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“UMA FAMÍLIA UNIDA”

 

 

INFÂNCIA E SEUS PAIS

Ele nasceu no dia 8 de Janeiro de 1894, em Zdunska-Wola, lugarejo próximo a cidade de Lódz, no interior da Polônia. Era o segundo filho do senhor Julio Kolbe e da senhora Maria Dabrowska Kolbe, tecelões radicados na localidade. Foi Batizado na Igreja da Assunção da VIRGEM MARIA aos Céus, em Lódz, e recebeu o nome de Rajmund Kolbe (Raimundo Kolbe)

Seus pais eram muito religiosos, liam com frequência as Sagradas Escrituras e não faltavam as Santas Missas aos domingos e feriados. Por isso mesmo, educaram os filhos dentro da religião, sobretudo, incutindo no coração de cada um deles uma honesta compreensão do amor a DEUS, ensinando-lhes fidelidade, dedicação e perseverança no cumprimento da Vontade do SENHOR. O casal Julio e Maria pertencia a Ordem Terceira de São Francisco, e seguiam com empenho e alegria as normas e diretrizes estabelecidas, procurando observar os ensinamentos dos Evangelhos em casa, no trabalho e na vida quotidiana, seguindo interessadamente o exemplo e os passos do fundador da Ordem Religiosa: São Francisco de Assis.

Raimundo foi preparado e recebeu a primeira Eucaristia no dia 29 de Junho de 1902, com a idade de oito (8) anos, na cidade de Pabianice, próximo a Lódz, para onde se transferiram residencialmente os seus pais. Lá, junto com uma turma de crianças, depois de instruídos no Catecismo Católico, receberam JESUS na Sagrada Comunhão.

INESQUECÍVEL EXPERIÊNCIA

Quando tinha 10 anos de idade, era um menino muito esperto e “levado”, como todas as crianças nesta faixa etária, gostava de aprontar “alguma arte”, sem maldade, mas tirava o bom-humor da sua mãe. Certo dia, depois de ter aprontado “mais uma peça” , a mãe aborrecida falou: “Meu Raimundo o que será de você?”

Ele ficou meio sem jeito e preocupado, pensando na pergunta da sua mãe... Andando pelo campo, próximo a residência dos pais, parou num pequeno bosque, rezou e perguntou a NOSSA SENHORA: “O que será de mim?” Não obteve resposta. No silêncio da natureza, sua alma inquieta ficou aflita. Então correu até a Igreja e repetiu a mesma pergunta diante da imagem da VIRGEM MARIA. Então, NOSSA SENHORA lhe apareceu muito bonita e com a face iluminada, trazendo nas mãos duas coroas, uma branca e outra vermelha. Olhando para ele com maternal amor lhe perguntou se as queria, ao mesmo tempo lhe explicando, que a coroa branca significava a “pureza” e a coroa vermelha representava o “martírio” . Raimundo sem titubear respondeu que aceitava as duas. Então, NOSSA SENHORA olhou para ele com muita ternura e desapareceu.

Este fato foi revelado por sua mãe, senhora Maria Dabrowska Kolbe, numa carta que escreveu a parentes, no dia 12 de Outubro de 1941, após a morte do filho,  estando ela num Convento Beneditino. Na ocasião, ela também colocou em evidência a transformação ocorrida na vida do seu filho, depois da Aparição da VIRGEM MARIA. Embora fosse uma criança tranquila e obediente, desde então passou a assumir atitudes de adulto, muito mais responsável, vivendo a missão da sua vida com sabedoria, paciência e dignidade.

DESEJO DE SE TORNAR FRANCISCANO

Em 1907, quando tinha 13 anos de idade, ouviu Padre Pellegrino Haczela OFM Conv. (Ordem dos Franciscanos Frades Menores Conventuais), que se encontrava em missão naquela região, falar anunciando do púlpito da Igreja, durante a celebração de uma Santa Missa, a próxima abertura de um Seminário da Ordem Franciscana, em Lwóv. Raimundo e seu irmão Francisco ficaram muito interessados, e assim, logo após a conclusão da Celebração Eucarística, procuraram o Padre para saber mais informações, assim como solicitar a necessária orientação para entrar na Ordem dos Frades Franciscanos. Lwóv estava em território austro-húngaro, e desse modo, eles teriam que atravessar a fronteira clandestinamente, para chegar ao Convento.

Os dois irmãos entraram no Convento Franciscano e assumiram com interesse os estudos e as tarefas de cada dia. Em 1910, três anos após o inicio dos estudos, chegou o momento de ambos tomarem a decisão mais séria e definitiva da vida: iniciar ou não o “Noviciado” . Isto porque, jovens e idealistas, sempre almejaram também servir a Pátria, dar a vida se necessário fosse, a fim de que a sua Polônia continuasse livre e cristã. E por isso mesmo, ambos desejavam servir ao exército polonês, e lutar para manter a independência do país, atendendo as necessidades política da atualidade.

