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ABRAÇO DIVINO

 

VOLTAM A GAETA

Depois de encontrarem e agradecerem ao Bispo Dom Cavalieri, que exultou de alegria com o êxito da viagem a Roma, eles seguiram a Gaeta e deram a notícia a Dom Pignatelli que também muito se alegrou com os fatos. Em seguida foram para a Ermida de NOSSA SENHORA DA CANDEIA, ansiosos para iniciarem a fundação do Instituto. Com as notícias circulando, logo chegaram alguns companheiros desejosos de se consagrar à Paixão do Redentor: um sacerdote e o Clérigo Tomás Ricinelli, aquele que já vivia na Ermida. Paulo com a autorização do senhor Bispo, mudou o nome do local para RETIRO DE NOSSA SENHORA.

Todavia, dois meses após estes acontecimentos, morreu o Bispo Dom Santiago Emilio Cavalieri, Bispo de Tróia, que havia se tornado um grande amigo de Paulo e um sustentáculo do Instituto. Com sabedoria, Paulo percebeu que ficou mais difícil divulgar o Instituto em Nápoles, e por isso, decidiu mudar para Roma, que sem dúvida, era um campo muito maior e mais propício. O sacerdote e o Clérigo Tomás Ricinelli ficaram aguardando a oportunidade de serem chamados.

Os dois irmãos viajaram a Roma. Lá, protegidos pelo Cardeal Corradini começaram trabalhando no Hospital de São Galicano, recém construído por ordem do Papa. Padre Lami que era Diretor do Hospital, logo adquiriu uma profunda simpatia amorosa pelos dois irmãos, repletos de virtudes. Eles tratavam os doentes com um cuidado e um esmero que impressionava pelo amor e obediência. Assim, como o Cardeal Corradini e o Padre Lami amavam os dois irmãos por sua imensa santidade, decidiram que eles estavam aptos a receberem a sublime dignidade sacerdotal. Foram feitos os preparativos e eles estudaram o que lhes faltava saber. Depois dos trâmites legais, no dia 7 de Junho de 1727 foram “ordenados sacerdotes” na Basílica Vaticana, pelo Papa Bento XIII.

Os neo-sacerdotes animados e com o espírito renovado, desenvolviam maior atividade em prol  dos enfermos, sem interromper os estudos da teologia e das Sagradas Escrituras.

Com autorização do Cardeal Corradini, em Setembro viajaram a Castellazzo para visitar a mãe e os irmãos, pelo falecimento do seu pai. Lá permaneceram dois meses que foi de grande consolação para sua mãe, assim como a aconselharam sobre os negócios domésticos. Em Dezembro voltaram a Roma. Esta foi à última viagem a terra natal. Sua mãe, senhora Ana Maria Massari morreu nos fins de Setembro de 1746.

Assim que regressou a Roma os dois irmãos adoeceram, e inclusive, ficaram sem condições de celebrar a Santa Missa. Os médicos que os atendiam não permitiram que continuassem no Hospital, respirando aquele ar malsão, por que o mal deles se agravaria e os levaria a morte. O Cardeal Corradini que era muito amigo deles ficou triste e os aconselhou a deixar o Hospital. Eles então decidiram voltar para o Monte Argentário. E na verdade, o Monte Argentário tornou-se o berço do INSTITUTO DA PAIXÃO.

Quando lá chegaram havia uma pessoa na Ermida, eles então foram mais para o alto e se instalaram na Ermida de Santo Antão. Reformaram os quartos e a Capela, deixando-a em condições de poderem celebrar a Santa Missa. O ar puro da montanha, o silêncio da floresta e a tranquilidade espiritual, em breve restaurou a saúde e as forças dos dois irmãos. E assim recomeçaram as suas vidas: oração continua e austeras penitências, com os cantos dos louvores Divinos. Os habitantes da redondeza se alegraram com a volta dos dois, cujas virtudes tanto admiravam.

Meses após NOSSO SENHOR lhes enviou um jovem piemontês, desejoso de ser penitente e pertencer ao novo Instituto. Paulo, depois prová-lo, revestiu-o com o hábito simples e lhe colocou o nome de Irmão João Maria, que na verdade, lhe ajudou bastante.

