SEGUNDA EPÍSTOLA A TIMÓTEO (SÃO PAULO APÓSTOLO)
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SEGUNDA EPÍSTOLA A TIMÓTEO

"Explicação Teológica"

 

O Apóstolo revela um grande prazer em escrever a Timóteo, um dos discípulos prediletos a quem chama de filho, e diz também, que se lembra dele em suas orações e não se esquece das lágrimas que derramou na despedida anterior, mostrando-se ansioso pela oportunidade de reencontrá-lo.

                     Exorta Timóteo a permanecer fiel e a perseverar no cumprimento da doutrina, recordando-lhe todas as graças recebidas, que lhes ensejam um inigualável valor e invulgar estimulo para dar testemunho de NOSSO SENHOR. “Pois DEUS não nos deu um espírito de medo, mas um espírito de força, de amor e de sobriedade”. A graça que nos foi dada em CRISTO JESUS, manifestada com sua Encarnação, Morte e Gloriosa Ressurreição, não só destruiu a morte “mas também fez brilhar a vida e a imortalidade pelo evangelho, para o qual eu fui constituído pregador, apóstolo e doutor dos gentios”.

                     Dizia o Apóstolo, eis porque sofro estas coisas (o segundo cativeiro em Roma). “Todavia não me envergonho, porque sei em quem coloquei a minha fé”. Procure seguir minhas recomendações e tome por modelo o meu comportamento.

                     Paulo insiste em recomendar ao seu discípulo, para lutar contra o perigo atual dos falsos doutores. O dogma da ressurreição era particularmente difícil de ser aceito pelos fieis de origem grega. Entre eles, Himeneu e Fileto interpretavam a ressurreição de um modo puramente espiritual, sendo ela realizada interiormente em cada fiel no dia do Batismo, o que não é correto. Dessa forma, a ressurreição em si passou a ser um “estado do espírito” e não uma realidade concreta como estabelece o dogma. Por esse motivo, Paulo alertava o seu discípulo, contra as interpretações errôneas da Sagrada Escritura.

                     O Apóstolo também adverte a Timóteo contra o palavreado e os perigos dos últimos tempos, enumerando uma extensa quantidade de transgressões, violências e impiedades praticadas por aqueles inimigos do bem, mais “amigos dos prazeres do que de DEUS”. Afaste-se dessa gente e permanece firme em todos os ensinamentos que aprendeste desde criança de sua avó Lóide e de sua mãe Eunice, assim como todos os ensinamentos que recebeste de mim.

                     Paulo revela que já está no ocaso de sua vida. “Quanto a mim, já fui oferecido em libação (nos sacrifícios judaicos e pagãos, libações de vinho, água ou de óleo eram derramadas sobre as vítimas), e chegou o tempo de minha partida. Combati o bom combate, terminei a minha carreira, guardei a fé. Desde já me está reservada a coroa da justiça, que me dará o SENHOR, justo Juiz, naquele Dia; e não somente a mim, mas a todos os que tiverem esperado com amor a sua Aparição”. (Paulo está convicto de ter cumprido a sua missão. Com ele serão coroados todos os que tiverem acolhido o Evangelho) (a palavra Aparição aqui se refere a Encarnação e Ressurreição de JESUS).

                     Em suas últimas recomendações, Paulo lhe pede que procure vir a Roma encontrá-lo na prisão o mais depressa possível, porque somente Lucas (o Evangelista) está com ele. Solicita trazer também o Marcos (o Evangelista) porque será muito útil no exercício do ministério nas Comunidades Cristãs. Ele também pede para Timóteo trazer o manto que deixou em Trôade na casa de Carpo, porque em Roma estava muito frio; e também os seus livros, especialmente os pergaminhos.

                     Termina com as saudações e o voto final.

 

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