E desse modo, quando já estavam decididos a deixar o Seminário e dentro do prédio caminhavam em direção a sala do senhor Padre Reitor para lhe comunicar a desistência, foram surpreendidos por um membro da Ordem Religiosa, que vindo pelo mesmo corredor, em sentido contrário, lhes informaram que a mãe deles, a senhora Maria Dabrowska havia chegado para visitá-los. E junto com ela, veio José, o filho mais novo, com a intenção de também ingressar no Convento Franciscano. Raimundo, que era muito compenetrado e observador perspicaz, interpretou aquele fato como uma notável coincidência, e, portanto, bem podia ser um “sinal vivo” da Vontade da IMACULADA CONCEIÇÃO, MÃE DE DEUS. E pensando assim, ele e o Francisco decidiram permanecer com os Frades e iniciar o Noviciado, começando a percorrer o caminho religioso que irá conduzi-los ao sacerdócio. Mais tarde, raciocinando com tranquilidade espiritual, os dois irmãos também se convenceram que daquele mesmo modo, como sacerdotes, estariam servindo a Pátria e ao próximo, só que através de um exercito que usava armas diferentes, e era propriedade da MÃE DE DEUS.

ESTUDOS E SACERDÓCIO

No dia 28 de Outubro de 1912, Frei Maximiliano foi para Roma, na Itália, onde permaneceu estudando no Colégio Seraphicum, durante sete (7) anos, ou seja, até 1919. Neste período se dedicou incansavelmente aos estudos, vencendo gradativamente as etapas, para alcançar o seu ideal. Foi assim que no dia 1º de Novembro de 1914, Raimundo emitiu a profissão solene, se tornando oficialmente Frei Maximiliano “Maria” Kolbe. Acrescentou “Maria” ao seu nome religioso, deixando logo em evidência a principal característica da sua espiritualidade. Também estudou filosofia e outras matérias durante três anos, na Universidade Pontifícia Gregoriana, formando-se no dia 22 de Novembro de 1915, dedicando-se em particular à Ciência e a Matemática, principalmente trigonometria, equações algébricas, calculo diferencial, física e química. Em seguida, frequentou a Faculdade Pontifícia Teológica, onde estudou Teologia e completou os seus estudos de Filosofia.

Entretanto, antes de concluir o curso, no ano de 1914 teve uma notícia terrível, que o deixou profundamente abatido e triste, por não estar presente e não ter podido ajudar os seus pais. Precisamente no ano de 1914, quando ele professou os votos perpétuos, foi informado que os russos tinham matado o seu pai. O senhor Julio Kolbe era oficial das legiões polonesas, mas, com a ocupação da Polônia pela União Soviética, ele, como todos os outros militares, foram desmobilizados do exército. Então, o senhor Kolbe montou uma pequena livraria na cidade de Czestochowa, da qual retirava o rendimento necessário ao sustento da família. Apesar de ser um homem tranquilo e religioso, os comunistas tinham medo dele, pois ouviram falar da grande influência que o filho tinha e podia exercer sobre o povo. Por isso, ele foi preso e enforcado. Sua mãe sozinha decidiu entrar na vida religiosa, se retirando para um Convento Beneditino, onde passou a viver.

Maximiliano tornou-se sacerdote no dia 1º de Abril de 1918, na Igreja de Sant’Andrea della Valle, em Roma. No dia seguinte, celebrou a sua primeira Santa Missa, na Igreja de Sant’Andrea delle Frate, local, segundo a tradição, onde a VIRGEM MARIA apareceu e converteu milagrosamente o jovem banqueiro hebreu Alfonso Ratisbonne, em 1842. O milagre foi uma prova evidente da eficácia da Medalha Milagrosa de NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, que a VIRGEM MARIA mandou Catarina Labouré divulgar, e que o hebreu de vida torta, ganhou um exemplar de um amigo quase por acaso, por insistência do próprio amigo, e ele guardava a medalha no bolso do paletó, por que não tinha fé.

CAVALEIRO DA IMACULADA

Foi a partir desta época que o Padre Maximiliano teve a inspiração de fundar a “MILICIA DA IMACULADA” ou “EXÉRCITO DA IMACULADA”, também denominado “MI”. É uma associação de fieis cristãos fundada em Roma, no dia 16 de Outubro de 1917, destinada ao apostolado católico e mariano, tendo como ideal: “Conquistar o mundo inteiro para CRISTO, através da IMACULADA VIRGEM MARIA”.