Dom Palmiere na sua primeira visita pastoral a uma cidade próxima, Portércole, soube dos santos anacoretas e se interessou por eles. Após examiná-los, os autorizou a pregar e ensinar catecismo, celebrar a Santa Missa e preparar o povo para a Sagrada Comunhão. E assim, oficialmente os santos missionários do Monte Argentário iniciaram o seu trabalho.

No mês de Maio de 1730, uma grande surpresa: o mais jovem dos seus irmãos fascinado pelas virtudes de Paulo e João Batista e pelos encantos da solidão veio se unir a eles, consagrando-se a JESUS Crucificado, e trouxe uma carta e uma contribuição da Marquesa Del Pozzo, cujas terras Paulo havia evangelizado. Ele colocou o seu irmão Antonio como Clérigo. Pouco depois veio de Genova um Cônego muito erudito: Padre Ângelo Di Stefano, que lhe trouxe uma carta do Padre Erasmo lhe anunciando que em breve chegaria mais um Padre e um Clérigo.

Da mesma maneira que o fundador, os primeiros Passionistas vestiam grosseira túnica de lã preta, andavam sempre descalços e cabeça descoberta.

Nesta ocasião já era necessário que as instalações do Instituto melhorassem, a fim de criar condições de poder receber mais membros e crescer. E como sempre, as orações ajudaram. Um benfeitor de Portércole apareceu e realizou uma parte da construção, mas depois esmoreceu. Na continuidade, diversos companheiros do Instituto não resistiram àquela vida de sacrifícios e abandonaram a Congregação. Ficaram somente os três irmãos: Paulo Francisco, João Batista e Antonio. Paulo com 36 anos de idade tinha uma fé poderosa e não fraquejou diante destes reveses.

Por outro lado, o senhor Bispo de Soana sofria ao ver a sua Diocese contaminada por pessoas de péssimos costumes, também por malfeitores vindos de outras regiões e acossados pela polícia. E foi pensando em encontrar solução para este grande problema, que inspirado pelo ESPÍRITO SANTO, lembrou-se dos Apóstolos do Monte Argentário. Convidou-os a trabalhar com ele. Eles vieram. As pregações dos dois jovens eram labaredas de fogo que incendiava todos os corações. Era JESUS quem falava pelos lábios deles. Então aconteceram resultados maravilhosos: fervor em todos os corações, reforma dos costumes, muitas conversões, sendo o povo beneficiado por abundantes graças do Céu. O eco daquele apostolado foi tão intenso que chegou a Roma, e Monsenhor Crescenzi que os ajudara e era amigo deles, bendisse ao SENHOR, e o novo Papa Clemente XII em 23 de Fevereiro de 1731, concedeu aos dois irmãos o título de “Missionários”.

E continuando firme com a missão em Soana, o povo de Orbetello que era uma cidade próxima, convidaram os missionários a trabalharem também com eles, era a súplica do povo e dos religiosos locais. Os dois jovens se desdobraram com todo ardor e zelo, e os resultados logo apareceram com fatos admiráveis pelas mãos intercessoras de Paulo, milagres ocorriam comprovando que DEUS estava presente e realizava maravilhas, por intermédio do modesto missionário. Como forma de agradecimento, o povo de Orbetello entusiasmado com os dois irmãos iniciou a obra do “Retiro da Paixão” no Argentário, conforme o esboço da planta desenhado por Paulo.

Os dois Passionistas pregavam JESUS Crucificado, com palavras firmes, fortes e inspiradas, que atingiam diretamente o coração do povo. Principalmente Paulo, possuía uma eloquência em grau eminente. E eram incansáveis, as pregações se sucediam nas missões a Piombino, Massa, Populônia, Saturnia, Manciano e muitas outras cidades próximas ao Monte Argentário.

 

NOVOS COMPANHEIROS

No sábado do Advento em 1735, o senhor Bispo de Soana, ordenou sacerdote Antonio, o irmão mais novo de Paulo. Ele celebrou a sua Primeira Santa Missa na Ermida onde moravam. Foi uma grande alegria para os três irmãos. Dias após chegou um sacerdote de Pereta, Fulgêncio Pastorelli, que já tinha assistido as pregações de Paulo e estava ansioso por pertencer ao Instituto da Paixão. No dia seguinte apareceram mais nove postulantes, moradores nas cidades próximas. Então, era extremamente importante concluir as obras do prédio, pois já estava difícil abrigar os companheiros Passionistas.

