impede de fixar atenção apenas numa obra, esquecendo-me das demais... Desejo permanecer livre para poder ir onde as necessidades são maiores".

 

INSTITUTO DAS FILHAS DE MARIA

Por isso mesmo, com o objetivo de oferecer um meio de vida as jovens que estavam unidas a ela, Pauline fundou em 1831 o “Instituto das Filhas de Maria” , onde as componentes eram consagradas a cuidar dos enfermos numa pequena casa que havia comprado, a qual denominou de “Nazaré”, na Colina do Fourvière. Depois, adquiriu o terreno ao lado, com uma grande casa residencial assobradada, cercada de área arborizada, propriedade que denominou de “Loreto”, a qual se converteu posteriormente na Sede Oficial do “Rosário Vivo”.

 

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