Padre Kolbe com mais seis Frades, reunidos num pequeno quarto, no Colégio Seráfico Internacional, em Roma, escreveram as normas e diretrizes de apostolado, determinando o movimento dos “Cavaleiros da Imaculada” e adotando, a mesma Medalha Milagrosa de NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, divulgada por Catarina Labouré, como “escudo e emblema dos Cavaleiros”.

O que estimulou o Frade Franciscano Maximiliano Kolbe e seus companheiros ( Frade José Pal, Frade Antonio Glowiski, Frade Girolano Biasi, Frade Quirico Pignalberi, Frade António Mansi e Frade Henrique Granata) a fundar o EXÉRCITO DA IMACULADA, foi pelo motivo intransferível de uma renovação espiritual dos fiéis, objetivando evangelizar para a santificação da humanidade. Estava acontecendo uma grande atividade anticatólica patrocinada principalmente pelos maçons, que criticavam os dogmas e a cidade de Roma, como Centro da Cristandade e Sede do Vigário de CRISTO.

FINALIDADE

Tinha o objetivo de procurar e incentivar a conversão dos pecadores, dos hereges, dos cismáticos, dos Judeus, e especialmente dos maçons, para que acontecesse a santificação de todos sob o patrocínio e por intermédio da BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA IMACULADA.

E também, com a intenção de que os pecadores convertidos fizessem um oferecimento de si mesmo como instrumento, às Mãos da VIRGEM MARIA, usando a Medalha Milagrosa de NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS, como poderoso escudo contra satanás e seus asseclas. Sobretudo, também, rezar e fazer penitência, oferecendo a DEUS os cansaços e sofrimentos do quotidiano, para a maior honra e glória do CRIADOR. Não se esquecendo também, de pronunciar com frequência a Jaculatória: “Ó MARIA concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a VÓS, e por todos aqueles que a VÓS não recorrem, e principalmente, pelos inimigos da Santa Igreja”.

No dia 28 de Março de 1919, o Papa Bento XV concedeu aos membros da MILÍCIA DA IMACULADA uma bênção especial. No dia 4 de Abril, Padre Domenico Tavani, Vigário Geral da Ordem dos Frades Franciscanos Conventuais, escreveu a mencionada bênção, exprimindo o desejo de que a “MI” se propagasse também entre outros jovens franciscanos.

Criaram a Revista Mensal "Rycerz Niepoklanej" ou seja, “O CAVALEIRO DA IMACULADA” , destinada a todos os cristãos e especialmente aos operários e camponeses, "como meio de comunicação social para evangelizar o mundo.

No dia 20 de Outubro, Padre Kolbe foi transferido para o Convento Grodno, onde continuou sua atividade de editor da Revista e começou a imprimir com a ajuda de dois Confrades. O número de assinantes cresceu, assim como, a qualidade da Revista e também, a aparelhagem tipográfica, facilitando a divulgação da mesma e o interesse dos cristãos.

Na verdade a Revista foi um sucesso tão grande, que as máquinas ocuparam a cozinha e o refeitório, e os corredores estavam repletos de Revistas e cartas solicitando inscrição e pedidos. O CAVALEIRO DA IMACULADA, em pouco tempo, já estava com uma edição mensal de 60.000 cópias, atraindo e evangelizando as pessoas.

A DOENÇA QUIS INTERFERIR

Em 1917 jogando futebol, Frei Maximiliano sofreu uma grave hemorragia, e foi diagnosticada a tuberculose. No mesmo ano, a VIRGEM MARIA apareceu em Portugal a três pequenos pastores: Lucia, Francisco e Jacinta e lhes confiou uma missão que ele, Padre Kolbe, também escolheu para escopo da “MI”. NOSSA SENHORA pediu amor, reparação e consagração ao Seu CORAÇÃO IMACULADO.

De 11 de Agosto a 28 de Abril de 1921, Padre Kolbe ficou internado no Hospital Climático de Zakopane, doente de tuberculose.

Em 1926, os médicos prescreveram outra permanência em Zakopane, pelo fato da tuberculose ter agravado o seu estado de saúde. Assim, no dia 18 de Setembro, ele foi para Zakopane, e os superiores para dar continuidade ao trabalho, escolheram o seu irmão Padre Alfonso Kolbe, que o substitui dignamente na Edição da Revista, durante a sua doença. Em18 de Abril de 1927, Padre Maximiliano deixou o hospital de Zakopane e voltou para o Convento de Grodno, onde os esforços de seu irmão deram excelente resultado, não ficando pendente nenhum serviço.

 

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