O General espanhol Las Minas, que se tornou amigo de Paulo, o aconselhou a visitar o Rei Carlos III, em Nápoles, por que ele era muito generoso. Paulo e João Batista partiram para Nápoles. O Rei recebeu-os num jantar. Em breves palavras, Paulo lhe explicou a construção do Retiro da Paixão no Argentário e a falta de recursos para terminá-lo. Carlos III satisfeito em saber a existência de obra tão santa, de imediato ordenou entregar a Paulo cem dobrões.

 

SÃO MIGUEL ARCANJO

Com este precioso auxílio, os religiosos se uniram aos pedreiros e apressaram a obra. Embora trabalhassem ardorosamente e fizessem toda a caridade possível ao povo, os corações maus e empedernidos, os invejosos e caluniadores existiam e sempre que podiam atacavam os religiosos.

Quando o prédio já estava quase pronto, uma dezena daqueles homens maus subiu o Argentário para destruir a construção. Os religiosos dormiam e os bandidos se aproximaram decididamente. Mas, encontraram junto ao prédio um poderoso vigia, de pé sobre um globo incandescente, empunhando uma espada cintilante, era São Miguel Arcanjo, pronto e em posição de combate, para defender o prédio e a vida dos Passionistas. Os homens deram meia-volta e correram desabaladamente sumindo daquela região. Ciente do perigo que passaram, Paulo construiu na Igreja um Altar dedicado ao glorioso Arcanjo. No dia 14 de Setembro de 1737, festa de Exaltação da Santa Cruz, a Igreja e o Instituto da Paixão (Retiro Passionista) estavam com as obras concluídas e a Igreja foi entregue a proteção de NOSSA SENHORA DA APRESENTAÇÃO.

 

NOVO SUMO PONTÍFICE, NOVAS ESPERANÇAS

Com o prédio pronto, agora Paulo concentrou forças para obter a aprovação da Regra. Foi a Roma em 1738 e por intermédio do Monsenhor Crescenzi, apresentou as Regras ao Papa Clemente XII, solicitando aprovação. Todavia, o Papa estava adoentado e acabou falecendo, não concluindo a aprovação da Regra Passionista.

O novo Papa assumiu a Cátedra de São Pedro no dia 17 de Agosto de 1740. A Regra da Congregação Passionista teria que ser novamente apresentada ao Sumo Pontífice, e no caso, teria que ser apresentada ao novo Papa Bento XIV. E para dificultar, o seu grande amigo Monsenhor Crescenzi que sempre o ajudava na Santa Sé, estava na França, trabalhando em Paris. Todavia ainda estava no Vaticano o Cardeal Rezzonico, que conhecia os dois irmãos Passionistas, pelas palavras e informações do próprio Monsenhor Crescenzi. Paulo lembrou-se deste fato e o procurou. O Cardeal foi muito bom, recebeu os dois irmãos e hospedou-os na sua residência, ajudando Paulo e João Batista a se encontrarem com o Sumo Pontífice.

Finalmente no dia 14 de Maio de 1741 o Papa Bento XIV concedeu o “Aprovo, Confirmo e Louvo”, ao INSTITUTO DA SANTA CRUZ E PAIXÃO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO. O documento foi publicado com data do dia 15/05/1741 com pequenas alterações exigidas pelo Papa: “uso de chapéu, da capa, das sandálias e de um hábito menos grosseiro”.Entretanto, a “REGRA foi aprovada com ressalvas” (por que as normas da Santa Sé exigem um número mínimo de Casas e de membros, e o número atual do Instituto era insuficiente). A Aprovação Definitiva só aconteceu no dia 16 de Novembro de 1769.

 

UMA DECEPÇÃO E NOVOS RECRUTAS

Padre Antonio o irmão mais novo de Paulo não estava se comportando dentro das normas e conforme o desejo do fundador, ou seja, com aquele mesmo entusiasmo e antigo fervor. Paulo conversou com ele diversas vezes, mas, não conseguiu recuperar o ardor do irmão. Por isso preferiu despedi-lo. Mas nos dias que se seguiram, chegou do Piemonte, da Toscana e dos Estados Pontifícios, uma quantidade tão apreciável de Clérigos e Irmãos leigos, que não restou nenhuma cela vaga. Eram jovens alegres, fervorosos, com apreciável generosidade e dispostos a trabalhar. Entre os que chegaram, havia duas almas verdadeiramente santas: Marco Aurélio Pastorelli e Francisco Appiani.

 

DOIS NOVOS RETIROS (MOSTEIROS)

Surgiu de uma só vez duas oportunidades concretas para a fundação de dois RETIROS do novo Instituto, inclusive com a autorização do Sumo Pontífice. Paulo conversou com seus dois auxiliares mais próximos: seu irmão Padre João Batista e Padre Fulgêncio de Jesus, que felizes com o acontecimento, concordaram com a grande missão. Na cidade de Vetralla concretizava o projeto do RETIRO (Mosteiro) DO SANTO ANJO, onde deixou o seu irmão Padre João Batista e mais quatro religiosos Passionistas. Em Soriano ficou na posse do SANTUÁRIO DE SANTO EUTÍZIO, e lá deixou Padre Marco Aurélio e mais quatro religiosos do Instituto da Paixão. Com grande solenidade, muito interesse e apreciável participação do povo, aconteceram as duas posses e inaugurações.

 

GRAVÍSSIMA ENFERMIDADE

Esgotado pelo excesso de trabalho, inclusive por uma viagem forçada em pleno inverno, caminhando sobre a neve, desde Roma ao Monte Argentário, para conduzir Padre Tomás Struzzieri, que era um famoso e eloquente orador, o qual decidiu ser membro do Instituto da Paixão, desgastou muito o organismo de Paulo, que já estava enfraquecido. Foi um esforço impressionante! Fatigado, caiu enfermo com dores atrozes que o martirizavam, chegando a causar apreensão, o seu estado de saúde. Foi transportado a Orbetello para a casa de um benfeitor. Nada conseguia acalmar a veemência dos sofrimentos. Sofreu muito durante 40 dias e o tratamento se prolongou durante cinco meses, até ficar totalmente curado, quando então, pode voltar a cuidar do seu Instituto.

 

CAPITULO GERAL DO INSTITUTO

Aprovadas as Constituições, estava na hora de constituir a hierarquia da Ordem Religiosa, com a eleição dos Superiores. Nos primeiros dias de Abril de 1747, todos os membros dos diversos Mosteiros (Retiros) do Instituto da Paixão, foram para o Monte Argentário participar do Capítulo da Congregação. O Fundador Padre Paulo Francisco foi eleito por unanimidade para Superior Geral. E conforme decisão da assembléia, assim permanecerá até a morte.

Sua administração era o retrato da sua vida, revelando a imensa santidade do seu coração, em que a bondade refulge como traço supremo. DEUS ao lhe inspirar a fundação do Instituto, gravou no seu espírito a maneira de governá-lo. Aliava a prudência à simplicidade e à candura. Tinha uma fé incomensurável, vivendo integralmente abandonado as Mãos de DEUS, e por isso mesmo, os milagres aconteciam com frequência.

 

AS FUNDAÇÕES SURGIRAM EM QUANTIDADE

Em 14 de Janeiro de 1748, o Instituto tomou posse do Mosteiro em Cercano, atendendo as muitas solicitações do senhor Bispo e da população local, que já havia reformado o Mosteiro e a Igreja, segundo a orientação dos Passionistas. A seguir, Paulo foi atender ao povo e ao prelado de Tuscânia, Dom Abatti, Bispo de Toscanella, que almejava receber os Passionistas e tê-los em sua Diocese. O RETIRO recebeu a denominação de NOSSA SENHORA DO CERRO.

O ciúme, a inveja e os caluniadores existiam em quantidade e chegavam atuar nas altas esferas da Santa Sé, mentindo contra Paulo, visando bloquear e interferir nas obras do Instituto da Paixão. O Pontífice Bento XIV admirava Paulo e o tratava como filho, de modo que todas aquelas invenções e tramas satânicas, morriam ao chegar ao seu conhecimento, que conhecia a verdade e sabia da inquestionável santidade do seu protegido.

 

NOVAS FUNDAÇÕES

Padre Tomás Maria pregou uma missão em Falvaterra, situado nos limites dos Estados Pontifícios com o reino de Nápoles, com tanto sucesso, que o Bispo local Dom Lourenço Tartagni insistiu fazendo coro com o povo, no sentido de Paulo fundar um Retiro na Diocese. Tudo foi acertado magnificamente e o senhor Bispo, feliz com as providências ajudou generosamente a construção do Retiro (Mosteiro) ao lado do Santuário da Paixão.

A Fundação seguinte foi em Terracina, também nos Estados Pontifícios. Dom Uldi, bispo carmelita da cidade, ao saber que o Padre Tomás Maria, seu velho e grande amigo, era o braço direito de Paulo, e estava realizando providências para realizar fundações, enviou-lhe grande provisão de legumes, acompanhado de uma gentil carta. Acertado os entendimentos, o Retiro construído foi dedicado a NOSSA SENHORA DAS DORES.

Depois veio a fundação de Paliano. O Cardeal Gentili, que era grande admirador do santo, ofereceu-lhe antigo Santuário consagrado a SANTA MARIA DI PUGLIANO, e ao lado foi construído o Mosteiro da Congregação. No dia 23 de Novembro de 1755, Padre Tomás Maria, que era o Provincial da Congregação, assumiu o Retiro com 11 religiosos.

Em seguida, foi feita a fundação do Retiro em Montecavo, que possuía uma bela Igreja consagrada a SANTÍSSIMA TRINDADE.

E assim, gradativamente crescia o INSTITUTO DA PAIXÃO. Mas sabemos, da mesma forma que é difícil fundar e construir Mosteiros e Igrejas, também não é fácil conservá-los e aperfeiçoá-los. Padre Paulo visitava frequentemente todos os Mosteiros da Congregação, ultimando providências e provendo-os dos recursos necessários. Como um verdadeiro apóstolo, animava os Passionistas às conquistas espirituais. Como um Anjo protetor, incendiava-os no amor ao DIVINO CRUCIFICADO, único objeto das suas aspirações, imenso júbilo do espírito e vida do seu coração.

 

CONSTRUÇÃO DO NOVICIADO NO ARGENTÁRIO

O santo desejava uma casa do Noviciado em plena solidão. O Retiro (Mosteiro) da Apresentação que havia sido construído lá ao lado da Igreja atraia muitos peregrinos e os Noviços, na parte de sua preparação espiritual e teológica, deviam estar mais separados, para que segregados da Terra pudessem lançar profundas raízes no Céu. Em 1753 obteve o terreno necessário do Rei de Nápoles, situado bem próximo ao cume da montanha. E mesmo com poucos recursos, confiava no auxílio do SENHOR. E assim, em 1761 estavam concluídos a Igreja e o Convento do Noviciado, de pequenas dimensões, mas atendendo perfeitamente as necessidades da Congregação. A nova casa foi consagrada a São José.

 

O ABRAÇO DIVINO

Paulo sempre foi um “Anjo Serafim do Amor”. Aquele fogo interior maravilhoso e imenso cresceu tanto, a ponto de se transformar num verdadeiro incêndio de paixão amorosa ao SENHOR JESUS CRUCIFICADO. Ao meditar nos padecimentos do Redentor, flechas de amor lhe transpassavam o coração, e ele chorava muito derramando caudalosas lágrimas. Os colóquios que ele mantinha com JESUS CRUCIFICADO comoveriam até corações de pedra. Aquele vasto incêndio de amor, por certo depressa teria consumido a sua frágil natureza de homem não fosse ela protegida pela virtude do Altíssimo. NOSSO SENHOR SE apiedou desse suplício de amor, contentando-o de maneira inefável! Paulo estava ajoelhado diante de um grande Crucifixo, com os olhos fixos na face flagelada de NOSSO SENHOR. Mais violentas do que nunca eram as palpitações do seu coração. Emocionado, as lágrimas desciam em sua face, revelando aquela vontade mais abrasadora de seu amor a JESUS. Não poderia suportar por mais tempo aquele martírio, pedindo ao SENHOR que o acolhesse em SUAS DIVINAS E ADORÁVEIS CHAGAS. A imagem do SENHOR se transfigura, ganha vida! Ali está JESUS VIVO palpitante de Amor! Desprende as mãos da Cruz e estreita, num abraço forte e inebriante, o servo fiel ao SEU DIVINO PEITO ADORÁVEL, permitindo-lhe beijar a Sagrada Chaga do Lado e saciar sua ardente sede de amor! Foram três horas paradisíacas. (Este episódio foi reproduzido em tela pelo pintor L. Cochetti e ofertada ao Sumo Pontífice no dia da Canonização de Paulo Francisco).

 

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